Introdução: Intoxicação exógena aguda ocorre quando há percepção de sinais e sintomas clínicos e/ou investigações laboratoriais alteradas devido à interação como alguma substância química. A conduta sobre o indivíduo intoxicado atendido na emergência é diferenciada, o tratamento depende da história clínica detalhada para manejar corretamente as intoxicações. Portanto, é fundamental a notificação dos casos à vigilância epidemiológica para a prática e ações de prevenção da saúde pública. Objetivos: O trabalho tem como propósito verificar a prevalência de tentativa de suicídio por intoxicação medicamentosa, analisando a faixa etária mais acometida, no Espírito Santo no período de 2011 a 2019. Métodos: Foi realizado um estudo transversal descritivo epidemiológico, sobre a prevalência da tentativa de suicídio por intoxicação medicamentosa no Espírito Santo, por meio do Portal do Ministério da Saúde, DATASUS, através de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN). Os critérios de inclusão avaliados foram as causas de intoxicação medicamentosa exclusivamente com intenção de suicídio, a faixa etária e o período de notificação. Resultados: De acordo com os dados o Espírito Santo apresentou 20606 casos de intoxicação medicamentosa no período avaliado, dessas notificações, 10.434 foram tentativas de suicídio, o que totaliza 50.6% dos casos de intoxicação por medicamento. A maior prevalência esteve no ano de 2019, com 2463 pacientes. O ano de 2011 marcou a menor prevalência, com 320 casos. Ao analisar as faixas etárias mais acometidas, foram respectivamente, de 20-39 anos com 5241 casos, 15-19 anos com 2145, 40-59 anos com 1939, 10-14 anos com 795, 60-64 com 110, 65-69 com 54, 70-79 com 32 e pacientes com mais de 80 anos com 5 casos notificados. A frequência relativa da faixa etária mais acometida foi de 50.2% referente a pessoas de 20-39 anos, enquanto a menor foi de apenas 0.047% referente a idosos acima de 80 anos. Visto que a frequência relativa das faixas etárias de, 10-14, 15-19, 40-59, 60-64, 65-69, 70-79, constavam respectivamente com 7.6%, 20.5%, 18.5%, 1.05%, 0.52% e 0.3%. Conclusão: Portanto, observou-se que as intoxicações medicamentosas para tentativa de suicídio aumentaram significativamente no Espírito Santo, principalmente na faixa etária de 20-39 anos. Dessa forma, é perceptível a necessidade de investir em políticas públicas destinadas a saúde mental dos pacientes mais acometidos, além de capacitar os profissionais de saúde para saber reconhecer uma intoxicação medicamentosa com a intenção de suicídio e saber reverter tal situação. Vale ressaltar o quanto a automedicação influência e corrobora para essa situação.
Introdução: Oncocitoma é um tumor renal benigno, diagnosticado com maior frequência de forma acidental. Exames de imagem não permitem diferenciá-lo de tumores malignos. No caso a seguir, observou-se uma lesão renal com características de malignidade. Apresentação do caso: Mulher, 49 anos, com identificação de hematúria microscópica. Submetida a tomografia computadorizada (TC) de abdome total com contraste, com imagem nodular hipervascular na cortical renal. Após realização de ressonância magnética (RM) de abdome total, notou-se imagem nodular sólida, hipervascular, contornos parcialmente definidos, localizada na cortical do terço inferior do rim esquerdo, exofítica, medindo 2,8x2,3 cm, com hipersinal em T2, hipossinal em T1, realce irregular pós contraste, sugestiva de natureza primária. Pela semelhança das características radiológicas a tumores malignos, a paciente foi submetida a uma nefrectomia parcial laparoscópica e a um exame histopatológico. Foi constatado um oncocitoma, de lesão amarela, firme, elástica, limites imprecisos, de 20mm. Conclusão: O oncocitoma possui características brutas e histológicas clássicas, incluindo massa bronzeada ou cor de mogno com cicatriz central, uma arquitetura aninhada microscópica, citologia branda, núcleos regulares redondos e nucléolo central proeminente. Devido a algumas variações, há dificuldade em padronizar critérios diagnósticos. A classificação de Bosniak para cistos renais tenta padronizar a descrição e condutas para essas lesões renais císticas complexas. Definem-se cinco categorias de lesões císticas renais -I, II, II-F, III e IV, de acordo com grau de complexidade e maior probabilidade de malignidade, foi descrita para tomografia computadorizada, é também utilizada para RM. A lesão descrita se enquadrava na categoria II-F, que pode conter múltiplos septos, calcificações, aspecto nodulares ou irregulares, cistos hiperdensos e exofíticos. Até 25% dos cistos II-F podem ser malignos o que causa certa indecisão para a conduta desses pacientes. A RM é capaz de demonstrar melhor septos em lesões císticas, particularmente nas menores que 2,0 cm. Pode haver discordância nas classificações: lesões rotuladas como II ou II-F na TC podem ser categorizadas como II-F ou III na RM. A Histopatologia é o único modo de diferenciação. Lesões císticas renais complexas são de difícil diferenciação, por isso, sempre que possível, a cirurgia está indicada, por possibilitar o diagnóstico e ser terapêutica.
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