O objetivo deste artigo foi efetuar uma revisão integrativa de literatura sobre as estratégias de enfrentamento do racismo na escola. Foi realizada uma busca nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), PePSIC (Periódicos Acadêmicos em Psicologia) e Periódicos CAPES, utilizando os descritores “racismo”, “preconceito racial”, “escola”, “educação”, “combate” e “enfrentamento”. O banco final foi constituído por 20 documentos e os temas mais frequentes nos artigos foram: Lei 10.639/03 e formação docente. Foi constatada pouca produção acerca de temas relacionados a questões raciais e educação infantil. Com relação ao enfrentamento, a maioria dos artigos enfatizavam a importância da formação docente e a Lei 10.639/03 como estratégias para o combate do racismo na escola. Foi verificado que os estudos sobre essa temática precisam se expandir, pois as discussões são importantes para aprofundar o tema e o compartilhamento dos recursos utilizados podem contribuir para o enfrentamento do racismo na escola.
O espaço escolar, apesar da aparente neutralidade e imparcialidade de que se reveste, segue como instrumento de normalização e disciplinamento com padrões rígidos para os gêneros. Mas também pode ser um espaço privilegiado de transformação social pela sua potencialidade para desconstrução das desigualdades. Em virtude disso, a temática de gênero, sexualidade e relações étnico raciais foi incluída em nossas atividades com estudantes. Nos encontros semanais, online, com as turmas de 6º ano do ensino fundamental, desenvolvemos diversas temáticas como organização de estudos, empatia, afetividade, respeito, diversidade, questões étnico-raciais, gênero, sexualidade e projeto de vida, utilizando recursos tecnológicos de interação e ferramentas da internet. Em 2019, foi criado o Clube de Leitura “Marielle Franco” com a finalidade de tornar a escola um espaço de respeito às diferenças, através de discussões sobre a diversidade, raça, gênero e sexualidades. Foi possível perceber potencialidades nos encontros realizados com estudantes dos 6ºs anos, nas leituras realizadas, debates críticos, nas experiências de opressão compartilhadas e nas parcerias estabelecidas, bem como nas atividades do clube de leitura. E mesmo sabendo que a educação sozinha não promoverá as mudanças tão necessárias para a criação de uma estrutura social igualitária, a defendemos como uma resistência aos modelos educacionais nos quais fomos construídos e que estão alicerçados num arcabouço da desigualdade, da homogeneização da diversidade.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.