Maria da Glória de M. Carneiro θ RESUMO. O bullying tem sido foco de pesquisas e intervenções de pesquisadores, educadores e profissionais da saúde do mundo todo, por ser um fenômeno relacional comumente observado em grupos, sobretudo em escolas, caracterizado pela presença de comportamentos agressivos, cruéis, intencionais e repetitivos adotados por uma ou mais pessoas contra outras, sem motivação evidente. Com vista ao enriquecimento das discussões acerca do conceito de bullying, fez-se uma descrição relacional sistêmica desse fenômeno. Para tanto, procedeu-se ao estabelecimento de uma correlação do bullying com os pressupostos de complexidade, instabilidade e intersubjetividade que embasam a compreensão desse fenômeno e com a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano. Os achados dessa compreensão sugerem que o fenômeno e as intervenções não podem reduzir-se apenas às características individuais dos sujeitos implicados, tampouco a uma interação entre autor e alvo que ignore a diversidade de pessoas e sistemas envolvidos e a teia complexa de relações compreendidas para de sua manutenção.
Palavras-chave:Bullying; violência escolar; epistemologia sistêmica.
THE SYSTEMIC UNDERSTANDING OF BULLYINGABSTRACT. Bullying has been the subject of study and interventions for researchers, educators and health professionals around the world because it is a relational phenomenon commonly observed in groups, especially schools. It is characterized by the presence of aggressive, brutal, deliberate and repetitive behaviors adopted by one or more persons against another, with no obvious motivation. Aiming to enrich the discussions about the concept of bullying, this phenomenon was described in this article using systemic relational approach. For both we related bullying with the assumptions of complexity, instability and intersubjectivity that underpin this understanding, as well as with the Bioecologica Theory of Human Development. The findings suggest that understanding and intervention cannot be reduced solely to the individual characteristics of the individuals involved, nor to an author-target interaction that ignores the diversity of people and systems and the complex web of relationships involved in its maintenance.
Coparenting refers to mothers and fathers articulating their efforts to raise their children. Currently, there are no instruments to measure this construct in Brazil. In this study, the adequacy of a cross-cultural adaptation of the Coparenting Relationship Scale (CRS) (Escala da Relação Coparental - ERC) was evaluated, examining evidence of semantic, conceptual, cultural, idiomatic, operational and measurement equivalence, and face validity. Two independent research groups adapted the CRS and then produced a unified version, completed by 171 couples with at least one child between 4 to 6 years of age. The precision of the subscales, measured using Cronbach’s alpha, varied between .16 - .83. Four subscales had good precision in the Brazilian sample, but the precision of the “Division of Labor”, “Coparenting Closeness”, and “Coparenting Agreement” subscales needs to be improved and additional evidence of the validity of this instrument must be examined, so the CRS can be used in Brazil.
Com as mudanças conceituais trazidas pelo "feminismo das diferenças", os estudos feministas reavaliaram os pólos de valorização positiva e negativa das posições de mulheres e homens, voltando sua atenção para características, atribuições e funções femininas. Como consequência destas reflexões e das práticas que elas orientam, abriu-se a possibilidade de um olhar valorativo sobre o espaço doméstico e o trabalho que homens e mulheres nele desempenham. Esta pesquisa objetivou realizar um estudo de gênero sobre a casa, analisando as relações dos sujeitos com seus espaços de vida familiar, no interesse da valorização do trabalho doméstico e da compreensão do seu valor subjetivo. A pesquisa teve enfoque qualitativo a partir da abordagem etnográfica, por meio de entrevistas livres, gravadas e filmadas, objetivando obter depoimentos e imagens de sujeitos em suas casas e atividades. Foram entrevistados 12 mulheres e 5 homens de diferentes gerações e atividades profissionais, no município de Antônio Carlos, Região Metropolitana de Florianópolis-SC.
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