Resumo: Este artigo analisa a participação da Argentina e do Brasil como países convidados de honra (em 2010 e 2013, respectivamente) na Feira do Livro de Frankfurt. Remetemos tais presenças à história recente da feira e ao seu papel na estrutura dos fluxos e circuitos de edição e tradução em nível mundial, estrutura esta regulada pelas relações desiguais entre distintos países e mercados linguísticos. Analisamos as negociações entre entidades do poder público e da política setorial que deram origem a tais participações; as ênfases temáticas escolhidas para compor os estandes; e as características socioprofissionais dos autores de cada delegação. A conclusão é que tais casos permitem observar relações específicas entre intelectuais e Estado em cada contexto, na medida em que fazem emergir não apenas as tensões entre cultura e economia, mas também os modos específicos como cada país "traduz" questões locais para um âmbito de trocas simbó-licas transnacionais.Palavras-chave: mercado editorial, tradução, Feira do Livro de Frankfurt, Brasil, Argentina.
IntroduçãoA Feira do Livro de Frankfurt é o maior e mais importante evento do mercado editorial em nível mundial. Anualmente, milhares de editores, autores, agentes literários e executivos desse setor se dirigem a este influente centro financeiro europeu, em busca de oportunidades na compra e venda de direitos de tradução. As atividades, reuniões e leilões realizados aí definem boa parte das ofertas de publicação em todo o mundo. Em 2013, a feira reuniu 7.275 expositores de 102 países, e atraiu 170 mil visitantes profissionais, que compareceram aos seus cerca de três mil eventos.Gustavo Sorá, ao referir-se às feiras e exposições como os lugares mais "primitivos" dos mercados, destaca que desde "a alta Idade Média" as feiras têm regulado os intercâm-bios de produtos entre lugares distantes e articulado a construção sócio-histórica dos mercados a par da diferenciação de unidades políticas estatais (Sorá, 2003: 210).
Este artículo realiza un abordaje sociológico del mercado de traducciones de libros, poniendo el foco en la escena actual de la extraducción de libros en Argentina. Tomando en cuenta las traducciones subsidiadas por el Programa Sur (programa de subsidio a las traducciones surgido en el año 2010 desde el Ministerio de Relaciones Exteriores), nos proponemos analizar las relaciones existentes entre mercado, industria editorial y desarrollo de políticas culturales. En primer término presentaremos las características del Programa Sur, desde su surgimiento. Luego indagaremos, a partir del análisis de las obras y autores traducidos en 2012, la relación que existe entre las obras subsidiadas para traducción y la estructura del campo editorial en su conjunto. Finalmente vincularemos este análisis con las relaciones entre el campo editorial, Estado y mercado, en el terreno de la planificación de las políticas culturales y la democratización de la cultura, a partir de la reflexión en cómo inciden las traducciones sobre la base de un mercado editorial concentrado.
Resumen El artículo se propone analizar las trayectorias de mujeres editoras en el espacio editorial argentino contemporáneo. El objetivo es describir y analizar sus comienzos y recorridos por el campo editorial; sus vínculos con espacios colectivos de actuación e intervención profesional/laboral/política; y sus miradas acerca de cómo se autoadscriben como editoras y se identifican con problemáticas vinculadas a género(s) y feminismos a través de su labor editorial. El análisis contribuye tanto a reconstruir la historia de la edición en Argentina, como a los estudios en género(s) y feminismos en cuanto posibilidad de continuar recuperando y problematizando el lugar asignado a las mujeres en diferentes campos de los social. La metodología es cualitativa, de carácter socioantropológico, combina el uso de técnicas de observación, entrevistas; y el relevamiento y cartografía de distintos ámbitos desarrollan su trabajo actualmente.
Resumo A reflexão proposta neste artigo incide sobre a questão das redes da literatura em portunhol e outras línguas, nas obras Triple frontera dreams (2012) do escritor brasileiro Douglas Diegues, Xirú (2010) do paraguaio Damián Cabrera e Viralata (2015) do uruguaio Fabián Severo. Ao pensar como alguns escritores latino-americanos compartilham a experiência do espaço de fronteira, o portunhol e as línguas de fronteira como expressão literária, a publicação de suas obras nas duas primeiras décadas do século XXI e a edição independente delas, além da sua atuação nas redes sociais, a análise pretende abordar quais mecanismos tais autores acionam para criar suas narrativas como um lugar de fala, sem configurar um discurso da imanência nem da transcendência, mas buscando modos de articulação da singularidade que se caracterizem pela noção de “comunidade de existência”. A fronteira se caracteriza pela relação, seja de libertação ou de dominação, é um espaço praticado e assinalado pela pluralidade, que se manifesta como tensão social da convivência em Damián Cabrera, como melancolia de um sentido ausente, convertido em palavras e memórias inventadas em Fabián Severo, ou como gozo do presente pelo delírio em Douglas Diegues. Uma comunidade de existência que se manifesta na expressão desses escritores de fronteira, formando-se pelo contato e pela articulação de suas redes literárias.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.