Introdução: em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou o estado da contaminação pelo novo coronavírus como pandemia e determinou a necessidade de implementar medidas abrangentes de distanciamento social. No mesmo mês, o Ministério da Educação autorizou a medida emergencial de substituição das disciplinas presenciais em andamento por aulas mediadas por tecnologias digitais. Nesse contexto, as faculdades de medicina recorreram ao ensino online. Objetivo: avaliar a percepção de acadêmicos de medicina em relação ao ensino médico online no contexto da pandemia de COVID-19. Método: estudo transversal quantitativo descritivo, com uso de questionário adaptado, aplicado no primeiro semestre de 2022, pela ferramenta Google Forms, para alunos matriculados em medicina do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (Unisalesiano), de ambos os sexos, sujeitos a aulas online durante a pandemia de COVID-19. Os resultados obtidos foram analisados de maneira descritiva, através do cálculo das frequências absolutas e relativas. Resultado: foi constatado que a maioria dos alunos ficaram pouco satisfeitos com o conhecimento teórico adquirido online (82,5%) e sentiram-se pouco motivados para estudar (80,0%). A possibilidade de aulas com profissionais de outras localidades (75,0%) foi a principal vantagem apontada; já a principal desvantagem foi problemas técnicos (90,0%). Conclusão: apesar do aumento da desmotivação, do estresse e do prejuízo ao conhecimento teórico adquirido, a experiência do ensino mediado por tecnologias, de maneira geral, obteve uma avaliação positiva dos acadêmicos.