Neste texto, busca-se fazer emergir a análise realizada numa classe de primeiro ano de 6 anos do ensino fundamental de nove anos de uma escola pública de periferia de Porto Alegre (RS). Ele indica como as crianças deste primeiro ano tramam seu processo de alfabetização e escapam do estigma da tristeza e do fracasso. Estudam-se os documentos (MEC- Lei nº. 11.274, de 2006 /EFNA) que ordenam e administram a vida de crianças e professores, através de programas empresariais e governamentais, e se tornam o olho - Argos Panopticon. Optando-se por uma metodologia-bricolagem e baseando-se nos estudos pós-estruturalistas, trama-se a análise dos documentos legais com observações participantes. Mostra-se um acontecimento especial que marcou a alfabetização desta turma ou sobre como, a partir de Flávia, a menina que ajuda a pensar o título deste artigo, de 6 anos, guria, preta, gorda e que, portanto, fugia de todos os parâmetros da naturalização dos sujeitos-meninas ou daqueles que têm tudo para dar certo na vida, encontra um modo de se alfabetizar e com ela o seu grupo. Trata-se da alegria na sua potência de agir de uma alfabetizanda-desviante ao se constituir como leitora de histórias para seu grupo, e como esta vitalidade de criação transforma o aprendizado de crianças e professores. Encerra-se o artigo com o desejo de que se faça emergir a alegria spinoziana da descoberta da alfabetização, mesmo que desviante, no processo de meninas e meninos alfabetizandos com 6 anos. Convida-se ao desvio!
Este artigo trata do preconceito racial na Educação Infantil. Resultou de uma pesquisa qualitativa, realizada em escolas infantis da região metropolitana de Porto Alegre, em 2013. Teve o propósito de investigar o modo como as culturas africanas são apresentadas às crianças de 0-3 anos no sentido de implantar o Art. 7º, inciso V, das Diretrizes CurricularesNacionais para a Educação Infantil (DCNEI). Segundo esse documento, as propostas pedagógicas devem estar comprometidas com o rompimento das relações de dominação diversas, inclusive étnico-racial. A coleta de dados ocorreu através de observações e conversas com gestores e professores que atuam em escolas infantis. Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais desconhece as DCNEI. Estes afirmaram que nãoocorrem problemas raciais na Educação Infantil e justificaram que as crianças de 0-3 anos são pequenas e não percebem tais diferenças. Praticamente, não há materiais didáticos e imagens de pessoas negras nos espaços das escolas pesquisadas. É preciso não só dar visibilidade às crianças de 0-3 anos como também desconstruir o mito da ausência de preconceito racial para que as histórias e culturas africanas adentrem nos tempos e espaços destas escolas. Palavras-chave: Educação Infantil; Diretrizes CurricularesNacionais para a Educação Infantil; Preconceito racial
O presente artigo trata do desenvolvimento e utilização de objetos de aprendizagem (OAs) na formação de professores de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Nesta perspectiva, serão abordadas questões acerca da ciberinfância e as novas demandas da educação de crianças, a possibilidade de formação de professores com auxílio de OAs, bem como a apresentação de OAs desenvolvidos por um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ao final, relata-se a experiência do grupo em cursos de extensão, visando a validação dos OAs e a formação de professores para a ciberinfância.
Este artigo trata dos modos de apresentação de culturas afro-brasileiras às crianças de 0-3 anos em escolas da região metropolitana de Porto Alegre. Discute o trabalho pedagógico relacionado a tais culturas, com o objetivo de implementar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009). Em um primeiro momento, foram feitas entrevistas semiestruturadas com gestores e professores e, em um segundo momento, as alunas de Pedagogia realizaram práticas nos berçários. O estudo sinalizou a importância de que sejam ampliadas, nos cursos de formação de professores, as discussões que tratam sobre a potência dos bebês e sobre a importância da inserção de práticas promotoras de igualdade racial no cotidiano da escola infantil na busca de uma educação antirracista.
O presente artigo tem como objetivo apresentar os objetos de aprendizagem relacionados ao projeto de pesquisa "Professor 2.0: Buscando Práticas Criativas na Web", desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia Digital Aplicada a Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O referido projeto trata fundamentalmente da ciberinfância e suas ações criativas na Web 2.0 e tem por objetivo: 1) abordar o conceito de criatividade; 2) reorganizar modos de exercer a prática pedagógica a partir das ações criativas das crianças no meio digital. Essas pesquisas geraram dois objetos de aprendizagem que estão sendo validados através de um Curso de Extensão para Educadores.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.