A 8ª Conferência Internacional de Promoção a Saúde(1) realizada em Helsinki em 2013, edificada em pilares determinados na Declaração de Alma-Ata (1978) e na Carta de Ottawa (1986), adotou a temática "Saúde em todas as politicas". Esse enfoque vem aclarar a responsabilidade dos governos com seus povos, ressaltando que saúde é um direito fundamental e uma questão de equidade e justiça social. Para tanto, deve haver sinergia nas decisões para evitar impactos nocivos à saúde. Conceitualmente, se expressa pelos princípios de: legitimidade, prestação de contas, transparência e acesso à informação, participação, sustentabilidade, e colaboração entre os setores e níveis de governo.As mudanças nas concepções de saúde determinaram a revisão no conceito de promoção de saúde e permitiram redesenhar políticas públicas. Destaque-se que a promoção da saúde (2) deve ser entendida e estruturada em dois grandes eixos, em que ações de promoção se sobrepõem às de prevenção de doenças e outro referente à ampliação do conceito saúde, em que os sujeitos se envolvem e contribuem para garantir condições de vida.No Brasil, a institucionalização da Política Nacional de Promoção da Saúde (3) no cenário da saúde é exemplo de política transversal, já explicitado que saúde não se restringe somente ao setor saúde (4) . Tal política tem como finalidade promover a qualidade de vida, reduzir vulnerabilidades e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes -modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.Pode-se atentar ao fato, que essa política destaca-se pelo caráter inclusivo e integrador, e é capaz de sintonizar-se com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (5) , que estabelece, no seu art. 1º, que "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade".A partir dessas concepções pode-se afirmar que a operacionalização da promoção da saúde (6) segue princípios que caracterizam as ações definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a: concepção holística, intersetorialidade, empoderamento, participação social, equidade, ações multiestratégicas e sustentabilidade.Cabe ressaltar que operacionalizar uma política pública para pessoas com deficiência no Brasil não é tarefa fácil, segundo os dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, os resultados apontaram que 45.606.048 brasileiros (23,9% da população total) têm algum tipo de deficiência visual, auditiva, motora e mental ou intelectual (7) , sendo a prevalência bastante alta na população brasileira de 198,7 milhões.Ao considerar-se a população no âmbito regional, observa-se que 27,7% da população residente no Ceará, correspondendo a um total de 2.340.150 cearenses, apresentam algum tipo de deficiência (8) , percentual acima do registrado nacionalmente (23,9%) e da Região Nordeste (26,6%).
Há um avanço na quantidade de surdos com acesso ao ensino superior. Na sua maioria, são jovens que, com uma cultura diferente, enfrentam dificuldades de comunicação, inter-relação e aprendizagem na cultura ouvinte, pois assumem uma língua diferente dos demais, a Língua Brasileira de Sinais-Libras. Objetivo: A pesquisa buscou identificar as formas de comunicação utilizadas entre acadêmicos surdos e ouvintes, verificando como essas podem interferir no processo de aprendizagem. Procedimentos metodológicos: O estudo, de natureza qualitativa, utilizou o espaço de uma universidade particular no município de Fortaleza, Ceará, no período de fevereiro a abril de 2009. Foram efetivadas entrevistas semiestruturadas com três acadêmicos surdos, três professores, três intérpretes e três acadêmicos ouvintes. O conteúdo das falas foi categorizado e organizado pelo método Análise Temática. Resultados: Constatou-se que as formas de comunicação utilizadas vão desde a mímica e gestos até a escrita e o desenho, porém, a mais aceita pelo surdo é a Libras. Essa, como método de comunicação, é favorável à aprendizagem do acadêmico surdo e, com a mediação do intérprete, dá condições ao surdo de se estabelecer em suas zonas de desenvolvimento, segundo os preceitos de Vygotsky. Conclusão: Por fim, é reconhecida a relevância da Libras como língua majoritária e fundamental ao pleno desempenho acadêmico do surdo, porém o esforço e dedicação dele, assim como o interesse da instituição e de professores quanto à cultura surda também são importantes à formação do futuro profissional.
Ciência. 2. Ciências da vida-Pesquisa-Brasil. I. Pereira, Denise. II. Série. CDD 570.9 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br
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