Objetivo: Este estudo tem como propósito analisar como é realizado o manejo da febre reumática e da doença cardíaca reumática em crianças e adolescentes na era moderna. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, realizada a partir de pesquisas bibliográficas nas bases de dados PubMED, Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde. Os descritores foram retirados da plataforma MeSH (Medical Subject Headings), sendo eles: “Rheumatic fever”, “Heart disease”, “Child” e “Adolescent”. Houve a seleção de artigos de relevância ao tema para fomentar análises e discussões atualizadas e pertinentes. Resultados e Discussão: A febre reumática e a cardiopatia reumática têm sua prevalência associada a fatores socioeconômicos, sendo evidente a relação, também, de fatores educativos com essa realidade. Ademais, é crucial que ações de promoção do diagnóstico precoce, bem como de disseminação de medidas profiláticas, sejam implementadas em locais que sofrem de maneira mais incisiva com essas enfermidades Conclusão: As patologias analisadas ainda são problemas de saúde pública. No entanto, a identificação dos fatores de risco e a viabilização de diagnóstico e tratamento precoces torna possível que se atenuem os impactos dessas doenças. Percebeu-se, ainda, que a educação em saúde foi uma maneira eficiente de promoção de saúde nas populações estudadas.
Objetivo: Reunir dados acerca do manejo clínico de gestantes portadoras da Síndrome de Wolff-Parkinson-White, incluindo diagnóstico, tratamento e repercussões fetais das intervenções, para reconhecer as melhores condutas e assegurar bom prognóstico materno-fetal. Metodologia: Revisão integrativa de literatura que visa elucidar a pergunta feita a partir da estratégia PICo "Como é feito o manejo clínico de gestantes portadoras da Síndrome de Wolff-Parkinson-White?", com base em artigos selecionados nas plataformas MEDLINE/PubMed®, BVS MS e WoS. Resultados: O quadro clínico pode ser inespecífico e particular, o que requer exames complementares. Assim, o eletrocardiograma é fundamental para diagnóstico e identificação de arritmias subjacentes que colocam em risco mãe e feto. Achados característicos de via acessória devem ser considerados, como o estado de pré excitação ventricular: taquicardia compensatória, diminuição do intervalo PR, aumento do complexo QRS, ondas delta em diferentes derivações e alterações da repolarização ventricular. Sobre tratamento, exceto em risco hemodinâmico materno-fetal, deve ser postergado para segundo e terceiro trimestres, sendo preferível métodos terapêuticos não invasivos com benefícios comprovados. Quando necessários medicamentos, Adenosina, Quinidina, Ibutilida, Propafenona, Verapamil e Ajmalina se mostraram seguras, Propranolol deve ser evitado e Amiodarona e Sotalol são contraindicados. Ainda, uma alternativa individualizada, para casos refratários, é a ablação da via acessória por radiofrequência. Conclusão: A Síndrome de Wolff-Parkinson-White em gestantes gera grandes riscos e seu diagnóstico pode ser um desafio, bem como seu tratamento, baseado em antiarrítmicos que ainda são controversos na gestação. A escassez de estudos atuais sobre o tema foi limitante para a realização da revisão.
O artigo tem como objetivo relatar o caso de um paciente do sexo masculino com pseudoaneurisma de artéria pediosa, assim como apresentar o manejo do caso. Paciente, 76 anos, do sexo masculino, com hipertensão arterial controlada, ex-tabagista, foi admitido com queixa de caroço no pé esquerdo e dormência nos dedos. Ao exame físico, apresentava nódulo pulsátil em dorso do pé esquerdo. Os pulsos carotídeos e de membros superiores e inferiores eram normais. Após suspeita de aneurisma verdadeiro, foi solicitado Doppler Arterial de Membro inferior esquerdo (MIE). O ultrassom Doppler revelou dilatação aneurismática em artéria do dorso do pé esquerdo com imagem em yin-yang sugestivo de pseudoaneurisma. Realizou-se aneurismectomia de pediosa, bem como ligadura e secção de arteríolas colaterais ao pseudoaneurisma. Efetuou-se então a revisão da hemostasia e, por fim, a síntese da pele com nylon 4.0. Ao término do ato cirúrgico, a motricidade do pé esquerdo do paciente manteve-se preservada e não foi observada alteração da perfusão dos pododáctilos esquerdos. Após 15 dias do procedimento cirúrgico, retirou-se os pontos e foi realizado o desbridamento das bordas, observando necrose de pequenas bordas de ferida operatória. Paciente encontra-se de alta, evoluindo com edema leve de pé, mas sem outras intercorrências, apresentando boa evolução pós-operatória.
O artigo em questão objetiva relatar o caso de uma paciente com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEi) com focos hemorrágicos e descrever como se procedeu no manejo do caso. Paciente de 28 anos, do sexo feminino, deu entrada no pronto socorro com quadro de crise convulsiva, afasia de expressão, rebaixamento do nível de consciência e cefaleia intensa prévia. A partir da realização dos exames de Tomografia Computadorizada (TC) e de Ressonância Magnética (RM) do crânio, evidenciou-se o diagnóstico de AVEi temporoparietal direito com transformação hemorrágica. Após estabilização clínica, a paciente recebeu alta e foi encaminhada para acompanhamento ambulatorial neurológico, em que se observou permanência de afasia de expressão como sequela. Já quando encaminhada à cardiologia, constatou-se presença de taquicardia, de palpitações aos esforços moderados e de dor leve na região precordial. Posteriormente, foi detectado um aneurisma em dedos de luva na região apical do coração. Houve a realização da sorologia para a doença de Chagas, porém o resultado foi negativo. A conduta terapêutica consistiu em acompanhamento multiprofissional para tratar as sequelas do AVEi, bem como em terapia profilática com anticonvulsivantes e anticoagulantes.
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