ResumoAo discutir os relatos de professoras e observar suas ações frente às meninas e aos meninos, este artigo trata das relações de gênero e poder presentes nos processos de socialização de crianças pequenas e analisa as estratégias voltadas para a normalização e o controle das expressões corporais de meninas e meninos. Ao buscar compreender como ocorria a educação de meninos e meninas que transgrediam as fronteiras do que lhes era imposto, verificamos como as características aparentemente naturalizadas e direcionadas à masculinidade e à feminilidade são resultantes de muitos esforços para deixar marcas distintas no corpo, no comportamento e nas habilidades dessas crianças. Palavras
À minha orientadora, Profa Dra. Cláudia Pereira Vianna, pelas orientações, pela dedicação e carinho ao longo da formulação deste trabalho. Agradeço as palavras de incentivo diante dos momentos de dificuldades. Foi muito bom compartilhar esses anos de aprendizagem e amizade! Aos membros da banca examinadora, por terem aceitado o convite de participar da discussão desta a pesquisa. À todos da Emei, meninas e menino e às professoras que aceitaram participar desta pesquisa e aos meninos e meninas que compartilharam comigo suas infâncias.
RESUMO: Este artigo apresenta uma pesquisa, realizada em uma instituição de Educação Infantil da rede municipal de São Paulo, que buscou investigar as concepções das crianças relacionadas à família. O trabalho reflete sobre as transformações na unidade doméstica decorrentes, principalmente, do empoderamento feminino que tem sido apontado como um dos propulsores da despratriarcalização familiar decorrente da falência do modelo tradicional conjugal que tem dado lugar a novas formas de configuração familiar. Problematiza também as violências e subordinação de gênero que marcam as relações na família e na sociedade, entre homens e mulheres, nas quais as crianças estão participando e vivenciando. A partir dos estudos de gênero e feministas, discute as formas estratégias de manutenção do sistema patriarcal em nossa sociedade, as formas colonizadoras de se conceber família, a partir de uma perspectiva patriarcal que desconsidera as novas configurações familiares. Tem como base o referencial teórico metodológico da Sociologia da Infância, que considera a criança como protagonista da pesquisa utilizando-se da etnografia com as crianças para revelar suas formas de reflexão. Busca contribuir trazendo reflexões acerca das relações que marcam as desigualdades sociais desde a pequena infância, propondo a desconstrução de postulados coloniais produtores de imagens distorcidas e cristalizadas das famílias. Palavras-chave: Famílias. Relações de gênero. Sociologia da InfânciaGender relations and family depatrialization processes from the perspective of children ABSTRACT: This article presents a research carried out in an institution of Early Childhood Education of the municipal network of São Paulo, which sought to investigate the conceptions of children related to the family. The work reflects on the transformations in the domestic unit, mainly due to the female empowerment that has been pointed out as one of the propellers of the family depratriarchalization due to the bankruptcy of the traditional conjugal model that has given rise to new forms of family configuration. It also problematizes the gender-based violence and subordination that marks relationships in the family and in society, between men and women, in which children are participating and experiencing. From the studies of gender and feminists, it discusses the strategies of maintaining the patriarchal system in our society, the colonizing ways of conceiving the family, from a patriarchal perspective that ignores the new family configurations. It is based on the theoretical methodological reference of Sociology of Childhood, which considers the child as the protagonist of the research using ethnography with children to reveal their forms of reflection. It seeks to contribute by bringing reflections about the relations that mark the social inequalities from the small childhood, proposing the deconstruction of colonial postulates producing distorted and crystallized images of the families.
En el presente artículo propongo un debate sobre las políticas de igualdad y el contexto de la formación docente para actuar en la educación infantil, analizando cómo el género está presente en las políticas públicas y en la formación de docentes que actúan en la primera etapa de la educación básica brasileña, en las guarderías y en los jardines de infancia. Un enfoque sobre el campo de la educación infantil y género apunta a los desafíos de la aplicación práctica de los principios de igualdad de género y ciudadanía que aseguren el reconocimiento de nuevos valores relacionados con la masculinidad y la feminidad, señalados por las políticas públicas nacionales e internacionales.
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