previous studies have reported that clitic interpolation and clitic climbing change according to three stages in the history of european portuguese. in this paper we develop the idea that these phenomena are deeply intertwined, once they are related through the notion 'clitic position'. in order to provide a unified explanation for interpolation and climbing, we follow a quantitative methodology using the Tycho Brahe Corpus of Historical Portuguese. Considering that clitic position reflects the category hosting the clitic, we argue that the availability of Xp interpolation and of obligatory clitic climbing in Old Portuguese reflect more basic structural principles, such as V-to-Fin movement and cl-to-Force movement, which is dependent on the role of left-peripheral elements in old portuguese grammar. in other words, clitics could occur either in Force or in Fin, in order to mark their relative presuppositional nature with respect to different left-peripheral elements. In Classical Portuguese, we argue that XP interpolation was replaced by Neg interpolation because of the loss of V-to-Fin movement in embedded contexts, a period when clitic climbing started to reflect a number of criteria related to topicality. Finally, in Modern European Portuguese the gradual loss of Neg interpolation and the marked status of clitic climbing can be understood as consequences related to the loss of V-to-Fin movement across the board. Keywords: Portuguese language; clitics; Diachronic Syntax resumo: Estudos anteriores relataram que os fenômenos da interpolação e da subida de clíticos sofrem mudanças de acordo com três fases da história do português europeu. Neste trabalho defendemos a hipótese de que ambos os fenômenos estão profundamente interligados, sendo relacionados por meio do conceito 'posição de clíticos'. A fim de fornecer uma explicação unificada para interpolação e subida, seguimos uma metodologia quantitativa usando o Corpus do Português Histórico Tycho Brahe. Considerando que a posição do clítico reflete a categoria que o hospeda, argumentamos que a disponibilidade de interpolação de XP e a subida obrigatória do clítico refletem princípios estruturais mais básicos, tais como o movimento V-para-Fin e o movimento cl-para-Force, que depende do papel dos elementos da periferia esquerda da sentença na gramática do português antigo. Em outras palavras, clíticos podiam ocorrer tanto em Force como em Fin, de tal forma a marcar sua relativa natureza pressuposicional face a elementos na periferia esquerda da sentença. No português clássico, defendemos que a interpolação de XP deu lugar à interpolação de Neg por causa da perda do movimento V-para-Fin * The second author acknowledges the financial support by Fapesb to project number 9469/2015. This paper relates to Fapesp project number 2012/06078-9. We thank two anonymous reviewers for valuable comments and the editors of Cadernos de Estudos Linguísticos for the assistance. the usual disclaimers apply.
A ordem e a função do clítico SE no português clássicoThe order and the function of the clitic SE in the classical portuguese eloisamaiane@gmail.com cristianenamiuti@gmail.com Resumo: O clítico SE se destaca dos demais clíticos por apresentar um comportamento diferente, pois, enquanto os outros clíticos estão associados à função sintática de objeto, o SE se associa às funções de sujeito ou objeto. Baseados em Brito, Duarte e Matos (2003), caracterizamos três tipos de SE associados às funções sujeito e objeto: SEPassivo, SE-Indeterminado e SE-Reflexivo. Neste artigo, apresentamos uma descrição do uso do clítico SE nas construções finitas em orações principais neutras, com o objetivo de observar a possível existência de uma relação entre a posição e o tipo/ função desse clítico em textos de autores portugueses nascidos nos séculos XVI, XVII e XVIII, período que compreende a gramática do Português Clássico, extraídos do Corpus Tycho Brahe. O uso de SE associado à função sujeito, SE-Passivo e SE-Indeterminado, nas orações principais neutras, parece favorecer a colocação enclítica nos contextos de variação, mesmo nos séculos XVI e XVII, em que a frequência de próclise é superior, pois, na distribuição do tipo de SE pela colocação, a frequência de ênclise para esses dois tipos de SE mantém-se bastante elevada nos contextos de variação ênclise/ próclise, o oposto acontece com o SEReflexivo que mantém elevada frequência de próclise e ênclise marginal. A ordem e a função do clítico SE... Abstract:Among the clitics, the SE is noteworthy for presenting a different behavior: while the other clitics are associated to the object function, SE can be associated to the subject or object. Based on Brito, Duarte and Matos (2003), we characterize three types of SE associated with the subject and object function: the passive SE, indefinite SE and SE as a reflexive pronoun. In this paper we describe the use of clitic SE in neutral main clauses, with the objective of observing the possible existence of a relationship between the position and the type/function of this clitic in texts by Portuguese authors born in the sixteenth, seventeenth and eighteenth centuries, from the Tycho Brahe Corpus. The use of SE associated with the subject function, passive SE and indefinte SE, neutral main clauses, seems to favor the enclitic placement in variation contexts, even in the sixteenth and seventeenth centuries, in which the frequency of proclisis is superior, because, in the distribution of the type of SE by placing, the frequency of enclisis for these two types of SE remain quite high in the contexts of enclisis/proclisis variation, the opposite happens with the SE as a reflexive pronoun that keeps high frequency of proclisis and marginal enclisis.Keywords: SE as a passive pronoun. SE as an indefinite pronoun. SE as a reflexive pronoun. IntroduçãoA Linguística Histórica é um ramo da linguística bastante produtivo que, apoiada no quadro gerativista, busca analisar as mudanças da língua no decorrer do tempo, além de apresentar a história e ...
O presente artigo destina-se a apresentar alguns dos resultados da pesquisa sobre a sintaxe dos clíticos na história do português1, que corroboram a hipótese delineada por Galves (1996) de ter havido dois períodos de mudança e três estágios gramaticais na história do português europeu. Focalizaremos aqui o fenômeno da interpolação de constituintes entre o pronome clítico e o verbo, com base em textos de autores portugueses nascidos entre o século XV e XIX, e em trabalhos, como os de Martins (1994), Ribeiro (1995) e Fiéis (2001) que investigaram o mesmo fenômeno em textos mais antigosPALAVRAS-CHAVE: Clíticos. Interpolação. Mudança Sintática. Periodização. Gramáticas do Português.ABSTRACT This paper presents some empirical results about the history of the syntax of Portuguese clitics that corroborate the hypothesis that there were three grammatical stages in the history of european portuguese, as proposed by Galves (1996). We will focus on the phenomenon of interpolation of phrasal constituents between the clitic and the verb in texts written by Portuguese authors born between the fifteenth and the nineteenth century, discussing previous works such as Martins (1994), Ribeiro (1995 ) and Fiéis (2001), that investigated the same phenomenon in older texts. KEYWORDS: Clitics. Interpolation. Syntactic change. Periodization. Portuguese grammars.
De acordo com Castro (1991) e Cardeira (2005), o século XV e a primeira metade do XVI são um período de transição da língua medieval para a clássica, no qual coexistem formas próprias da etapa anterior com formas que já anunciam o português do período clássico. Inspirados nas reflexões de Castro (1991) e Cardeira (2005) e também na ideia de competição de gramáticas delineada por Kroch (1994), argumentamos que um período de transição deverá caracterizar-se pela instabilidade resultante da conjugação dos sinais de renovação que se cruzam com a permanência da gramática antiga. Apresentaremos, neste artigo, alguns indícios provenientes da sintaxe dos clíticos em textos de autores nascidos entre o século XV e XVI que podem corroborar a hipótese de instabilidade gramatical e competição de gramáticas nessa época
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