Este artigo trata do preconceito racial na Educação Infantil. Resultou de uma pesquisa qualitativa, realizada em escolas infantis da região metropolitana de Porto Alegre, em 2013. Teve o propósito de investigar o modo como as culturas africanas são apresentadas às crianças de 0-3 anos no sentido de implantar o Art. 7º, inciso V, das Diretrizes CurricularesNacionais para a Educação Infantil (DCNEI). Segundo esse documento, as propostas pedagógicas devem estar comprometidas com o rompimento das relações de dominação diversas, inclusive étnico-racial. A coleta de dados ocorreu através de observações e conversas com gestores e professores que atuam em escolas infantis. Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais desconhece as DCNEI. Estes afirmaram que nãoocorrem problemas raciais na Educação Infantil e justificaram que as crianças de 0-3 anos são pequenas e não percebem tais diferenças. Praticamente, não há materiais didáticos e imagens de pessoas negras nos espaços das escolas pesquisadas. É preciso não só dar visibilidade às crianças de 0-3 anos como também desconstruir o mito da ausência de preconceito racial para que as histórias e culturas africanas adentrem nos tempos e espaços destas escolas. Palavras-chave: Educação Infantil; Diretrizes CurricularesNacionais para a Educação Infantil; Preconceito racial
7 2 3 8 r Do assistencialismo à Base Nacional Comum Curricular (BNCC): movimentos legais e políticos na Educação InfantilResumo Este artigo trata da trajetória histórica e política da educação infantil no Brasil. Resultou de uma pesquisa bibliográfica que objetivou discutir, à luz das políticas educacionais, alguns pontos emblemáticos que o atendimento voltado às crianças pequenas foi assumindo desde sua emergência até o momento atual. A relação crechepobreza naturalizou-se ao longo de nossa história e foi a custo de muitas manifestações populares que a educação das crianças de zero a cinco anos entrou na agenda pública. A partir do reconhecimento constitucional da educação infantil como um Direito da Criança (1988) e como parte integrante da educação básica (1996), buscou-se ampliar o atendimento e, ao mesmo tempo, amenizar as desigualdades na oferta de atendimento pelos sistemas de ensino nas diferentes regiões brasileiras. Embora se reconheça avanços no que tange aos compromissos que vêm sendo gradativamente assumidos pelo Estado brasileiro, precisamos reconhecer que temos muitas deficiências quantitativas e qualitativas nesse atendimento. Nesse momento, quando a sociedade brasileira vem discutindo a implementação da Base Nacional Comum Curricular, cabe problematizar em que medida esse documento poderá contribuir para garantir os direitos de aprendizagem a todas as crianças. Conclui-se que, por si só, a BNCC é insuficiente para que mudanças significativas se concretizem. Os direitos de aprender e de se desenvolver requerem, para além de uma base comum, políticas educacionais que priorizem políticas públicas e concretizem investimentos em espaços, aquisição de materiais e formação de professores para a educação infantil. Palavras-chave:Educação de Crianças. Brasil. Legislação. AbstractThis article deals with the historical and political trajectory of early childhood education in Brazil. It resulted from a bibliographical research that aimed to discuss, in the light of educational policies, some emblematic points that the care given to small children was assumed from their emergence until the present moment. The crèche-poverty relationship has become naturalized throughout our history and it has been at the cost of many popular demonstrations that the education of children aged from zero to five years years has entered the public agenda. Based on the constitutional recognition of children's education as a Right of the Child (1988) and as an integral part of basic education (1996), it was sought to increase care and, at the same time, to alleviate the inequalities in the provision of care by education systems in different Brazilian regions. Although we recognize progress in the commitments that have been gradually assumed by the Brazilian state, we must recognize that we have many quantitative and qualitative deficiencies in this service. At this moment, when the Brazilian society has been discussing the implementation of the National Curricular Common Base, it is possible to problematize to what extent this docu...
Este artigo trata da inclusão na educação infantil. O objetivo foi conhecer os modos de interações entre crianças com e sem deficiência na escola de educação infantil. A pesquisa se constituiu em um estudo de caso e os dados foram produzidos a partir de observações em uma escola pública, localizada no oeste catarinense. Os participantes pertencem a uma turma de educação infantil, constituída por 22 crianças de 4 anos de idade, sendo uma delas com deficiência. Os resultados mostraram que as crianças protagonizam movimentos inclusivos em seus contextos de brincadeiras. Nesse sentido, entende-se a brincadeira como uma potente metodologia inclusiva na infância. Palavras-chave: Educação Infantil. Inclusão. Brincar. ABSTRACT: This article deals about children’s social inclusion in early childhood education. The objective was to know the ways of interactions between children with and without disability at early childhood education school. The research was constituted in a case’s study and the data were produced from observations in a public school, located in Santa Catarina west region. The participating children belong to a childhood education class, constituted by 22 children with 4 years old, one of them with a disability. The results showed that children lead inclusive movements in their play contexts. In this sense, we understand the children’s play as a powerful inclusive methodology in childhood. Keywords: Early Childhood Education. Inclusion. Play.
Resumo: Este artigo apresenta o olhar das famílias de crianças com deficiência sobre seu próprio filho e sobre o processo de inclusão no ensino regular. Participaram do estudo cinco representantes de famílias de crianças com deficiência, matriculadas nos anos iniciais de escolas públicas de uma cidade do Centro-Oeste catarinense. Os dados foram produzidos a partir de entrevistas e visitas domiciliares. Os resultados mostraram que as famílias têm expectativas positivas com relação a seus filhos e consideram que as escolas vêm atendendo satisfatoriamente às demandas do processo de inclusão. Contudo, apontaram a formação de professores, o rodízio de profissionais e o tempo de Atendimento Educacional Especializado como aspectos a serem melhorados. Palavras-chave: Família. Inclusão. Ensino Regular.
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