O objetivo do trabalho foi avaliar a percepção dos estudantes de um Curso de Nutrição de uma Universidade Pública do Brasil ao Ensino Remoto Emergencial (ERE). Foi realizado um estudo transversal em dois momentos, no início e após implementação do ERE, considerando-se os alunos segundo sistema de acesso à Universidade, por meio de Ações Afirmativas (AA) ou Ampla Concorrência (AC). Inicialmente, participaram 351 ingressos, 159 por AA e 192 por AC, via Google Forms, com o intuito de compreender dificuldades e facilidades em relação à implementação do ERE. No segundo momento, foi aplicado um formulário eletrônico atitudinal do tipo Likert, contemplando aspectos pedagógicos e de ambiente de estudo. A comparação entre os escores dos estudantes ingressos por AA e AC foi realizada pelo teste t de Student. Os dados provenientes do formulário foram apresentados em medianas e intervalos-interquartis e as variáveis categóricas, expressas em frequências absolutas e relativas. A associação entre as variáveis categóricas foi verificada pelo teste qui-quadrado de independência. O nível de significância foi de 5%. Indivíduos AA apresentaram dificuldades significativas de acesso e do sinal de Internet, na aquisição de equipamentos e pior qualidade do ambiente de estudo no domicílio. Com o auxílio institucional, os estudantes julgaram que o ERE foi necessário e atendeu as exigências educacionais advindas da pandemia no primeiro semestre de implantação. A continuidade do ERE irá demandar, por parte das gestões das Unidades Acadêmicas, monitoramento dos aspectos acadêmicos e resolução das dificuldades junto às demais instâncias envolvidas com o ensino superior.
Este artigo tem como objetivo analisar os aspectos matemáticos do processo formativo do nutricionista e investigar os conhecimentos implícitos e explícitos nos textos das Diretrizes Curriculares Nacionais e do currículo do curso de graduação em nutrição de uma universidade federal brasileira. Assim, propõe-se responder à questão sobre quais são os contextos em que a matemática está presente e contribui para a formação dos nutricionistas mediante os documentos que regulamentam o curso. A pesquisa é qualitativa com respaldos numéricos, do tipo documental, com o emprego da técnica de análise de conteúdo, de Bardin. Foram identificadas cinco categorias: cálculos algébricos dietéticos e antropométricos; cidadania e criticidade; economia; estatística; probabilidade. Todavia, os resultados apontam a ausência da indicação explícita da matemática nas diretrizes, o que contraria sua vasta utilização como ferramenta indispensável para a compreensão de diversos conceitos desenvolvidos no curso de nutrição. Apesar da presença da bioestatística, identifica-se no currículo a inexistência de disciplinas que revisem ou introduzam a álgebra e o cálculo diferencial.
A avaliação nutricional é o primeiro passo da assistência nutricional e é capaz de identificar problemas ligados à nutrição. O objetivo do estudo foi verificar o estado nutricional e o consumo alimentar de gestantes de Goiânia e região metropolitana (GM) e do interior de Goiás (I). Trata-se de um estudo do tipo transversal com abordagem quantitativa, com a participação de 63 pacientes atendidas no pré-natal de alto risco de um hospital público de Goiânia, Goiás. Aplicou-se o Questionário Socioeconômico e o Questionário de Frequência Alimentar (QFA), além de aferição de medidas antropométricas. Para avaliação das variáveis contínuas de normalidade foi realizado o teste de Shapiro-Wilk e, na comparação entre as variáveis e os grupos utilizou-se o teste t de Student, U de Mann-Whitney e ANOVA de uma via. Para as variáveis categóricas utilizamos o teste de qui-quadrado ou o teste exato de Fisher. Os resultados demonstraram que as variáveis socioeconômicas e antropométricas não apresentaram diferenças significativas entre gestantes dos grupos GM e I. O consumo de bebidas alcoólicas (p=0,01) e o tabagismo (p=0,025) foram mais comuns nas gestantes residentes no interior. Não foram encontradas diferenças significativas segundo avaliação do hábito alimentar entre as gestantes, no entanto, o consumo per capita de sal foi elevado quando associado ao diagnóstico nutricional (p= 0,047) e o consumo de frutas apresentou uma correlação negativa com Índice de Massa Corporal (IMC) gestacional. Conclui-se que são necessárias a adoção de estratégias de educação nutricional para esta população, uma vez que existem hábitos pouco favoráveis à gestante e ao feto.
Este trabalho tem como objetivo principal compreender a Matemática ensinada nos cursos superiores da área de saúde por meio da produção acadêmica brasileira de teses e dissertações publicadas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). O artigo é fruto de um recorte de uma tese de doutorado. Ele consiste em uma investigação teórica, possui uma abordagem qualitativa com respaldos numéricos e o tipo de estudo é exploratório e descritivo. Foram realizadas buscas na plataforma a partir de descritores e operadores para quantificar e comparar a produção científica da área e selecionou-se 13 trabalhos relacionados aos cursos de ensino superior em saúde, que foram analisados quanto aos seus objetivos, suas metodologias de pesquisa e seus resultados. Os trabalhos direcionados aos cursos da área de saúde correspondem a apenas 1,06% da produção dirigida exclusivamente ao Ensino Superior, abordando os cursos de Enfermagem, Medicina, Biomedicina, Ciências Biológicas, Nutrição e Zootecnia. A maior parte dos estudos (n = 9) apresenta propostas metodológicas de ensino e integração da Matemática com as demais disciplinas, enquanto os demais (n = 4) realizam análises curriculares. Os resultados dos trabalhos analisados, em geral, indicaram que a Matemática tem se apresentado fragmentada nos currículos estudados e propuseram estratégias metodológicas de contextualização dos conceitos ensinados com a prática profissional.
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