Objetivo: Em momentos de transição, como mudanças inesperadas ou eventos estressantes, os sujeitos tendem a buscar bases informacionais que diminuam seu estado de incerteza e contribuam com a tomada de decisão informada. Uma das formas de transpor as dificuldades impostas por um novo ambiente informacional complexo é o desenvolvimento da resiliência informacional, construída a partir das práticas de letramento dos sujeitos. Esse trabalho, então, tem como objetivo compreender o processo de busca por informações no ambiente digital e sua relação com a resiliência informacional, no contexto do surto de microcefalia vivenciado no Brasil em 2015. Método: Pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa. Realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com sete mulheres – com filhos diagnosticados com microcefalia causada por Zika vírus – residentes na região Nordeste do Brasil. Dados analisados com base na análise temática de conteúdo. Resultado: O acesso à informação no ambiente digital não foi homogêneo, algumas mulheres preferiram priorizar asinformações advindas dos profissionais de saúde. Àquelas que permaneceram acessando o ambiente digital,experimentaram tanto experiências positivas quanto negativas relacionadas à informação. A desinformação se apresentou como a principal barreira de acesso à informação no ambiente digital. Conclusões: As limitações quanto à busca informacional no ambiente digital foram enfrentadas a partir da articulação entre as fontes digitais situacionais e as não digitais. Os espaços de saúde e seus profissionais agiram como curadores das informações encontradas no ambiente digital, oferecendo confiança e credibilidade. Além disso, a colaboração entre as mulheres proporcionou o aprendizado mútuo que favoreceu o processo de resiliência informacional.
A informação, compreendidada como uma construção social, é permeada por intencionalidades e relações de poder, o que acaba por desconstruir a ideia de neutralidade ou imparcialidade que lhe é atribuída. Surge, então, a inquietação de investigar a dinâmica informacional que transpassa as relações étnico-raciais, no sentido de entender seu papel na emancipação e/ou colonização desses(as) sujeitos(as), em especial os(as) negros(as). O objetivo foi refletir se/como a informação e a desinformação – entendidas aqui como nuances do mesmo fenômeno – estariam contribuindo para que a representação dos(as) negro(as) em nossa sociedade esteja sendo estereotipada e enganosa, e se apenas isso seria suficiente para alimentar o racismo e a condição de subalternidade que é imposta a eles(as). Procurou-se apontar, também, as contribuições que o campo informacional tem dado à luta desses(as) sujeitos(as). As considerações desta pesquisa são desenvolvidas a partir de uma abordagem bibliográfica sobre os temas: informação, desinformação, colonialidade e descolonização, racismo cotidiano e informação étnico-racial. Conclui-se que, apesar da informação e da desinformação serem ferramentas fundamentais para a manutenção das desigualdades e das opressões, apenas seu uso não pode ser responsabilizado pelo racismo, porém, são utilizadas para perpetuá-lo. De maneira oposta, a produção de conteúdo que vai de encontro as informações normativas é uma forma de desconconstruir as narrativas estruturais e estruturantes da colonialidade.
Objetivo: Descrever o Arquivo do Instituto Federal da Paraíba - campus João Pessoa relatando facilidades e dificuldades enfrentadas pelos(as) profissionais arquivistas e técnicos(as) em arquivo que atuam neste ambiente. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizada mediante estudo de caso. Sua natureza é qualitativa e os dados foram coletados a partir de observação in loco e entrevista semiestruturada. Os resultados são apresentados em forma de relato de pesquisa. Resultados: Apresenta dificuldades em encontrar o arquivo da instituição; deficiência no seu quadro pessoal pelas ausências de contratos de estágios; possui fluxo contínuo e apresenta necessidades quanto a melhoria de serviços específicos. Conclusões: o arquivo descrito é o reflexo das atividades do Instituto Federal da Paraíba – campus João Pessoa (administrativas e acadêmicas), ainda determina papel histórico ao preservar documentos específicos e necessários para os pilares ensino, pesquisa e extensão. Deve ser realizada a contratação de profissionais para dinamizar a gestão documental.
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