O artigo apresenta algumas das principais contribuições da teoria marxista para a educação ambiental, considerando que a prática educativa no Brasil se constituiu em diálogo com concepções pedagógicas e autores inseridos neste campo. Iniciamos com uma breve contextualização da produção de inspiração crítica (estritamente marxista ou não) e as disputas teóricas inseridas na educação ambiental. Logo após, discorremos sobre a influência e a apropriação das pedagogias críticas e de conceitos estruturantes da concepção marxiana de educação na formulação teórico-metodológica em educação ambiental. Como síntese e conclusão, argumentamos sobre a importância do materialismo histórico-dialético nas discussões ambientais contemporâneas, refletindo criticamente sobre como ele aí se apresenta, particularmente na educação ambiental.
A crítica já não necessita de ulterior elucidação do seu objeto, porque já o entendeu. A crítica já não é fim de si, mas apenas um meio; a indignação é o seu modo essencial de sentimento, e a denúncia a sua principal tarefa.
Marx, 2005Um mal-estar assombra a Academia: o mal-estar provocado pelo fetiche do conhecimento-mercadoria e o seu canto de sereia − o produtivismo. Professores, pesquisadores e estudantes universitários, e até mesmo os chamados "gestores de Ciência & Tecnologia", enfim, a Academia parece estar desagradada e, em alguma medida, degradada pela direção e pelo ritmo do desenvolvimento das transformações em curso no chamado sistema brasileiro de ciência e tecnologia.
1Em que pesem os inúmeros depoimentos e estudos que vêm demonstrando os limites desse processo e suas nefastas consequências pessoais, institucionais e científicas, os membros da Academia parecem igualmente convencidos da inevitabilidade dessa marcha forçada ao Desenvolvimento Científico & Tecnológico e também de suas proclamadas finalidades "sociais".
Este<strong> </strong>artigo apresenta algumas considerações sobre as discussões ocorridas no GDP “Pesquisa em Educação Ambiental e Questões Epistemológicas” durante o VI<sup> </sup>EPEA.
Trabalho elaborado com o objetivo de dar prosseguimento ao balanço periódico, na forma de um "estado do conhecimento", da produção científica do GT, com base nos trabalhos selecionados e discutidos pelo Grupo nas Reuniões Anuais da ANPEd, de 1996 a 2001, retomando a pauta de temáticas apresentadas em balanços similares, realizados de 1987 a 2000. Do ponto de vista teórico-metodológico, o GT orienta-se pelo materialismo histórico, contempla também a discussão de outras linhas teóricas e tem como compromisso a transformação das formas de exploração e amesquinhamento do ser humano. Do ponto de vista dos conteúdos, os temas recorrentes mais presentes são os seguintes: trabalho e educação - teoria e história; trabalho e educação básica; profissionalização e trabalho; educação do trabalhador nas relações sociais de produção; e trabalho e educação nos movimentos sociais.
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