Este artigo tem como objetivo analisar os sentidos que emergem do discurso de professores e professoras em processo de formação continuada centrada na escola sobre os saberesfazeres do coordenador pedagógico. Utilizamos como caminho metodológico a Análise do Discurso na perspectiva utilizada por Orlandi. Os dados foram construídos a partir da utilização de entrevistas semiestruturadas realizadas com nove professores do ensino médio da rede estadual de ensino do município de Vitória de Santo Antão (PE). Os achados da pesquisa revelam sobretudo que os sentidos sobre os saberesfazeres do/a coordenador/a pedagógico/a se articulam, principalmente, à lógica gerencialista e da performatividade afetando intensamente o cotidiano das escolas e os modos de ser e estar docente.
Problematizamos como professores são afetados nos modos de ser docente conforme “parcerias” entre a rede pública e privada. Tratamos as parcerias a partir de Adrião e Pinheiro (2012), Adrião (2018), Peroni (2021) e inventividade com Dias (2011, 2014). As parcerias buscam instituir uma docência minimizada e emergem como dispositivo de poder sobre a escola e a docência.
Este artigo insere-se no debate sobre políticas curriculares e tem como objetivo analisar (re)configurações e sentidos de Itinerários Formativos instituídos em torno de disciplinas eletivas em escolas de Ensino Médio localizadas no agreste de Pernambuco. Enquanto movimento teórico-metodológico, fundamenta-se numa perspectiva discursiva a partir das contribuições de Laclau e Mouffe (2015), pois mobiliza-se referenciais do pós-estruturalismo nas políticas curriculares, como também inscreve-se numa abordagem discursiva de políticas curriculares, que tomou como base os estudos de (DARDOT; LAVAL, 2016), (BROWN, 2019), BALL (2016; 2020); (BALL; MAINARDES, 2011), inscritos no pós-marxismo para explicitar como o neoliberalismo tem afetado os sentidos de currículo, negando as políticas curriculares contextuais. Diante disso, percebeu-se que o neoliberalismo ressoa na educação através de políticas curriculares verticalizadas, que desconsideram as subjetividades contextuais das escolas. Dessa forma, as políticas neoliberais são decisões políticas estabelecidas a partir de um ponto nodal que procura estabilizar discursos, identidades e subjetividades (LOPES, 2018). Assim, este estudo apontou que as eletivas, enquanto Itinerários Formativos, tentam negar as verdades contextuais, pois estão atreladas à BNCC, configurando no eixo do empreendedorismo na perspectiva de desenvolvimento de subjetividade neoliberal a partir de movimentos formativos de jovens empreendedor.
O estudo a que se reporta este artigo analisou os movimentos de influência que atravessam as práticas avaliativas-curriculares de professores atuantes nos anos iniciais do Ensino fundamental de uma escola da rede de ensino público do agreste pernambucano brasileiro. Os dados revelam que, as políticas nacionais de avaliação, a gestão/coordenação escolar, e as concepções de educação, currículo e avaliação de professores, têm se revelado em movimentos de influência sob a tessitura das práticas e organização curricular, o delineamento de uma avaliação orientada para fins pré-determinados, e a autonomia profissional e cristalização das concepções curriculares e avaliativas dos docentes.
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