O "protagonismo juvenil" tem tido ampla repercussão na área educacional, principalmente a partir da implementação da reforma curricular do ensino médio, cujas diretrizes adotam esse conceito como um dos pilares das inovações sugeridas. No entanto, o tema é sujeito a diferentes interpretações. Com a preocupação de maior precisão conceitual, este artigo recorre às definições de diversos autores como contraponto para a análise do protagonismo tal como proposto pelo documento oficial da reforma.
RESUMO: Partindo da premissa de que a escola média é um campo estratégico de luta onde as camadas populares têm construído seu direito à educação, o texto revisita a história dessa etapa de ensino e discute como foi tecida sua trajetória de avanços e recuos. O artigo detém-se nas políticas dos anos de 1990 e analisa algumas de suas diversas faces, trazendo, ainda, dados de três pesquisas que focalizaram a implementação da reforma. Com respeito à atuação do Governo Lula na área, o texto focaliza as principais inovações introduzidas e aponta algumas das contradições do processo, inclusive aquelas que agora tornam mais nítida a distância entre os diferentes grupos que se opuseram às políticas do governo anterior.Palavras-chave: Ensino médio. Reforma do ensino médio. Políticas para o ensino médio. NEW FOUNDATIONS FOR HIGH SCHOOL? A FEW PAST EXAMPLES AND CURRENT DEVELOPMENTS OF THE POLICIES OF THE 1990S ABSTRACT:Assuming that high school is the strategic field on which the working classes have fought to build their right to education, this paper reviews the history of this phase and discusses the steps forward and backward that shaped this trajectory. It focuses on the policies of the 1990s and analyzes some their various aspects. It also brings forth data from three researches that explored the implementation of the reform. As for the action of the Lula's administration in this area, it highlights the main innovations introduced and points out some contradictions in this process, specially those that clearly reveal the gaps between the different groups opposed to the previous government's policies.
O artigo descreve algumas injunções sociais, econômicas e pedagógicas que, ao final dos anos de 1990, estavam exigindo uma reforma curricular do ensino médio. Faz um levantamento da repercussão, na academia, dos documentos do Conselho Nacional de Educação que veicularam a reforma de 1998. Discute os dados de três pesquisas que acompanharam ou fizeram uma avaliação inicial da interação entre a reforma e as escolas, apontando indícios quanto à falta de condições mínimas necessárias para a consecução dos objetivos oficialmente propostos. Finaliza questionando as atuais perspectivas para uma reforma do ensino médio que realmente favoreça o desenvolvimento integral da maioria dos alunos das escolas públicas.
O artigo resulta de pesquisa desenvolvida no Chile, entre novembro e dezembro de 2007. Traça um amplo painel do atual debate educacional chileno, estudando algumas características da mobilização estudantil de 2006 (conhecida como "a revolta dos pingüins") e seus desdobramentos legais, políticos e institucionais, de forma a trazer subsídios para a reflexão sobre a nossa própria realidade educacional. Os procedimentos incluíram levantamento de documentos oficiais, pesquisa bibliográfica e de material publicado na mídia, bem como entrevistas com agentes do atual processo de mudança política: líder do movimento estudantil, assessora do sindicato docente, especialista do Ministério da Educação, pesquisadores das políticas educacionais, vinculados a universidades e a outros organismos, e diretores de escolas. Os resultados indicam que o atual vigor do debate chileno, rigorosamente focado no questionamento do modelo educacional vigente - considerado por muitos analistas como altamente mercantilizado e segmentado - tem características de vanguarda e de fina sintonia política com a realidade social e educacional do país, o que pode acabar por impor evidências, vencer ou convencer os resistentes, passando a orientar políticas de diminuição das desigualdades.
RESUMOEste artigo aborda a construção do protagonismo juvenil no âmbito da reforma do ensino médio, discutindo resultados parciais de pesquisa mais ampla, os quais focalizaram cinco escolas em dois estados brasileiros. O objetivo geral da investigação foi verificar como as escolas interagiam com as diretrizes oficiais que propõem a participação efetiva de alunos e dos pais na dinâmica escolar e quais são as mediações que articulam os microprocessos institucionais às orientações políticas e sociais mais abrangentes. Este texto, no entanto, analisa apenas o espaço que o pretendido desenvolvimento do protagonismo juvenil ocupa na trama da micropolítica escolar e, para isso, vale-se de conceitos de Stephen J. Ball como tentativa de "ler" a intrincada rede de relações intramuros que ressignifica as prescrições de órgãos centrais. ENSINO MÉDIO -REFORMA DO ENSINO -JUVENTUDE -POLÍTICAS PÚBLICAS ABSTRACT SCHOOL MICROPOLICY AND YOUTH PROTAGONISM DEVELOPMENT STRATEGIES. This article addresses the issue of the building of youth protagonism within the scope of the secondary school reform. Partial results of a broader research, focusing five schools in two
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