RESUMO Objetivo Comparar parâmetros vocais e acústicos de crianças infectadas e não infectadas pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Método Amostras vocais foram submetidas às análises perceptivo-auditiva e acústica. Foram analisadas amostras da vogal sustentada /ε/ e da fala encadeada de 74 crianças entre seis e 12 anos incompletos, divididas em dois grupos: 37 crianças infectadas pelo HIV (GHIV) e 37 crianças não infectadas pelo HIV (Grupo Controle=GC), pareadas por idade e gênero, e sem avaliação vocal prévia; todas as crianças eram pré-púberes, pelos Critérios de Tanner (MS, 2014). As crianças tiveram suas vozes gravadas e analisadas pelo programa VoxMetria 5.1, no período de 2014 a 2015. A análise perceptivo-auditiva avaliou o grau geral da qualidade vocal e foi realizada utilizando-se a escala analógico-visual (EAV) de 100 pontos, transformada em escala numérica de 4 pontos (0- ausência de desvio e 4- desvio intenso). A avaliação acústica constou da análise da distribuição da amostra vocal no Diagrama de Desvio Fonatório (DDF). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, sob o número 122.746. Resultados Na análise perceptivo-auditiva, a maioria das crianças de ambos os grupos foi avaliada como apresentando vozes sem desvio, grau 0 na escala numérica. Na análise acústica, não houve diferença entre os grupos na distribuição das amostras no DDF, com a maioria das amostras na área de normalidade, no primeiro quadrante, com distribuição de densidade ampliada e forma vertical. Conclusão Crianças infectadas pelo HIV apresentaram vozes semelhantes às de crianças sem a doença, tanto do ponto de vista auditivo quanto acústico.
IntroductionAmong children, the main postnatal HIV category of exposure is breastfeeding. When acute maternal infection occurs during lactation, the high maternal viral rate results in a higher risk of infant infection. There are few researches showing the impact of HIV infection on children of previously seronegative mothers, who acquire the HIV virus during breastfeeding. To elucidate the importance of this category of exposure, this study aims to evaluate HIV infection in infants assisted by a Paediatric Infectology Service in Brazil, emphasising the cases where vertical transmission occurred lately through breastfeeding.MethodsTransversal, analytical and descriptive study, with quantitative and qualitative approach analysing HIV infected patients from 0 to 16 years old. Data was collected during 2016, from charts of children assisted between 2010 and 2015. After previous selection, breastfed children of mothers who had negative HIV testing during pregnancy and/or at birth, had charts analysed in detail. ResultsFrom a total of 122 cases, 95% were mother-to-child-transmissions. Between these cases, 11 were considered possible/confirmed late postnatal transmission through breastfeeding. This group characterisation showed that at diagnosis, 72,7% presented significant and/or recurrent symptoms of HIV infection. In 45,4%, mother and children were diagnosed at the same time and 72,7% of mothers were sexually infected.ConclusionThere was a significant prevalence of late postnatal transmission through breastfeeding in our sample. Differently from resource limited settings, most countries avoid breastfeeding by HIV infected mothers. Considering cases where women were infected only during lactation, our study highlights a gap in prevention of vertical transmission of HIV. The severity of infant symptoms, the moment of diagnosis and mother’s category of exposure confirm the importance of preventive measures and scientific improvement to reduce postnatal HIV transmission.
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