Este artigo apresenta os resultados parciais do projeto de pesquisa "Formação Docente Indígena: história e memória de discentes do CLII-UNIFAP", registro PVO341/2018. Os dados coletados foram obtidos a partir de pesquisa bibliográfico e documental, com seleção de monografias defendidas por estudantes indígenas da Universidade Federal do Amapá, livros e artigos sobre educação intercultural, interculturalidade crítica e etnomatemática, como parte do material do estudo. Na análise de dados, o método de mapas conceituais foi aplicado, considerando duas categorias: 1-Grafismos, simbologias e etnomatemática dos povos indígenas do Amapá e norte do Pará, e, 2-Padrões geométricos e grafismos na produção de artefatos e pinturas indígenas como temáticas nas discussões em antropologia, etnomatemática e arte. O resultado aponta a presença de padrões geométricos nos grafismos, artefatos e artesanatos indígenas, como por exemplo, no mastro decorado do Turé, em bancos, cestos, pulseiras e cuias, mas também na pintura corporal, cerâmicas e esculturas. Esses padrões são motivos geométricos e representam ícones, a fauna, os caminhos, a flora, os rastros de animais ou os elementos naturais como nuvens, estrelas, entre outros aspectos representados nos desenhos dos grafismos. Outra meta do estudo é motivar os estudantes indígenas a discutir, planejar e desenvolver as práticas pedagógicas indígenas no ensino de matemática.