Resumo O artigo analisa o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na provisão de saneamento básico no Brasil, de modo a compreendê-lo no âmbito do processo de neoliberalização em curso no país desde a década de 1990. A partir da compreensão das rodadas regulatórias no setor de saneamento básico no Brasil, analisou-se a atuação do banco nas operações de crédito ao setor entre 2002-2018, assim como seu papel na estruturação de projetos de concessão e privatização, pós-2016. Analisar os contratos de financiamento do BNDES e sua atuação na modelagem de projetos de privatização, concessão e parcerias público-privadas observando os novos arranjos regulatórios e institucionais, permite compreender a relação do Banco com os entes federados na prestação de serviços públicos de saneamento e os novos espaços de Estado que emergem do processo de neoliberalização. O processo de desestatização do setor de saneamento básico em curso no Brasil se expressa na atuação do banco, seja pelo perfil das empresas tomadoras de empréstimo - empresas privadas e de economia mista com capital aberto -, seja ao se configurar enquanto think tank e estruturador de modelos de privatizações e concessões do setor de saneamento básico no Brasil.
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Este artigo realiza uma crítica acerca da produção de transporte nas ferrovias brasileiras durante a pandemia de COVID-19 e sobre a conformação dos territórios que estas abrangem. Partindo de uma perspectiva histórico-estrutural, analisa o modelo hegemônico da produção de transporte ferroviário no Brasil para compreender sua constituição e perpetuação, bem como seus desdobramentos na atualidade. Como objetos estão as ferrovias em operação durante a pandemia, em especial as que apresentam maior produção em virtude da lida com o minério de ferro. A partir desta leitura, é possível depreender que o enfrentamento à pandemia num país de dimensões continentais como é o Brasil poderia ter encontrado nestas infraestruturas uma alternativa logística para o transporte de medicamentos e equipamentos fundamentais, caso a opção política e a gestão das mesmas fossem diferentes.
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