O artigo tem por objetivo realizar uma genealogia das didáticas decoloniais no Brasil. Resulta de uma pesquisa bibliográfica e de um levantamento documental ancorados, principalmente, em referenciais da Rede Modernidade/Colonialidade e da Didática no Brasil. Aponta-se que a origem da decolonialidade, como razão des-colonial, remonta aos anos 1950 e consolida-se em 1998. No Brasil, identificou-se como marcos entre a decolonialidade e a Pedagogia as teses de Oliveira (2010) e Mota Neto (2015). Elege-se como marco a anteceder uma didática decolonial a publicação de “Didática Crítica Intercultural: proposições”, em 2012. Conclui-se que é delineamento central para a constituição de didáticas decoloniais no Brasil a opção pela transmodernidade e que é preciso decolonizar a didática. Tarefa ainda por fazer.
O presente artigo, ao tematizar as pedagogias decoloniais, traz como especificidade as práticas pedagógicas com crianças, realizadas no contexto amazônida e ribeirinho. Tem a seguinte questão-problema: que contribuições às pedagogias decoloniais podem advir de práticas pedagógicas com crianças ribeirinhas na Amazônia? Nesse sentido, objetiva análisar possíveis contribuições de práticas pedagógicas com crianças ribeirinhas na Amazônia às pedagogias decoloniais. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa, ancorada em alguns referenciais, como Coelho (2020), Mota Neto (2016), Dussel (1980; 1994; 2017; 2020), Mignolo (2008; 2014), entre outros, e que contou com elementos da análise do conteúdo como técnica de sistematização e análise de dados. Entre os resultados e conclusões, tem-se que as pedagogias decoloniais, como pujança intelectual, ainda não estão organicamente assumidas pelo professorado em geral, mas como energia de descontentamento, fazem-se presentes a operar fraturas epistêmicas à pedagogia moderno-colonial.Palavras-Chave: Pedagogias decoloniais. Práticas pedagógicas. Criança ribeirinha. Amazônia.
Federal do Pará O artigo analisa narrativas de um sujeito-educando da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola prisional. Resulta de uma pesquisa qualitativa do tipo (auto)biográfica. Aponta-se a carência afetiva familiar, relações desumanas na educação e o convívio com duas lógicas opostas dentro do cárcere: a da escola e a dos operadores do sistema penitenciário. Sobre a vida pós-cárcere, o sujeito-educando vislumbra reconstruir sua vida e vê na educação escolar um dos meios para esse fim. Conclui-se afirmando que a educação em espaço de privação de liberdade deve considerar a materialidade dos seus sujeitos-educandos nos princípios educacionais e nas estratégias metodológicas, tendo em vista a humanização. Palavras-chave: EJA. Privação de liberdade. Narrativas. Sujeito-educando. Perfil. Vida pós-cárcere. YOUTH AND ADULT EDUCATION IN CONTEXT OF LIBERTY DEPRIVATION: ANALYSIS OF NARRATIVES OF A LEARNER SUBJECT The article analyzes narratives of a learner subject of the modality of Youth and Adult Education (YAE) from a prison school. This work results from qualitative research of the autobiographical type. It points the lack of family affection, inhuman relations in education, and the
O presente artigo tematiza a didática, enquanto campo do conhecimento da Pedagogia e como espaço importante de estudo e discussão do pensamento decolonial com vistas a construção de uma didática decolonial. Tem-se como objetivo explicitar elementos teóricos que contribuem com a constituição de uma didática decolonial. Consiste em uma pesquisa bibliográfica. Entre os referenciais teóricos constam autores do pensamento decolonial e da didática crítica intercultural. Abordam-se elementos históricos e conceituais que demarcam o pensamento decolonial, a pedagogia decolonial e a didática crítica intercultural, que possibilitam o desvelar epistemológico de realidades invisibilizadas, de enfrentamento crítico ao paradigma moderno/colonial e as relações de colonialidade formadas nos movimentos hegemônicos mundiais, forjados desde o processo de conquista das Américas. Retoma-se o pensamento de Candau desde a proposta de uma didática fundamental na década de 1980 aos dias atuais, momento em que defende uma didática crítica intercultural. No diálogo com esse percurso, propõe-se a didática decolonial. Conclui-se, entre outros elementos, que uma prática didática decolonial precisa assumir a alteridade como pressuposto ético-político-educativo, sobretudo considerando os sujeitos historicamente marginalizados, oprimidos e subalternizados da sociedade e do sistema educacional, comumente imersos em lógicas opressoras, monoculturalistas e instrumentais.
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