Several political and academic circles have considered microfinance to be an important tool to promote economic development and the reduction of poverty. It became a worldwide phenomenon, and the practice disseminated in many developing countries such as Brazil. Even as many authors sing the praises of microfinance—in particular the success in developing countries—the actual experience has fallen short. The goal in this article is to provide a critical analysis of the recent practices of microfinance in Brazil. The article also presents the general characteristics of microcredit in Brazil within the context of the broader development strategy pursued, in particular since stabilization and the inception of neoliberal policies in the mid‐1990s. It is argued that microfinance plays an insidious role, making market‐friendly solutions for social problems more acceptable.
After two decades of high growth and increased levels of foreign investment, Mozambique continues to face serious problems in reducing poverty. This article investigates the characteristics of Brazilian aid to and investment in Mozambique and scrutinises how these activities relate to the Mozambican growth. Combining the literature on the porosity of Mozambican growth with an analysis of the class dynamics of Brazilian accumulation, this article identifies the class fractions that sustained the Brazilian neo-developmental attempt and their capital internationalisation into Africa. Moreover, it empirically details their role in giving form to porosity in the Mozambique economy and promoting private gains at the expense of social losses.
Depois de duas décadas de altas taxas de crescimento econômico, Moçambique tem experenciado elevados ingressos de investimento estrangeiro direto nos anos recentes. No entanto, um dos países mais pobres do mundo continua com enormes dificuldades para reduzir pobreza e promover mudanças estruturais na economia. Este artigo analisa as características dos investimentos e da ajuda internacional do Brasil em Moçambique e detalha como eles se relacionam com o atual padrão de acumulação do país africano. Utilizando-se do instrumental teórico da Teoria da Dependência Marxista e de leituras mais recentes sobre a porosidade econômica de Moçambique, o artigo argumenta que a recente explosão de investimentos e a dualidade desigual da cooperação do Brasil reforçam o padrão de crescimento poroso e dependente moçambicano, marcado por rápida expansão do PIB e do IED com estagnação da pobreza e das condições de vida das massas.
Este artigo discute o papel dos três determinantes profundos do desenvolvimento econômico (geografia, instituições e comércio internacional) nos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) entre1995 e 2015. Primeiramente, aponta-se a dificuldade de analisar se os determinantes funcionam ou não de forma simultânea, porquanto a maioria dos autores não concorda com a ideia de coordenação. Outrossim, considera-se que as instituições são muito diferentes entre esses países, especialmente no caso da China, que melhorou a renda per capita sem se enquadrar nos padrões dos Indicadores de Governança Mundial. Terceiro, o artigo apresenta brevemente a história recente do BRICS, aplicando o método de Hausman e Taylor (1981) para controlar o efeitodas variáveis endógenas e das invariantes no tempo. Conclui-se assim que, por um lado, a geografia e o comércio internacional têm sido importantes para explicar o desempenho econômico dos países do BRICS sem desafiar a literatura atual e, por outro, a influência das instituições, apesar de relevante, não corresponde às hipóteses enraizadas na literatura. China e Rússia são países com instituições específicas, portanto os resultados não acompanham os resultados anteriores sobre o papel das instituições, sugerindo que os indicadores podem ter tendência para a ideologia liberal.
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