O presente artigo trata do reconhecimento do trabalho das professoras e suas implicações sobre a saúde em dois diferentes contextos econômicos e sociais: de um país da América Latina (Brasil) e de um país europeu (França). Baseia-se, principalmente, nas contribuições teóricas da psicodinâmica do trabalho e das ciências sociais, apresentando exemplos oriundos de diversas pesquisas. Observa-se que, apesar das diferenças em relação às condições laborais das professoras nos dois países, o não reconhecimento de seu trabalho está presente em ambos os contextos. Os baixos salários (mesmo considerando-se as especificidades de cada um desses contextos) e a falta de valorização dos esforços feitos no cotidiano profissional são a prova disso. No entanto, na França, o mal-estar das professoras advém, sobretudo, de dúvidas sobre a utilidade social do trabalho docente, frente às inúmeras reformas e às defasagens no nível de escolaridade dos alunos. No caso do Brasil, o malestar decorre especialmente da precariedade das condições de trabalho, que sinalizam a desvalorização da profissional, destacando-se o número excessivo de alunos por turma e a necessidade de complementação salarial. Nos dois casos registra-se a importância do reconhecimento pelos alunos e do trabalho em equipe na preservação da saúde.
Résumé La place de la chirurgie dans la division du travail médical évolue en raison des transformations du contexte d’activité dans les structures de soins et des modes d’appropriation, par les différents praticiens, des évolutions technologiques. L’utilisation de nouveaux outils et techniques concourt à redéfinir l’articulation entre spécialités médicales et chirurgicales. La judiciarisation et la hausse des primes d’assurance transforment le contexte d’activité des chirurgiens qui y voient une remise en cause de leur prestige. Leur recrutement apparaît problématique, dans la mesure où les politiques publiques n’ont pas su anticiper les besoins. Enfin, l’analyse des processus à l’œuvre à l’échelle intraprofessionnelle révèle le caractère hétérogène et fragmenté du métier. Si certains traits caractéristiques sont revendiqués et soudent le groupe des chirurgiens (rapport au soin, responsabilité à l’égard du malade, cadre d’apprentissage), celui-ci est loin d’être homogène. La place de ses membres et la reconnaissance dont ils font l’objet se différencient fortement selon le genre, les chirurgiennes étant porteuses d’une forme d’ ethos différent, mais aussi en fonction des types de chirurgie et de leurs modes d’intervention spécifiques.
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