Neste artigo, abordamos construtos, conceitos e categorias da geografia, à busca de elementos para a formação de políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento. As razões que nos impelem a essa aproximação se relacionam ao contexto geopolítico contemporâneo e à banalização de conceitos como território, por exemplo, usado como mero designativo de um espaço qualquer, sobre o qual se aplicam metodologias, muitas vezes, vinculadas a políticas públicas inspiradas em modelos exógenos. Concluímos que a aproximação à concepção de território indica a necessidade de assumir o caráter relacional das articulações que ocorrem em espaços sociopolíticos construídos por atores sociais e governamentais. Essa necessidade é tanto mais relevante quanto mais se observam iniciativas que vêm sendo encaminhadas no plano federal, no sentido de recuperar a capacidade de planejamento e promoção do desenvolvimento, mediante a formação e a articulação de políticas públicas de âmbito nacional, regional e local.
Resumo Esse artigo busca analisar a relação entre os recursos públicos investidos nas universidades federais e sua capacidade de implementação de respostas à COVID-19. O artigo contribui, inicialmente, com um método de categorização para avaliação do direcionamento das práticas de combate à COVID-19 pelas universidades federais. A análise dos dados sinaliza uma tendência de relação positiva entre o nível de gastos executados e a capacidade de implementação de respostas por meio de projetos de pesquisa e de extensão, principalmente, para o desenvolvimento de tecnologias. Essa reorientação enseja uma discussão sobre desdobramentos para as políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação e para o fortalecimento do Sistema Federal de Educação Superior, de modo a garantir a infraestrutura necessária para a resolução de problemas complexos, como os gerados pela pandemia da COVID-19.
<p>A rotatividade de funcionários é um desafio significativo para as organizações, pois reflete nas estratégias e no desempenho organizacional. Este estudo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre rotatividade no setor de supermercados, com foco especial nos custos resultantes desse processo. Com base na literatura sobre rotatividade e dados atualizados sobre o tema, um estudo de caso foi desenvolvido em uma empresa familiar do segmento supermercadista de Santana do Livramento, RS. Todos os dados referentes à rotatividade ao longo de um ano foram coletados, complementados com entrevistas e observação direta, possibilitando fornecer um panorama sobre o tema. A pesquisa demonstra que os principais custos da rotatividade estão atrelados aos processos de desligamento, reposição e treinamento dos novos colaboradores. A pesquisa confirma o que aponta o panorama nacional de um elevado índice de rotatividade, o qual contribuiu para a incidência de altos custos, indicando a necessidade de planejar ações empresariais, como o aperfeiçoamento do processo de recrutamento e seleção, recepção, acompanhamento e treinamento dos colaboradores. Por fim, o estudo aponta para a necessidade de mensuração dos custos intangíveis da rotatividade, além do desenvolvimento de novas pesquisas sobre o tema, com foco nas causas desse fenômeno.</p><p>Palavras-chave: Rotatividade de pessoal. Recursos humanos. Custos.</p>
Resumo Este artigo tem por objetivo apresentar o exercício de compreensão da economia política do ensino superior a partir da contextualização e descrever os principais programas governamentais desenvolvidos nos governos Lula e Dilma. Exploramos a categoria capitalismo acadêmico para um exercício inicial de análise das reformas neoliberais no ensino superior brasileiro. Essa categoria busca identificar as múltiplas formas e significados, por meio das quais comportamentos de mercado e pró-mercado têm sido adotados pelas universidades estadunidenses para criar processos de integração à chamada nova economia em busca de fontes alternativas de financiamento. Ao aproximar os programas governamentais brasileiros à ótica do capitalismo acadêmico, identificamos que as mudanças impostas pelas alterações na legislação contribuem para a reestruturação das práticas acadêmicas e criam condições para a implementação do regime acadêmico capitalista. Entretanto, o viés funcionalista-sistêmico-estrutural da categoria e a necessidade de mediação com o concreto impõem limites para o entendimento das reformas no ensino superior do país. Vislumbramos que, para refletir sobre as implicações da lógica neoliberal nas reformas em países dependentes como o Brasil, é necessário retomar o pensamento do sociólogo brasileiro Florestan Fernandes e submeter a categoria padrão dependente de educação superior, formulada por ele na década de 1970, a mediações histórico-concretas coetâneas para compreender como as reformas em curso se relacionam com aquele padrão.
RESUMO A implementação de programas e políticas nas universidades públicas brasileiras, nos últimos 15 anos criaram novos mecanismos de integrá-las aos circuitos de reprodução do capital, sem modificar sua natureza jurídica. Em um contexto de aceleração tecnológica e aprofundamento da crise do capital, criaram-se novas formas de apropriação capitalista do conhecimento produzido pelas universidades públicas brasileiras, em todas as suas atividades. Este artigo busca contribuir para a caracterização do novo neoliberalismo acadêmico a partir da análise da articulação entre as políticas de ampliação do acesso e de incentivo à inovação nas universidades públicas brasileiras. O Novo Neoliberalismo acadêmico é um conceito que descreve a exacerbação das características historicamente registradas na mercantilização capitalista no ensino superior. No Brasil, as políticas neoliberais para o ensino superior foram se transformando, adquirindo novas características em função das mudanças nas recomendações dos organismos internacionais. Caracterizamos, assim, o novo neoliberalismo acadêmico como um conjunto de políticas e programas que criam políticas ditas inclusivas; flexibilizam a formação por meio da oferta de novas modalidades de cursos; modificam o financiamento; estabelecem o empreendedorismo como cultura a ser disseminada pela universidade; difundem o gerencialismo; e precarizam as relações de trabalho nas universidades públicas.
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