Este trabalho tem o objetivo de discutir, através de um relato de experiência, a necessidade de se aplicar, na prática docente, diferentes teorias acerca desse fenômeno complexo e multifacetado que é a linguagem humana. O suporte teórico para a elaboração deste trabalho é dado pelo campo da Linguística da Enunciação, especialmente por Mikhail Bakhtin, Émile Benveniste e Oswald Ducrot. A experiência relatada ocorreu em uma disciplina de Leitura e Produção de Textos, ministrada em um curso superior de uma universidade comunitária do Rio Grande do Sul, e consistiu em uma proposta de produção de discursos, como atividade curricular, embasada nos teóricos acima mencionados. Os resultados obtidos mostram que o trabalho com leitura e com produção de discursos deve estar embasado em diferentes suportes teóricos, já que é na convergência de olhares que a linguagem pode ser apreendida de modo mais completo.
Entrevista realizada por Isabel Sebastião (Portugal – Universidade do Porto), Cristiane Lebler (Brasil – Universidade Federal de Santa Catarina) e Dennis Castanheira (Brasil – Universidade Federal Fluminense) com as professoras Leonor Werneck dos Santos (Brasil – Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Sónia Valente Rodrigues (Portugal – Universidade do Porto). A entrevista abordou as decisões curriculares em Portugal e no Brasil, ações para que o ensino de língua portuguesa amplie mais efetivamente a competência linguística dos estudantes, impactos da pesquisa em ensino da língua portuguesa no desenvolvimento profissional de professores; a perspectiva do ensino centrado em gêneros em livros didáticos de português; a visão instrumental do conhecimento gramatical no processo de ensino e de aprendizagem de língua materna, os maiores desafios da pesquisa linguística na formação de professores, o tratamento dos materiais didáticos em relação ao ensino de português como língua materna e não materna.
Este trabalho visa a discutir o sentido do enunciado “Sou professor, ganho pouco e mesmo assim sigo feliz, pois minhas mãos estão sujas apenas de giz” presente nas manifestações ocorridas no Brasil, em junho de 2013. Nosso objetivo é explicar o seu possível sentido com base nos aspectos linguísticos e enunciativos, a partir da Teoria dos Blocos Semânticos e da Teoria Polifônica da Enunciação, desenvolvidas por Marion Carel e Oswald Ducrot.PALAVRAS-CHAVE: Argumentação. Discurso. Sentido. Manifestações.
RÉSUMÉ Cet article a pour but de faire une discussion à propos du sens de l’énoncé « Je suis professeur, je gagne peu et je suis quand même heureux, parce que mes mains ne sont sales que de craie », présent lors des manifestations qui ont eu lieu au Brésil, en juin 2013. Notre objectif est d’expliquer son sens à partir de ses aspects linguistiques et énonciatifs, sur base de la Théorie des Blocs Sémantiques et de la Théorie Polyphonique de l’énonciation, développées par Marion Carel et Oswald Ducrot.MOTS-CLES: Argumentation. Discours. Sens. Manifestations
Este artigo está ancorado na concepção de que a língua é fundamentalmente argumentativa e de que as palavras e suas relações auxiliam na constituição do seu caráter argumentativo. Sua temática trata da imagem que os alunos dos cursos de Licenciatura em Letras de uma universidade comunitária e de uma universidade federal expõem sobre a profissão. O objetivo de nossa pesquisa é analisar, com base na Teoria da Argumentação na Língua (ANL) e na Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), em sua fase standard, como a imagem do professor é construída discursivamente. O corpus do trabalho é constituído por discursos de estudantes do curso de Letras licenciatura das duas universidades, os quais foram coletados através de um questionário criado na ferramenta Google Formulários. Os resultados confirmam a hipótese de que os estudantes dos cursos de licenciatura em Letras consideram a profissão atraente apesar da sua desvalorização.
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