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O presente artigo busca explorar o contexto do estágio supervisionado em Serviço Social tendo como ponto de partida as políticas de estágio brasileiras. É certo que a importância do estágio aumenta frente às profundas transformações no mundo do trabalho e ao constante desenvolvimento científico e tecnológico, provocando o acirramento das discussões sobre o tema e instigando a academia a repensar seu processo formador, notadamente o Serviço Social. O estágio tem como finalidade a vinculação da educação formal ao mundo do trabalho e a prática social. No Serviço Social, o estágio supervisionado constitui-se como elemento do processo formativo, sendo que nesse locus, o estagiário tem a possibilidade de decifrar as relações institucionais e elaborar novos conhecimentos a partir do conhecimento das expressões da questão social que constituem o objeto de intervenção profissional. Nesse sentido, o estágio prático tem como função preponderante contribuir para que o estagiário aproprie-se do significado social do Serviço Social e da construção de sua identidade profissional, individual e coletiva. O desafio posto, na contemporaneidade, é o de direcionar o estagiário à formação reflexiva e analítica, a fim de que as práticas do Serviço Social não incidam apenas na imediaticidade.
Neste trabalho, apresentam-se algumas reflexões sobre a prática interventiva do assistente social na educação. Num primeiro momento, apontam-se alguns determinantes do cotidiano escolar que interagem com os objetivos do serviço social e, com certeza, devem servir de diretriz para uma atuação competente. Diante disso, contextualiza-se a rede municipal de ensino fundamental da cidade de Franca e apresenta-se um dos projetos desenvolvidos pela equipe multidisciplinar, denominada equipe de apoio na qual o assistente social esteve inserido em 2005. Ao relatá-lo, busca-se sua análise crítica evidenciando alguns dos aspectos positivos e negativos.
O artigo apresenta uma das categorias de análise abordadas em tese de Doutorado em Serviço Social, a qual investigou aspectos da saúde no Brasil e em Portugal. Embora os sistemas de saúde do Brasil e de Portugal tenham semelhanças, em Portugal não consta a existência da judicialização do direito à saúde, conforme se observa no Brasil. A investigação realizada no exterior objetivou conhecer os caminhos do acesso à saúde em Lisboa e região, através de uma abordagem qualitativa, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas com assistentes sociais de hospitais de Lisboa e região. A metodologia também foi pautada na revisão bibliográfica, com um período de estudos acerca do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos aspectos relacionados ao mesmo, assim como uma análise documental de assuntos referentes às particularidades que envolvem o direito à saúde no citado país, especificamente, seus aspectos legais (legislações regulamentadoras existentes). Os resultados obtidos apontaram os caminhos do acesso à saúde “não judicializada” em Portugal. O presente estudo foi possibilitado através do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), financiado pela CAPES.
Refletimos sobre o estágio supervisionado em Serviço Social enquanto um dos elementos centrais do processo da formação profissional, compreendido como atividade curricular obrigatória pelas Diretrizes Curriculares de 1996. A articulação na supervisão de estágio, de campo e acadêmica é fundamental e contribui para que o estágio seja espaço de desenvolvimento de autonomia, aprendizado e de construção do conhecimento mediante a análise crítica da realidade social, fundamentado nos aportes teórico-metodológicos e numa postura ético-política, instrumentalizada na dimensão técnico-operativa do trabalho profissional. Os estudos realizados se baseiam na compreensão de formação profissional e na concepção de estágio supervisionado alicerçadas nas Diretrizes Curriculares e na literatura da área, que norteia o desenvolvimento de um processo formativo crítico, criativo e com competências e habilidades que estejam alicerçadas no projeto ético-político profissional, apresentando os avanços e acúmulos construídos pela categoria a partir da década de 1980. Partindo dessas considerações, objetivamos trazer alguns elementos para a reflexão em relação a supervisão de estágio a partir de suas contribuições das pesquisas realizadas no programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UNESP/Franca, apresentando os avanços e formas de resistência a partir da sua legislações e os desafios (im)postos na cena contemporânea.
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