A filosofia da diferença vem propiciando discussões que têm contribuído no campo das teorizações do ensino e do currículo. Dessa maneira identificamos a necessidade da realização desta pesquisa no sentido de se ter uma visão geral do que vem sendo produzido, discutido e tensionado sobre a perspectiva desse pensamento no que diz respeito ao currículo no ensino de ciências. O caminho metodológico estabeleceu-se a partir da Cartografia, analisando os trabalhos já produzidos. Escolhemos o Banco Digital do Google Acadêmico (Google Scholar), tendo como descritores: Filosofia da Diferença, Currículo; Ensino de Ciências; Deleuze e Guattari, entre os anos de 2009 a 2020. Foram encontrados (74/14) trabalhos. Identificamos com preocupação o reduzido número de trabalhos que abordam esse tema.
Esta pesquisa qualitativa faz uso da cartografia, aqui entendida enquanto diferente léxico deleuziano e guattariano, operada como possibilidade metodológica, investigativa e intervencionista desenvolvida como um plano de pensamento para operacionalizar as investigações realizadas em anais de evento de todas as edições do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), tendo como descritores a palavra Autismo ou TEA (Transtorno do Espectro Autista). A temática de pesquisa foi definida pela necessidade de incorporar, no Ensino de Ciências, reflexões e possibilidades de diferentes metodologias que contemplem a premissa da inclusão, nos seus diferentes âmbitos. Como as estatísticas apontam um número significativo de crianças com TEA no Brasil, este foi o foco delimitado neste artigo. O mapeamento realizado apontou somente três trabalhos que, apesar de contemplarem metodologias e conteúdos distintos de Ciências, se aproximam pelo uso de recursos visuais e interativos. Dessa maneira, identificamos com preocupação o reduzido número de trabalhos que abordam esse tema e apontamos a urgência de novas pesquisas na área, justamente num momento histórico de alteração na legislação pertinente a Educação Inclusiva.
Há mais de três décadas, somos testemunhas da contaminação da perspectiva da Filosofia da Diferença, encabeçada por Deleuze & Guattari, assim como a dos pensadores reconhecidos como os malditos nas pesquisas do campo da psicanálise, da antropologia, dos estudos de gênero, da educação e do campo curricular. Nesse sentido, o movimento desta escrita acontece frente à necessidade de se registrar essa memória formativa, assim como suas rizomáticas linhas de conexão, pois entende-se que ainda se estabelecem no cosmos em um estado espectral. Ao fazer esse movimento, optamos pela metodologia do arquivo, tal qual estabelecida por Derrida (2001), no sentido de problematizar as múltiplas possibilidades de se conhecer tais encontros.
A Educação Ambiental é atividade integradora e interdisciplinar, de valores voltados à construção de novas posições éticas e sociais. No contexto atual, sua discussão e mediação ficam sob responsabilidade da escola e de seus agentes, como consta na Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n° 9.795/99). A análise documental pretendeu verificar os conteúdos de Educação Ambiental nos Livros Didáticos de Química do 1º, 2 º e 3º anos, que são utilizados no Ensino Médio Integrado do curso Técnico em Química no Instituto Federal Farroupilha, campus Panambi (IFFAR). Com a análise e a identificação dos excertos, discutimos as possíveis relações com a Educação Ambiental para a formação cidadã, como forma de contribuição para a ampliação das discussões dessa temática. A partir do desenvolvimento desta pesquisa foi possível perceber a importância de se trabalhar a Educação Ambiental de maneira transversal, entendendo que a formação cidadã precisa perpassar todas as disciplinas, que ela não pode ser trabalhada unicamente pelas aulas de Química e Biologia, mas precisa ser discutida em todas as matérias.
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