RESUMO:No presente artigo analisa-se as principais orientações teórico-metodológicas que constituem a Educação Ambiental, à luz de um referencial inserido na tradição crítica e dialética histórica. Problematizam-se as formulações funcionalistas e organicistas produzidas no campo da teoria dos sistemas e da visão holística que diluem os aspectos políticos, sociais e culturais inerentes à complexidade ambiental, estabelecem uma unidade abstrata entre sociedade e natureza e, em algumas de suas propostas, hipostasiam o todo em relação às partes. Ao final, são resgatadas categorias definidoras da vertente emancipatória ou transformadora da Educação Ambiental, relevantes para um fazer educativo ambientalista que enfatize a participação cidadã, a ressignificação do ambiente e a transformação societária, enquanto princípios estruturantes e indissociáveis do processo de requalificação do humano na natureza.Palavras-Chave: Educação Ambiental. Práxis. Emancipação. Transformação social. Complexidade. COMPLEXITY AND DIALECTIC: CONTRIBUTIONS TO THE POLITICAL AND EMANCIPATORY PRAXIS IN ENVIRONMENTAL EDUCATIONABSTRACT: This paper analyses the main theoretical and methodological approaches to environmental education from a critical perspective within the historical dialectics. It problematizes the functional and organic formulations, produced in the field of theory of systems, and the holistic vision that dilute the political, social and cultural aspects inherent to the environmental complexity, establish an abstract unity among nature and society and, in some of its * Doutor em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor adjunto da Faculdade de Educação da mesma Universidade.
O presente artigo analisa o processo de construção das políticas públicas de educação ambiental da Secretaria de Educação de Santa Catarina, tomando como ponto de partida o ano 1991, quando da elaboração de sua primeira proposta curricular. Para tanto, a pesquisa utilizou como procedimento metodológico a análise documental. O argumento orientador parte do entendimento das políticas públicas de educação ambiental enquanto constitutivas e constituídas pelas políticas de educação que são configuradas sob certa conformação do Estado. O artigo conclui que as políticas de educação ambiental, em termos discursivos, aglutinam, sem mediação crítica, princípios educacionais de diferentes matrizes de pensamento (histórico-crítica, sistêmica, pragmática etc.), e são promovidas sob os preceitos do Estado gerencial e da ideologia da Terceira Via.
Objetivamos com o presente artigo trazer alguns argumentos e contribuições teóricas que sustentam a pertinência da articulação entre a denominada educação ambiental crítica e o movimento de justiça ambiental, em decorrência da aproximação no modo como definem as causas da crise atual, estabelecem estratégias de luta social e defendem o projeto societário anticapitalista. Essa articulação não só é oportuna para os processos de superação das relações sociais alienadas destrutivas da natureza, mas também reforça uma perspectiva da ecologia política, para a qual as determinações são materiais e de classe. Nos três movimentos - educação ambiental crítica, justiça ambiental e ecologia política - ocorre um processo argumentativo contínuo de ressignificação ideológica da questão ambiental, agindo como contraponto das interpretações hegemônicas do senso comum acerca do fenômeno socioambiental. Todos possuem elementos em comum que conformam o amálgama mediante o qual se pode efetuar a crítica e operar politicamente a favor da transformação social.
No presente artigo, situamos a educação ambiental no contexto da gestão de Unidades de Conservação (UCs) e a sua relevância para a construção de processos democráticos que favoreçam a construção de sociedades sustentáveis. Apresentamos conceitos relevantes para a reflexão proposta, um breve histórico da construção de conselhos em UCs e algumas de suas premissas e indicadores de avaliação, como contribuição à prática de gestores de tais áreas protegidas.
O artigo apresenta algumas das principais contribuições da teoria marxista para a educação ambiental, considerando que a prática educativa no Brasil se constituiu em diálogo com concepções pedagógicas e autores inseridos neste campo. Iniciamos com uma breve contextualização da produção de inspiração crítica (estritamente marxista ou não) e as disputas teóricas inseridas na educação ambiental. Logo após, discorremos sobre a influência e a apropriação das pedagogias críticas e de conceitos estruturantes da concepção marxiana de educação na formulação teórico-metodológica em educação ambiental. Como síntese e conclusão, argumentamos sobre a importância do materialismo histórico-dialético nas discussões ambientais contemporâneas, refletindo criticamente sobre como ele aí se apresenta, particularmente na educação ambiental.
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