Sumário: 1. Introdução; 2. Resenha da literatura; 3. Breves considerações sobre a transmissão ; 4. Estratégia econométrica: a escolha dos instrumentos; 5. Resultados; 6. Considerações finais; A. Base de dados e conceitos utilizados. Palavras-chave: Escolaridade; atraso educacional; defasagem idade-série. Códigos JEL: I21; J13; J18; J24.Analisamos o efeito da renda e da educação dos pais sobre a probabilidade de as crianças terem defasagem idade-série usando a PNAD 1996. Com a adoção de hipóteses sobre os vínculos existentes entre gerações, controlamos para a existência de fatores não observados que afetam a formação da renda dos pais e as decisões referentes à escolaridade das crianças (viés de simultaneidade) ou que são passados de uma geração à outra (viés de hereditariedade). Usamos três instrumentos: oferta educacional dos pais; fatores familiares entre as gerações de pais e avós; e a mudança educacional de 1971.
We study the impacts of family income and parental education on the probability of children's schooling delay using the 1996 PNAD. With the adoption of some hypotheses about the links between generations of children, parents and grandparents, we control for the existence of non observable factors that simultaneously affect the income formation of parents and decisions concerning children schooling (simultaneity bias) or that are transmitted from one generation to another (hereditary bias).We work with three instruments: number of schools by the time parents were children; family factor changes across generations (parents/grandparents); and the 1971 change of the educational system. * Este artigo é uma versão revista de uma parte da tese de doutorado de Machado (2005). Gostaríamos de agradecer Thierry Magnac e aos membros da banca, Sérgio Firpo, André Portela, Eduardo Rios Neto, André Urani e aos participantes de seminários/workshops no Departamento de Economia da PUC-Rio, no IPEA e no Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Econometria. Gostaríamos também de agradecer as sugestões e comentários de um parecerista anônimo. Os erros remanescentes são de inteira responsabilidade dos autores. †
Existem evidências na literatura internacional de que medidas de não satisfação no trabalho podem funcionar como boas preditoras para as saídas do mercado de trabalho. Desta forma, essas medidas seriam informativas para o entendimento das diferenças de mobilidade no mercado de trabalho entre homens e mulheres, complementando outros indicadores de trabalho comumente utilizados. Os trabalhadores insatisfeitos na ocupação são provavelmente os que mais contribuem para o aumento da rotatividade no mercado de trabalho, sendo mais vulneráveis ao desemprego, à inatividade ou à inserção de forma autônoma. Utilizaremos como proxy para a não satisfação no trabalho a variável que identifica se o indivíduo ocupado tomou alguma providência para conseguir trabalho. Nossos resultados mostram que a insatisfação no trabalho é um determinante importante da probabilidade de o trabalhador ficar inativo ou desempregado e de transitar para uma ocupação autônoma.
O objetivo do artigo é avaliar os fatores que influenciam a escolha do tipo de curso superior no Brasil. A partir dos dados dos Censos Demográficos de 2000 e 2010 e da Sinopse de Educação Superior de 2000, modelamos a escolha do curso por parte do indivíduo usando o modelo logit condicional. As variáveis que condicionam esta escolha são: características individuais e familiares; relação candidato-vaga; tempo de duração do curso; e incentivos econômicos das carreiras (média e variabilidade do rendimento e desemprego). Esta análise é feita para o total de indivíduos que estavam em idade de prestar vestibular no ano de 2000. Os resultados indicam que os rendimentos e a taxa de desemprego influenciam apenas os indivíduos do quartil mais elevado, enquanto a concorrência possui maior impacto sobre a escolha dos indivíduos do quartil inferior de distribuição.
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