Neste texto, apresento alguns aspectos em torno das discussões sobre a formação de professores de Filosofia e os desafios do ensino dessa disciplina para alunos de nível Médio. Essas questões vêm ocupando o cenário curricular, além da agenda para professores e pesquisadores, nas últimas décadas, principalmente sobre a sua obrigatoriedade. Neste texto, retomo algumas leituras que considero importantes para essa discussão, pois me remetem a pensar as relações entre os conteúdos ensinados na disciplina, as aprendizagens e os seus desafios metodológicos. Assim, outros aspectos importantes no âmbito da transposição didática exigem que se repensem seus conteúdos, as estruturas de formação e o campo de construção de conhecimentos. Por fim, os aspectos específicos do debate filosófico entre o ensinar Filosofia ou ensinar a filosofar são forçosamente centrais na discussão que elegi para este texto.
RESUMO:O objeto central deste texto é a análise de parte das discussões sobre o Programa Um Computador por Aluno, denominado PROUCA, que faz parte das políticas públicas educacionais no Brasil. O artigo é um estudo específico da pesquisa realizada no Projeto Aulas Conectadas? "Mudanças curriculares e aprendizagem colaborativa entre as escolas do projeto UCA em Santa Catarina" (2012 a 2013). Os fundamentos teóricos que se tecem com a empiria se vinculam à noção de cultura material escolar, à cultura escolar e à modernidade. Entre a observação participante e o cruzamento com as fontes documentais, buscou-se compreender as relações entre a materialidade digital, o laptop - UCA, com alguns elementos da política educacional suscitados pelo propósito de inovação escolar a partir deste "novo" objeto de ensino na prática escolar do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina.
Hoje, no Brasil, a ética é reconhecida como parte da filosofia e geralmente um professor de filosofia é encarregado de ensinar ética no ensino médio. Um dos maiores desafios do professor de ética é contribuir na formação do estudante como pessoa ética. Reconhecer este desafio implica admitir vários outros desafios para o professor, entre eles, enfrentar uma justificativa para o ensino de ética; assim como enfrentar o como ensinar, isto é, qual didática adotar no ensino de ética, entendida como um procedimento metódico de ensino que contribua para a aprendizagem do estudante. Este artigo trata do ensino de filosofia no ensino médio, na contemporaneidade, a partir de quatro autores reconhecidos nesta área: Horn (2009), Ghedin (2009), Boavida (2010) e Gallo (2012), com o intuito de destacar algumas contribuições do respectivo entendimento para, na sequência, pensar apropriações para o contexto do ensino de ética no ensino médio.
Este artigo tem por objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa sobre a Faculdadede Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) de Santa Catarina. As análises levam em consideração o contexto das políticas educacionais dos anos de 1960, a constituição histórica e os fundamentos que vicejaram no interior da faculdade, tomando por base o modelo de formação de professores defendido por intelectuais como Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira. As abordagens aqui apresentadas são resultantes de levantamento bibliográfico e de entrevistas que realizamos com ex-professores e ex-alunos da faculdade. O modelo de formação que articulava as diversas ciências, a Filosofia e Letras, mais o plus da educação foi alterado pela reforma universitária n. 5.540/68, uma vez que instituiu o ciclo básico, modificou o arranjo dos cursos dentro da universidade, desmontando o desenho institucional vigente desde a década de 1930, consolidando uma visão funcionalista de formação de professores.
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