RESUMO Objetivo: Analisar a dinâmica temporal e espacial e os fatores associados à mortalidade por suicídio entre idosos (≥60 anos de idade) no Nordeste do Brasil. Métodos: Estudo ecológico que analisou os óbitos por suicídio ocorridos entre idosos na região Nordeste do Brasil, no período de 2010 a 2019. Foram realizadas análise temporal por Joinpoint , análise espacial segundo município de residência e análise multivariada pelo modelo Ordinary Least Squares Estimation , considerando-se p < 0,05. Resultados: No período analisado, foi observado crescimento significativo de 3,0% (IC95%: 1,1-4,9; p < 0,001) ao ano na mortalidade por suicídio. Espacialmente, as taxas mais elevadas foram observadas prioritariamente em municípios do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Foram identificados quatro clusters de suicídio estatisticamente significativos (p < 0,001). O cluster primário (2010-2019) abrangeu 141 municípios do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, que apresentaram risco 2,3 vezes maior de ocorrência de suicídio quando comparados aos demais municípios da região. Os indicadores índice de Gini (β = 14,02; p = 0,01), taxa de analfabetismo (β = 0,20; p < 0,001) e taxa de envelhecimento (β = 0,36; p = 0,02) apresentaram associação positiva com o suicídio entre idosos, enquanto razão de dependência (β = -0,31; p < 0,001) e taxa de desocupação (β = -0,25; p < 0,001) apresentaram associação negativa. Conclusão: Houve aumento significativo do suicídio entre idosos na região Nordeste, com maior concentração em quatro clusters espaciais localizados prioritariamente no Ceará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte. A associação com indicadores socioeconômicos reforça aspectos de vulnerabilidade dos idosos a esse tipo de agravo e auxilia na formulação de propostas de intervenções que promovam a sua redução.
RESUMO Objetivo: Analisar o padrão espaço-temporal e os fatores relacionados à mortalidade infantil no Nordeste brasileiro de 2008 a 2018. Método: Estudo ecológico desenvolvido com óbitos infantis ocorridos no Nordeste e notificados no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Utilizou-se os modelos de regressão não espacial e espacial para identificar indicadores relacionados à mortalidade infantil. Resultados: A taxa de mortalidade apresentou tendência decrescente de 2,1% ao ano (IC95%:-2,7 - -1,6; p<0,001), com maiores coeficientes bayesianos concentrados em municípios do interior do Piauí. As variáveis relacionadas a mortalidade infantil foram: Índice de Gini (β=6,56; p=0,01), Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (β=-22,21; p<0,001), razão de dependência (β=0,16; p<0,001), percentual de pessoas em domicílios sem energia elétrica (β=-0.12; p<0,001) e percentual de mulheres de dez a dezessete anos que tiveram filhos (β=0,19; p=0,01). Conclusão: Observou-se diminuição da mortalidade infantil no período estudado e altas taxas bayesianas no interior piauiense.
Objective: To analyze the spatiotemporal pattern and factors related to infant mortality in Northeastern Brazil from 2008 to 2018. Method: Ecological study developed with infant deaths that occurred in the Northeast and reported in the Mortality Information System. Non-spatial and spatial regression models were used to identify indicators related to infant mortality. Results: The mortality rate showed a decreasing trend of 2.1% per year (95% CI: -2.7 - -1.6; p<0.001), with higher Bayesian coefficients concentrated in in municipalities in the interior of Piauí. The variables related to infant mortality were: Gini Index (β = 6.56; p=0.01), Municipal Human Development Index (β = -22.21; p 0.001), dependency ratio (β = 0.16; p <0.001), percentage of people in households without electricity (β = -0.12; p<0.001) and percentage of women aged 10 to 17 who had children (β=0.19; p=0.01). Conclusion: There was a decrease in infant mortality during the studied period and high Bayesian rates in the interior of Piauí.
Objetivo: Identificar os fatores individuais associados à mortalidade infantil no Nordeste brasileiro. Métodos: Estudo ecológico que utilizou dados dos Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM) e sobre Nascidos Vivos (SINASC). Realizou-se análises bivariadas por meio dos testes de independência Qui-quadrado e Razão de Chances (RC). Resultados: Houve associação estatisticamente significativa (p<0,001) entre a idade da mãe e o peso ao nascer e a duração da gestação, bem como entre a causa do óbito e a cor da pele da criança. Quando a mãe possui 12 anos ou mais de estudo há 2,34 (p<0,001) vezes mais chances do filho morrer quando nascido via parto cesáreo. Os óbitos causados por afecções do período perinatal foram mais frequentes entre crianças pardas (n=54.843;63,3%), enquanto as malformações congênitas predominaram entre crianças brancas (n=5.713;22,6%). Conclusão: Fatores individuais como a escolaridade materna e a cor da pele da criança são determinantes para a mortalidade infantil no Nordeste.
Objetivo: Analisar a cobertura vacinal da influenza na Região da Planície Litorânea do Estado do Piauí no período de 2015-2020. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI) e se referem a cobertura vacinal da influenza na Região da Planície Litorânea, localizada no Estado do Piauí. Optou-se por incluir no trabalho quatro grupos prioritários: crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, pessoas acima de 60 anos e trabalhadores da saúde. Os dados coletados foram tabulados e analisados no software Microsoft Office Excel. Os resultados da análise descritiva foram apresentados através de tabelas e gráficos. Resultados: Verificou-se que muitos municípios não conseguiram cumprir a meta de cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde. Os grupos de crianças e de gestantes obtiveram os menores percentuais de vacinação. Os idosos e os trabalhadores da saúde, mesmo não atingindo a meta em todos os anos, conseguiram os melhores percentuais de vacinação. Conclusão: Foi possível verificar oscilações das médias da cobertura vacinal nos públicos analisados, sendo que a maioria dessas médias estiveram abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde para cobertura vacinal da Influenza. Diante disso, ressalta-se a importância da avaliação da cobertura vacinal de forma individual para conhecer a realidade local de cada município, e dessa forma, planejar ações diferenciadas considerando as necessidades de cada região.
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