A prática da etnografia de rua implica um processo de pesquisa de campo em contextos urbanos para a captação de imagens fotográficas, videográficas e sonoras. Estas práticas etnográficas são desenvolvidas no âmbito de oficinas de antropologia visual com duração de um semestre ou um ano. Apresentamos o resultado da Oficina desenvolvida em 2017 pelos pesquisadores do Núcleo de Antropologia Visual (NAVISUAL) do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Esta experiência de pesquisa foi finalizada com a montagem de uma exposição fotográfica no hall da Reitoria da UFRGS de novembro 2017 a janeiro 2018 e um filme intitulado Crônica com Tridente, artista urbano de Porto Alegre.
As cidades contemporâneas são emaranhados extremamente complexos que comportam uma infinidade de modos de habitá-las, tensões entre diverses atories e múltiplas composições de instituições e tecnologias. As cidades ultrapassam as fronteiras geopolíticas dos municípios e as fronteiras entre urbano e rural, posto que são linhas de articulação e construção de cotidianos que atravessam países e continentes em malhas heterogêneas impassíveis de redução a uma localidade ou estilo. Assim, as cidades são sempre declinadas no plural. A pesquisa que aqui se apresenta parte desta pluralidade, mas dedica-se, mais especificamente, ao estudo das cidades em sua formação metropolitana, derivada das modernas sociedades urbano-industriais, especificamente, dando atenção às modulações das fronteiras entre o público-privado. Este trabalho faz parte de um estudo que procura compreender os modos de habitar o espaço urbano em Porto Alegre 2 , contemplando populações heterogêneas. Para tanto, foram divididos subgrupos com os quais trabalhamos, como ciclistas, moradories de O mijo, o picho e o lixo: as festas de rua e as modulações do público e do pr... Ponto Urbe, 30 v.2 | 2022 O mijo, o picho e o lixo: as festas de rua e as modulações do público e do pr...
O intuito deste artigo, sob a perspectiva da etnografia da duração (ECKERT; ROCHA, 2013), é construir uma genealogia do processo de revitalização que acomete o 4° distrito da cidade de Porto Alegre/RS. Os processos de urbanização e reurbanização da rua Voluntários da Pátria (Porto Alegre/RS) e da região do 4° distrito mudaram a interação com seu ambiente, entretanto, é possível notar uma sistematicidade que incide sobre esse território, principalmente se tratando de grandes projetos de reconversão urbana. Os debates de revitalização da região ganharam força novamente nos últimos anos, mas é necessário pensar nesses processos ao longo do tempo e observar como as transformações urbanas dessa região têm origem anterior ao momento presente. Para isso, como antropóloga da/na cidade, utilizo as narrativas de meus interlocutores, de viajantes de outros tempos, de pesquisadoras e pesquisadores de tempos não tão outros assim e das fotografias e iconografias que ocupam acervos e imaginações.
Este relato busca construir algumas narrativas etnográficas sobre seu Guido, dono do Hotel Rodoviária, localizado na rua Voluntários da Pátria, na cidade de Porto Alegre. Se utilizando da etnografia da duração (Eckert; Rocha, 2013a) a proposta é trazer as dimensões conflitivas (Simmel, 2004) na relação do narrador da cidade e as intervenções urbanas. Para tanto, conto também com uma série e crônicas fotográficas produzidas em mosaicos que compõem essa história na metodologia da pesquisa.
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