RESUMO -Atualmente o Brasil depende de importações de azeite de oliva para atender seu mercado, e a partir do cultivo de oliveiras em solo brasileiro visa-se redução de custos no processo. Assim surge a necessidade de avaliar a composição química do azeite proveniente dessas plantações. Para azeites das espécies Koroneiki, Arbequina e Arbosana, cultivadas no oeste de Santa Catarina, determinou-se o teor de acidez, índice de peróxido, índice de iodo (Wijs), extinção específica por absorção em 270 nm e potencial antioxidante (DPPH). Para a acidez obteve-se resultados na faixa de 0,261 a 0,719 g/100g. Índice de peróxido entre 10,46 a 17,36 meq/kg. Valores entre 59,4 e 105,3 mg/kg para compostos fenólicos, e índice de iodo entre 76,7 e 93,1. O potencial antioxidante foi de 1,34 a 18,1 %. O índice de extinção para todas as amostras ficou abaixo de 0,25. Todos os resultados obtidos estão de acordo com valores previstos na legislação vigente, indicando excelente qualidade dos azeites produzidos.
INTRODUÇÃOEntre os séculos VII e III a.C. o azeite de oliva começou a ser estudado pelos filósofos, médicos e historiadores da época pelas suas propriedades benéficas ao ser humano (Percussi, 2006). Nos últimos anos, inúmeros estudos têm apresentado evidências de que nutrientes e substâncias não-nutrientes contidas em diferentes alimentos, como o azeite de oliva, podem inferir de modo positivo na prevenção de enfermidades. Estudos experimentais e epidemiológicos sugerem que o azeite de oliva extra virgem, com alto teor de compostos fenólicos, exerce papel protetor contra doenças crônicas degenerativas, inclusive a aterosclerose, pelo conteúdo de gorduras monoinsaturadas (ácido oleico) e poder antioxidante (Pimentel et al., 2007).Desde 2003 o maior produtor mundial de azeite é a Espanha com 60% da produção mundial, seguido por Itália, Grécia, Síria e Turquia. Países como Estados Unidos, Argentina e Área temática: Engenharia e Tecnologia de Alimentos 1