A produção científica sobre a Arqueologia Amazônica é marcada por duas mulheres, Betty Meggers e Anna Roosevelt. Apesar da inegável contribuição destas arqueólogas para as pesquisas posteriores, podemos afirmar que há equidade entre mulheres e homens na arqueologia dessa região? Realizamos um levantamento da bibliografia de artigos publicados nos últimos quinze anos, por autoras e autores brasileiros e estrangeiros, em treze periódicos nacionais e internacionais. Verificamos que, apesar da alta produtividade das mulheres na Arqueologia Amazônica, elas não são citadas de maneira proporcional, privilegiando-se os trabalhos de homens. Por fim, questionamos se as bibliografias selecionadas representam, de fato, o percentual de arqueólogas e arqueólogos em atividade ou se não são reflexo da iniquidade de gênero na ciência arqueológica. Palavras-chave: Arqueologia Amazônica; Produção Científica; Mulheres.
ABSTRACTThe scientific production on Amazonian Archeology is marked by two women, Betty Meggers and Anna Roosevelt. Despite the undeniable contribution of these archaeologists to the research that succeeded their work, could we affirm that there is equity between women and men on the archeology in this region? We have carried out a survey of the bibliography in articles published in the last fifteen years, by Brazilian and foreign authors, in thirteen national and international periodicals. We verified that, despite the high productivity of women in Amazonian Archeology they are not cited in a proportional manner, being noticed a privilege towards men's works. Finally, we question whether the bibliographic selections identified represent in fact the percentage of female and male archaeologists in activity or if they are not a reflection of gender inequity in the archaeological science.
Nos últimos vinte anos, a formação acadêmico-científica arqueológica cresceu exponencialmente no Brasil, culminando com o reconhecimento da profissão em 2018. No entanto, pouco sabemos sobre os perfis socioeconômico e profissional das pessoas atuantes na área, assim como de estudantes em processo de formação, em nível de graduação e pós-graduação. Para que se tenha uma visão geral do quadro da Arqueologia no país, propomos a realização de um levantamento demográfico, cujos primeiros resultados estão compilados neste manuscrito. Esta iniciativa nos possibilita delinear os desafios da inclusão e da representatividade no exercício da profissão, cujas reflexões nos auxiliarão na concepção de medidas práticas para uma mudança desse quadro, no futuro.
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