Brasília was inaugurated on April 21, 1960, and since then the city has been the seat of the Brazilian federal government. It is located in the Central Highlands, or Planalto Central, and the decision to construct the city should be interpreted as part of President Juscelino Kubitschek's political and macroeconomic actions formulated to guide national development. Brasília's master plan was chosen through a national competition for the new capital pilot plan, which selected Lucio Costa's proposal. The urban plan was conceived with two basic characteristics: mobility, with individual vehicles, and an urban configuration organized by superblocks: residential multifamily buildings and green open spaces. The original plan suffered some modifications, which interfered with the construction of the city. Today, Brasília is a sprawled metropolis comprising the satellite cities and municipalities of the Federal District Integrated Development Region (RIDE‐DF). Brasília is considered a World Heritage Site by UNESCO, as an icon of modernist urbanism and architecture.
INTRODUÇÃOO objetivo deste artigo é discutir o projeto do empreendimento Alphaville Brasília, dentro do debate da cidade compacta como "solução" para a cidade dispersa. Grande parte da literatura contemporânea sobre planejamento e projeto urbanístico apresenta uma leitura que, majoritariamente, caracteriza a dispersão urbana como uma ruptura no processo histórico de urbanização, entendendo-a, portanto, como um fenômeno completamente novo. Somam-se a essa interpretação leituras que compreendem a dispersão como um fenômeno problemático, que implica degradação da cidade e de suas configurações tradicionais, deformadas nas/pelas expressões espaciais da cidade dispersa. Embasada nessas interpretações, persiste a abordagem hegemônica de que a compactação urbana, materializada em leituras de cidade compacta, representa a solução urbanística ideal, transposta tanto para o desenho da cidade quanto para os instrumentos e diretrizes de planejamento territorial.Neste trabalho, procuramos confrontar, inicialmente, essas visões dominantes sobre a cidade contemporânea, com vistas a reconhecer a cidade dispersa como parte legítima da cidade, a partir de uma interpretação teórica e historiográfica do pensamento urbanístico. Em seguida, realizamos uma análise do caso do Alphaville 1 A autora agradece à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e à Universidade de Brasília pela concessão de afastamento remunerado para realização de pesquisa de doutoramento, da qual este artigo resulta, e que está sendo desenvolvida sob orientação do prof. Dr. Rodrigo de Faria.http://dx
O urbanismo contemporâneo tem por referência dominante o modelo da cidade compacta, usado para desqualificar o fenômeno do espraiamento urbano em prol de determinado modo de vida e organização espacial considerados mais compatíveis com os atuais princípios do desenvolvimento sustentável. Essa referência à cidade compacta assim como oscritérios de valor e de validade que ela estabelece em termos de qualidade urbana remetem à crítica feita às utopias futuristas do urbanismo moderno pelos defensores de um retorno aos princípios espaciais da cidade tradicional como solução para o crescimento urbano exponencial e disperso. Servindo-nos de uma análise dos diferentes aspectos utópicos do projeto para o Plano Piloto de Brasília assim como das críticas que foram erguidas contra ele, pretendemos mostrar, à luz do conceito de retrotopia cunhado por Zygmunt Bauman, que estas mesmas críticas adotam um referencial nostálgico não menos utópico. Essa análise, alimentada pela definição daprópria noção de projeto, nos conduz então a levantar um questionamento sobre a possibilidade de um urbanismo não-utópico ao qual respondemos com uma reflexão que mobiliza o conceito de atopia proposto por Byung-Chul Han. A partir dele, ensaiamos algumas pistas para a construção de uma abordagem que seja menos refém da armadilha utópica e da lógica dicotômica que parece sempre fugir da realidade presente, a fim de transformar Brasília em uma referência útil para poder lidar com a complexidade da discussão sobre forma urbana e os desafios inerentes à cidade do século XXI.
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