Teve-se como objetivo sintetizar os resultados descritos em pesquisas acerca da temática da contracepção da população adolescente empreendidas no contexto brasileiro. Em específico, buscou-se identificar as informações sobre o uso de métodos contraceptivos e iniquidades de gênero. Trata-se de uma revisão integrativa de artigos científicos relativos à temática da contracepção de adolescentes, publicados no período de 2000 a 2019 e indexados no Portal de Periódicos da CAPES. A revisão contemplou 32 estudos. Identificou-se que o conhecimento dos métodos contraceptivos entre os(as) adolescentes é precário e o diálogo com a família, sobretudo com “figuras masculinas” configura-se enfraquecido. Evidenciou-se inequidade de gênero nas questões relacionadas ao aborto, gravidez e uso de métodos contraceptivos, bem como a utilização da expressão “gênero” no enquadre teórico do gênero binário, na maioria dos estudos analisados.
Introdução: Diante da pandemia do covid-19 as rupturas sociais e cotidianas vivenciadas implicou em complicadores. A Psicologia se insere em julho de 2020 no Grupo de Pesquisa e Estudos Olímpicos e Paraolímpicos (GPEOP), já na pandemia, no projeto Rotina Saudável onde há presença de acadêmicos dos cursos de Educação Física, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia buscam promover saúde. As acadêmicas de Psicologia formaram um grupo operativo com objetivo de discussão de temáticas vivenciais que foram desde as demandas psicológicas as demandas de saúde numa perspectiva integral. Objetivo: Esse resumo busca evidenciar a prática da Psicologia numa equipe multidisciplinar por acadêmicas em prol da promoção de saúde e prevenção de adoecimentos em um grupo de paratletas. Material e Métodos: Os métodos utilizados durante quase um ano de intervenções grupais foram: a teoria de dinâmica de grupo de Pichon Rivière, da Psicologia da Saúde e da Psicologia de Emergências e Desastres. Resultados: O relato de experiência exposto neste resumo refere-se as demandas e impactos vivenciados durante a pandemia dada a ruptura social e a vulnerabilidade que o contexto predispõe as pessoas, no caso do indivíduo com alguma limitação física e atleta há implicações mais específicas como a vivência dos lutos simbólicos pelas pausas nas competições, jogos e treinamentos, assim como o pertencimento ao grupo de risco que de acordo com as observações, esse fator ampliou o medo, angústia. O grupo operativo em questão se caracteriza pela operacionalização dos indivíduos, que através das discussões e da psicoeducação promovem uma reflexão crítica dos temas trazidos. Conclusão: Os desafios começaram no início quando eles estavam vivenciando lutos simbólicos das experiências cotidianas e da ruptura sociocultural, assim como a incerteza, diante disso foram trabalhadas as emoções, no meio da pandemia os conflitos familiares se destacaram e isso evocou discussões sobre as relações interpessoais e atitudes assertivas, atualmente a volta gradativa tem sido um desafio novo, a ansiedade, as pressões internas, externas e a volta das vivências cotidianas relacionadas ao esporte, trouxeram temática das emoções relacionadas aos jogos, treinos e competições, vale ressaltar que essa prática acontece com supervisões de professores.
Este relato de pesquisa visa descrever a implementação e a consolidação de um “Grupo Condutor” promovido por uma Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul, Brasil, baseado nos preceitos da teoria e da técnica de Grupos Operativos. A pesquisa foi realizada durante os anos de 2016 a 2018, junto a profissionais de diversos serviços de saúde da Rede de Atenção Psicossocial, localizados em 32 municípios. Para a construção das informações junto ao grupo, adotou-se a análise documental, observação participante e uso de diário de campo. Evidenciou-se desafios rumo à realização da tarefa grupal, principalmente devido às mudanças de coordenação, à carência de incentivo à participação no grupo por parte de gestores municipais e aos retrocessos e dificuldades no campo sociopolítico. Conclui-se que o Grupo Condutor se apresenta como uma ferramenta potencial no campo da saúde, no que tange ao incentivo à Educação Permanente e às práticas de cuidado humanizadas e integralizadas. Todavia, vislumbra-se a necessidade de sensibilização e qualificação, teórica e técnica, dos coordenadores da saúde mental e trabalhadores da saúde para potencializar o Grupo Condutor como uma ferramenta de trabalho na Rede de Atenção Psicossocial.
A pesquisa foca nos ritos de iniciação dos(as) calouros(as) nas universidades (trote) brasileiras, com o intuito de compreender as origens históricas do trote e seus significados, tornar evidente as violências de gênero e identificar as intervenções propostas para prevenir e tratar as consequências psicológicas dos/as sobreviventes. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada por meio da busca por artigos publicados em revistas brasileiras revisadas por pares. Ficou saliente que a recepção das(os) calouras(os) é sustentada e engendrada por inequidades de gênero. Conclui-se que há necessidade de envolvimento da comunidade em reflexões éticas e na criação de políticas sobre o trote.
Introdução: Com o intuito de apoiar ações da Atenção Básica e Estratégia Saúde da Família (ESF) o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), criado em 2008 através da Portaria nº 154 do Ministério da Saúde e atualmente denominado Núcleo Ampliando de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), possui uma equipe multiprofissional que conta com profissionais de diferentes áreas. De maneira geral o NASF-AB é responsável por ofertar apoio especializado as ações de saúde, atuando principalmente no Matriciamento, clínica ampliada, cogestão e produção de ferramentas que auxiliem no desenvolvimento do Projeto de Saúde no Território e o Projeto Terapêutico Singular. Objetivo: Este trabalho busca discutir as dificuldades enfrentadas pela equipe do NASF-AB do município de Antas/BA, observadas durante a realização de estágio obrigatório para graduação em Psicologia, e que se tratam da compreensão do papel deste serviço e dos profissionais que o compõem por parte da própria equipe e dos usuários. Visando auxiliá-los na abertura de espaços em que esta problemática possa ser discutida de maneira ampla, ética e objetiva, com foco na construção de estratégias para enfrentá-la. Material e Métodos: O relato de experiência apresentado neste estudo refere-se a problemática observada em uma equipe de NASF-AB durante estágio em Psicologia. Além da observação participante, realizada nas primeiras visitas em campo, realizou-se entrevista com a psicóloga da equipe. E os dados coletados são utilizados na construção de proposta de intervenção. Resultados: A ausência de uma rede formada no município tem sobrecarregado as atividades do NASF-AB, trazendo demandas que ultrapassam a finalidade para o qual foi criado. De modo que tornar-se muito complexo para alguns profissionais, bem como a maioria dos usuários, compreender o real papel do serviço e de sua equipe, visto que não há espaços para discussões com esta temática. Conclusão: Esses obstáculos demostram a necessidade de um diálogo maior dentro e fora da equipe, e a reestruturação do serviço para ao seu objetivo inicial. Se fazendo necessária a expansão das ações de educação em saúde, buscando levar informação aos usuários, investimento na capacitação dos profissionais que atuam no serviço e fortalecimento da rede municipal de saúde.
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