O cenário de pandemia gerado pela COVID-19 tem trazido preocupações e acentuado outras já existentes para aquelxs que se interessam pela educação das crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade. Dentre estas, estão o acesso das crianças às tecnologias digitais no contexto das instituições educacionais e/ou fora dele. Neste artigo, reflete-se sobre as relações das crianças pequenas desde bebês com as tecnologias digitais, considerando os princípios e especificidades da Educação Infantil. O objetivo do artigo é problematizar a recomendação para o uso das tecnologias digitais nesta etapa educativa, considerando o contexto de pandemia. A partir deste objetivo geral, temos como objetivo específico propor as tecnologias digitais como suporte de comunicação e manutenção de vínculos entre as famílias e as instituições educacionais. A partir de uma pesquisa documental que inclui textos legais e manuais orientadores sobre Educação Infantil e COVID-19, discute-se a presença das tecnologias, considerando: a brincadeira e as interações, os princípios éticos, políticos e estéticos, a relação família-escola e a legislação brasileira.
RESUMO:Este artigo analisa a tríadepolítica educacional, formação docente e práticas pedagógicascompreendendo-os como elementos balizados pelos contornos das políticas sociais e que se entrelaçam diretamente na construção de uma educação inclusiva. Considera, ainda, as implicações deste processo para os cotidianos educacionais, particularmente os da Educação Infantil, apontando para elementos a partir da discussão das diferenças humanas, contribuindo para uma leitura mais aprofundada e analítica da questão. Dentre os princípios que subsidiaram o percurso metodológico, consideramos inexorável discutir a relação cuidareducar como fator para uma ação integrada das políticas sociais, sendo imprescindível pensar a inclusão como política de garantia do direito à educação para todos, portanto, como dever do Estado e dos respectivos sistemas de ensino.
PALAVRAS-CHAVE:Educação infantil. Inclusão. Diferenças. Políticas sociais.RESUMEN: este artículo analiza la tríadapolítica educativa, formación docente y prácticas pedagógicascomprendiendo como elementos balizados por los contornos de las políticas sociales y que se entrelazan directamente en la construcción de una educación inclusiva. También considera las implicaciones de este proceso para los quotidianos educativos, particularmente los de la educación de la primera infancia, señalando los elementos de la discusión de las diferencias humanas, contribuyendo a una lectura más profunda y más analítica de Pregunta. Entre los principios que subvencionan la vía metodológica, consideramos inexorable debatir la relación cuidado-educar como un factor para una acción integrada de las políticas sociales, y es esencial considerar la inclusión
Este artigo problematiza o lugar das crianças nas pesquisas na área da Educação, mais especificamente, na Educação Infantil, a partir da visão da multiplicidade de crianças que vivem diversas infâncias e produzem culturas infantis nas condições dadas. Trata-se de um conjunto de reflexões que fazemos no nosso percurso investigativo e que nos instiga a descolonizarmos os modos de fazer pesquisa. Para isso, precisamos enfrentar as dicotomias, o adultocentrismo, a subordinação e o colonialismo que forjam a produção científica brasileira, colocando no centro do debate, além das relações de poder, a intersecção entre raça, etnia, religião, gênero, sexualidade, classe social e idade. Nossas proposições e inquietações são iniciadas com a discussão da criança como sujeito que pensa (epistêmico), que produz cultura, história e que participa e interfere política e economicamente na sociedade. Em seguida, apontamos algumas contribuições da Sociologia da Infância e da Pedagogia da Educação Infantil para essa “reviravolta científica”, de considerar a criança como sujeito de pesquisa. Finalizamos com várias questões e desafios que ainda devemos enfrentar para, de fato, colocarmos a criança como participante do processo investigativo, considerando suas criações e suas falas, como alguém que faz pesquisa.
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