Objetivo: Este estudo tem como objetivo contextualizar a Ciência Aberta, propondo uma versão brasileira da taxonomia desenvolvida originalmente pelo grupo Facilitate Open Science Training for European Research (Foster), presente no projeto Open Science do Programa Comunitário de Investigação e Inovação, intitulado Horizon 2020. Método: Adotou-se a pesquisa do tipo bibliográfica, documental, descritiva de abordagem dedutiva, com procedimentos do método Delphi. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica com o intuito de recuperar documentos que pudessem dar aporte para conceituação do termo Ciência Aberta, em uma base de documentos adicionados no gerenciador de referências Mendeley. Foram recuperados 158 registros e optou-se por apresentar o conceito mencionado em 13 deles, considerando-se os melhores ranqueados e a quantidade de usuários que os adicionaram em suas bibliotecas Mendeley ou observado o contexto da publicação e deste estudo. A segunda etapa da pesquisa envolveu a tradução e ampliação da taxonomia utilizando o método Delphi, reunindo 13 pesquisadores especialistas na temática sobre Ciência Aberta em geral ou em algumas de suas facetas, os quais cooperaram na proposta de inclusão de novos termos da taxonomia, bem como a validação e sugestões de novos recursos e conceitos na tradução livre realizada inicialmente. Resultado: Para a primeira etapa, o resultado das definições apresenta aspectos do ecossistema da Ciência Aberta envolvendo particularidades filosóficas, científicas, sociais, tecnológicas, políticas e econômicas. O segundo resultado desta pesquisa apresenta a proposta de incorporação de novos termos, compondo uma taxonomia com 11 facetas e 82 rótulos na taxonomia. Conclusões: Vivencia-se um momento transitório de transformação na comunicação científica, envolvendo o surgimento de novos movimentos relacionados à ciência e ao fortalecimento de uma infraestrutura que transpassa a tecnologia utilizada, o que, certamente, pode ser notada na proposta de taxonomia construída em colaboração de pesquisadores e especialista que atuam com a Ciência Aberta ou alguma de suas facetas.
Este artigo apresenta parte dos resultados de pesquisa de dissertação, que teve como ponto central a Biblioteca Pública - BP como temática dos estudos realizados no âmbito de mestrado e doutorado em Ciência da Informação - CI. O interesse pelo estudo surgiu a partir da necessidade de se verificar como as universidades têm colaborado para a discussão desse tema, nas suas agendas de pesquisa. Propôs-se investigar a inserção e a frequência com que a BP foi abordada nesses estudos; quais as características dessa produção e qual foi o enfoque dado sobre a temática. Sendo assim, teve como objetivo analisar a produção científica sobre BP nos Programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação – PPGCI no Brasil, abrangendo o período de 1970 a 2015. A pesquisa foi descritiva, com uma abordagem quantitativa e qualitativa. Foram aplicados procedimentos de análise de conteúdo. Identificou-se 88 teses e dissertações defendidas em 13 PPGCI que versaram sobre BP. Os resultados mostram que os estudos concentraram-se, principalmente, em seis categorias temáticas: funções; análise de serviços; histórico e problemas; planejamento e políticas públicas de informação e cultura; cultura/mediação e usuário/uso da biblioteca. Esses temas somam-se 65 pesquisas, representando 74% do total. As demais categorias: biblioteca comunitária; Biblioteca Pública e educação; desenvolvimento de coleções; profissional bibliotecário; divulgação e miscelânea totalizaram 23 pesquisas (26%). A pesquisa demonstrou que a temática BP tem tido uma abordagem frequente, ainda que em pequeno volume, e de forma descontínua.
A produção científica de uma área de conhecimento ou sobre uma temática específica é condição sine qua non para fortalecer e ampliar os resultados das pesquisas desenvolvidas. Da mesma forma que produzir é importante, também é preciso adotar estratégias para medir essa produção, considerando diferentes aspectos e variáveis, incumbência essa atribuída ao campo da Ciência da Informação, por meio de técnicas bibliométricas. Mesmo que os estudos bibliométricos sejam importantes, muitas temáticas recentes carecem de estudos que quantifiquem os aspectos inerentes à produção científica da temática, como acontece com a Educação a Distância. Portanto, questiona-se com que frequência esse tema tem sido abordado na literatura nacional, na área da educação, no decorrer dos tempos. Este estudo objetiva apresentar uma análise quantitativa da produção científica em Educação a Distância no Brasil, publicada em artigos científicos nos periódicos nacionais da área de Educação. Para tanto, apresenta os fundamentos teóricos e conceituais da Ciência da Informação e suas relações com a Bibliometria e alguns fundamentos históricos da Educação a Distância; identifica os periódicos classificados nos estratos A1, A2 e B1; e, por fim, analisa a distribuição das publicações, considerando a evolução temporal dos artigos, a frequência de artigos por número de revista e o número de artigos, considerando o Qualis Periódicos. Metodologicamente, a pesquisa se caracteriza como descritiva, com procedimentos de pesquisa bibliográfica e documental e utiliza técnicas bibliométricas. Os resultados indicaram uma amostra de 206 artigos, distribuídos entre 95 periódicos. Percebeu-se uma tendência de crescimento da produção científica sobre Educação a Distância, com acentuada elevação no período de 2006 a 2011. Esse crescimento está relacionado à criação das políticas públicas e planos governamentais em prol dessa modalidade de educação no Brasil. Portanto, concluiu-se que os fatos históricos e os investimentos relativos à Educação a Distância são fatores que interferiram na produção científica sobre esse tema na área da Educação.
ResumoO artigo busca entender a formação de unidades discursivas da análise documentária, no âmbito do Grupo Temma da ECA (Escola de Comunicação e Artes), da USP (Universidade de São Paulo), a partir da confluência teórico-metodológica entre a bibliometria e a arqueologia do saber de Michel Foucault. Tem como objeto de análise empírica a coletânea "Análise Documentária: a análise da síntese," publicada em 1987 por este grupo. A pesquisa empírica foi realizada a partir de uma fase exploratória e outra focalizada. Define como categoria de análise as unidades paratextuais e textuais. Apresenta indícios e evidências que facultam várias considerações sobre as formações de unidades do discurso da análise documentária no Brasil. Palavras-chaveAnálise Documentária. Arqueologia do saber. Bibliometria. The documentary analysis in the group INTRODUÇÃOA ciência da informação, com seu projeto interdisciplinar, tem possibilitado o desenvolvimento de estudos e pesquisas fundamentados em abordagens teórico-metodológicas convergentes, notadamente aquelas que potencializam o entendimento e a possível resolução de problemas relacionados ao tão propalado caos documental. Essa área de estudo compreende, entre outras temáticas, a produção e a comunicação científica, que necessitam de todo o processo de tratamento e organização da informação materializada nos diversos suportes.Nesse campo, a análise documentária se apresenta como uma das principais subáreas da ciência da informação que precisa dessas abordagens, uma vez que se dedica à complexidade do estudo dessa materialização da produção científica, a fim de analisar e descrever os conteúdos dos diversos tipos de documentos e, a partir desses processos, construir representações que se constituam em pontos de acesso -a saber, índices e resumos para posterior recuperação desses conteúdos (LARA, 2001). Esse projeto envolve uma série de esforços com direcionamentos a interlocuções entre diversas áreas, tais como a lingüística, a lógica, a inteligência artificial e a comunicação.Pautados nesse entendimento, pesquisadores da ECA (Escola de Comunicação e Artes) da USP (Universidade de São Paulo) fundaram, no ano de 1986, o Grupo Temma, então constituído pelos seguintes professores: Anna
Este estudo tem como objetivo geral identificar e refletir sobre as ações das universidades estaduais paulistas - Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - quanto à divulgação da pesquisa científica e à produção de novos conhecimentos por meio de estratégias voltadas para a Ciência Aberta. Como objetivos específicos, pretende-se apontar políticas públicas adotadas nas universidades estaduais paulistas e identificar como essas instituições definem suas diretrizes relacionadas às novas formas de compartilhamento de dados e de informação. Como procedimentos de coletas de dados, são empregados a pesquisa bibliográfica e o levantamento documental. Além disso, endereçamos aos gestores das três universidades aqui trabalhadas, via Serviço de Informações ao Cidadão (SIC), uma solicitação de compartilhamento de informações sobre as iniciativas e as estratégias de Ciência Aberta desenvolvidas por essas instituições. Para a análise, categorizamos e classificamos os dados levantados por meio das cinco correntes de pensamento que representam perspectivas reconhecidas pelos autores Fecher e Friesike (2013). Os dados foram tratados em planilha Excel e interpretados com o auxílio do conjunto de ferramentas nas nuvens de business intelligence Power BI. Concluiu-se que as universidades investigadas apresentam grande foco na pesquisa e, portanto, estão seriamente envolvidas em diversos movimentos voltados para a Ciência Aberta.
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