O gosto pela leitura não surge naturalmente em cada leitor, mas depende de como esse indivíduo vai sendo introduzido ao universo dos livros. Nessa configuração, a literatura infantil desempenha um papel importante de fornecer elementos que atraiam a atenção desse leitor. Assim, práticas que são iniciadas nos primeiros anos escolares podem contribuir para o acesso e o prazer proporcionado pela leitura. Por isso, propomo-nos a estabelecer reflexões sobre a formação do leitor literário nos anos iniciais do Ensino Fundamental e apresentar uma metodologia que se efetiva por meio de “Oficinas literárias temáticas” que abordam “O mundo encantado das fadas”. Para alçar tais objetivos, ancoramo-nos em conceitos fundamentais que permeiam abordagens referentes à formação do leitor literário e o papel humanizador e transformador da literatura, como encontramos em Candido (1972; 2011), Magnani (1989), Coelho (2017), Jauss (1979), Stierle (1979), Mendoza Fillola (1994), entre outros.
A leitura literária possibilita a construção de sentidos sobre o mundo e a interpretação desse universo em determinado contexto. O resultado dessas ações pode ser diferente para cada leitor. Este vai descobrir um sentido para o que lê e uma maneira de desvendar o texto a seu modo, pois a compreensão sobre leitura vai além do que está escrito, é um processo que depende de conhecimentos e interesses prévios ao ato da leitura. Por isso, propomo-nos a estabelecer reflexões sobre a formação do leitor literário nos anos finais do Ensino Fundamental e apresentar uma metodologia que se efetiva por meio de “Oficinas literárias temáticas” que abordam “Ressignificações do Segundo Reinado do Brasil”, mais especificamente no que se refere ao processo de escravidão, refletindo sobre narrativas híbridas de história e ficção. Para alçar tais objetivos, ancoramo-nos em conceitos fundamentais que permeiam abordagens referentes à formação do leitor literário e ao papel humanizador e transformador da literatura, como destacados em Candido (1972; 2011), Jauss (1979), Mendoza Fillola (1994), Fleck (2007; 2017; 2019), Zucki (2015) entre outros. Além disso, com a valorização da leitura literária em sala de aula, procuramos fundamentar uma perspectiva descolonizadora a respeito dos eventos históricos desse contexto acima mencionado, de modo a desconstruir certos conceitos arraigados na sociedade, tais como heroísmo, progresso e desenvolvimento e apontar uma valorização das vozes marginalizadas, vítimas de violência e exploração e ainda hoje vistas de forma discriminatória pela sociedade hegemônica.
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