RESUMOOs jogos e as dinâmicas de grupo, no processo de ensino e aprendizagem, tornam as aulas atraentes e prazerosas e, em muitos casos, favorece a compreensão do conteúdo estudado. Visando a implementar diversas ações voltadas para o ensino de ciências e biologia, os bolsistas do Projeto PIBID/Ciências Biológicas -Campus II -UNEB, buscaram proporcionar aos discentes do ensino fundamental do Colégio Estadual Luis Navarro de Brito, em Alagoinhas-BA, atividades lúdicas. Com isso foi desenvolvido o jogo da "televisão do conhecimento" e a dinâmica denominada "colhendo conhecimento" acerca do conteúdo de Ciências "As Plantas", em duas turmas: uma de 7º ano regular e uma do EJA 7º/8º ano. Isso contribuiu para o desenvolvimento de uma consciência crítica e uma autonomia satisfatória por parte dos discentes, na exposição e discussão do conteúdo. Conclui-se pela experiência vivida, que é notória a importância da realização de atividades lúdicas como ferramenta na construção do conhecimento científico na educação básica. Palavras-chave:Ludicidade; Ensino-aprendizagem; Atividade lúdica. INTRODUÇÃOApesar do uso das atividades lúdicas não serem algo recente, muitos professores não utilizam desses recursos como ferramenta frequente para a construção do conhecimento científico. Muitas vezes, esse problema ocorre por desconhecimento desse recurso como algo indispensável e eficiente no processo de ensino e aprendizagem.Rego (2000) afirma que o uso dos jogos permite "ambientes desafiadores, capazes de estimular o intelecto, proporcionando a conquista de estágios mais elevados do raciocínio". Favorecendo assim o desenvolvimento do conhecimento lógico.Na visão da escola de Vygotsky, segundo Mello (2004), o papel da educação escolar é criar novas necessidades, provocando nos discentes o surgimento dessas e de novos interesses. Planejando suas ações para que os mesmos tenham a oportunidade de experiências diversificadas, para que possam experimentar atividades cheias de significado às suas vidas. Assim, sensibilizando-se quanto ao conteúdo trabalhado e sendo atuantes e participativos, durante as aulas expositivas e práticas.
O uso de plantas medicinais para controlar enfermidades acompanha toda a história da humanidade, pois as plantas, de um modo geral, produzem compostos metabólitos químicos essenciais à sua sobrevivência, presentes em óleos oriundos de sementes, folhas e as raízes que são extraídos e utilizados em processos fitoterápicos de pessoas doentes. Muitas dessas propriedades medicinais já foram comprovadas cientificamente para diversas enfermidades. No ano de 2020, foi decretada uma pandemia mundial, ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2. Essa infecção pode gerar uma série de sintomas, (febre, dor de garganta, tosse, coriza, diarreia) e nos casos mais graves problemas respiratórios. Com isso, há uma necessidade de respostas eficazes para tratamento da saúde mediante as consequências ocasionadas pela Covid-19. A partir disso, o presente trabalho teve como objetivo conhecer as plantas medicinais que brasileiros e moçambicanos têm utilizado para se tratar dos sintomas causados pela doença, através de um estudo comparativo entre os dois países. A pesquisa tem natureza qualitativa e do tipo exploratória, desenvolvida mediante entrevista dos moradores do Brasil (Bahia e Sergipe) e Moçambique (Montepuez), através do formulário gerado no Google forms com 17 perguntas, com termo de livre esclarecimento, submetidas ao CEP (SAED-UFRB/UNIROVUMA. A amostra 1 foi composta por 80 brasileiros e a amostra 2 72 moçambicanos. Identificou-se nas mostras que (1) 70% dos entrevistados eram do sexo feminino e na segunda (2) correspondeu a 77,8% do gênero masculino. Sobre a idade, no Brasil a maior participação se deu por pessoas de 18 a 25 anos (50%), seguido por 26 a 40 anos (40 %), já em Moçambique, a idade foi entre 26 a 40 anos (47%), seguida por 18 a 25 anos (47%). Ao serem questionados se já tiveram Covid-19, a maior parte das duas amostras mencionaram que não, (1 - 72,7%, 2 - 94,4%) Sobre os que tiveram a Covid-19: no Brasil foram 27,3% e em Moçambique apenas 5,6%. Questionados se utilizam plantas medicinais no tratamento, 54% dos brasileiros disseram que sim, principalmente na prevenção dos sintomas. Quais folhas fazem o uso? Na amostra 1, relatou-se o eucalipto (Eucalyptus globulus & Borralho) 48%, a folha de pitanga (Eugenia uniflora& Alves) 28%. Já os moçambicanos, apenas 27,8% declaram utilizar a medicina alternativa, citando o uso das folhas, eucalipto (Eucalyptus globulus & Borralho) 63,7%, gengibre (Zingiber officinale & Roscoe) 9,1%. Como adquirem as plantas medicinais, 42,1% dos brasileiros possuem no quintal de casa, seguido pela opção de compra com 31%; já os moçambicanos têm a maior obtenção em ambientes abertos 61,1%, seguido pela opção de compra 27,8%. Em relação à forma de uso, no Brasil (80%) e em Moçambique (72%) a maior utilização é por fervura. Conclui-se que os entrevistados em sua maioria não tiveram a Covid -19, no entanto, não se sabe se o fato de não contraíram a doença está relacionado diretamente ao uso habitual da folha do eucalipto, gengibre e da pitanga, pensando nas propriedades ligadas a elas ou por falta de diagnóstico da doença.
A valoração da educação pode ser expressa como uma premiação no que diz respeito aos termos do mercado de trabalho, o qual segue as leis de oferta e educação. Uma área importante é a formação dos professores de Ciências e Biologia. Após a formação, o discente tem o desafio de entrar no mercado de trabalho, com conhecimentos prévios adquiridos na experiência acadêmica, sendo agora, não mais um estudante e sim um profissional formado. Nesse contexto, a presente pesquisa visa realizar uma investigação de quais as perspectivas profissionais dos discentes de ciências biológicas do Brasil, da Universidade do Estado da Bahia, Campus Alagoinhas (1) e de Moçambique (2), da Universidade Rovuma, Extensão Cabo Delgado. Para tanto, buscou-se conhecer aspectos relacionados à sua formação, trajetória profissional, e suas perspectivas sobre a profissão. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizada uma abordagem quali-quantitativa e um estudo transversal, através da aplicação de um questionário de 16 perguntas, feito e disponibilizado no Google Forms, com termo de livre esclarecimento (CEP SAED-URFRB/UNIROVUMA) distribuído pelas redes sociais aos estudantes dos dois países. A amostra total foi composta por 134 respondentes, sendo eles 65 brasileiros e 69 moçambicanos. Os dados foram tabulados e analisados através de planilhas. O resultado demonstrou que, no Brasil a maior expressividade do gênero foi de sexo feminino (70%, enquanto que em Moçambique foi do sexo masculino (77,8%). Quanto à idade, no Brasil prevaleceu 18 a 25 anos (70%), já em na segunda amostra ocorreu nas idades de 26 a 40 anos (65%). Ainda, referente aos semestres cursados na amostra 1, 45% estão no primeiro período, e 30% estão no último período, enquanto que na amostra 2, 60% cursam o último ano e 28% no terceiro período. Questionados sobre a escolha do curso de licenciatura, ambos entrevistados (1 – 85%; 2 - 75%) informaram que não pretendem atuar como professor e sim pegar um atalho para atuação como biólogo. Questionados sobre sua preparação para entrar no mercado de trabalho, 45% dos brasileiros acreditam estarem prontos e 40% afirmam estarem despreparados, enquanto que os moçambicanos 65% afirmaram estarem prontos, seguido por 30% que afirmam não estarem prontos. Quanto à área que pretendem atuar, no Brasil, prevaleceu: botânica (45%), zoologia (35%) e educação (20%), por outro lado, em Moçambique escolheram foi zoologia 70%, botânica (25%) e educação (5%). Embora o curso dos pesquisados seja na área de licenciatura, percebe-se que a maior parte da amostra não pretende ser professor. Neste sentido, faz se necessário uma valorização da profissão.
As práticas integrativas e complementares em saúde surgiram como alternativa para considerar a saúde na perspectiva holística e não apenas na perspectiva biológica ou orgânica. As práticas têm sido amplamente utilizadas, no mundo, para o tratamento de doenças ou certos sintomas resultantes de alterações fisiológicas no indivíduo. A pandemia da COVID-19 provocou crise humanitária nos domínios sanitário, educacional, económico, sociocultural e geopolítico. Até 23 de Dezembro de 2021, registaram-se 276 436 619 casos confirmados de COVID-19, incluindo 5 374 744 mortes, comunicadas à OMS em todo o mundo. Assim, foi realizada uma revisão de literatura com o objetivo de aferir se as práticas de meditação, naturopatia, análise bioenergética e terapia comunitária integrativa podem ser utilizadas como complemento às abordagens médicas convencionais para o tratamento dos sintomas da COVID-19 como amplamente se sugere nos anúncios propagandísticos. Para o efeito, foi realizada pesquisa e confronto de artigos científicos nas páginas web do Periódico Capes, BVS, Jstor, Pubmed e ResearchGate. A maioria dos artigos elegíveis foram encontrados na página web do PubMed (65,1%, n= 282), seguido da JStor (23,6%, n= 102) e nenhum artigo foi encontrado no Periódico Capes na altura da pesquisa. Os resultados indicam que a maior parte dos anúncios tem apoio científico. A meditação, naturopatia, análise bioenergética e a terapia comunitária integrativa podem ser utilizadas no tratamento dos sintomas primários ou secundários da COVID-19, enquanto algumas práticas incluídas na naturopatia ainda carecem de mais estudos e provas científicas para a sua plena utilização a este respeito.
Um herbário configura-se um ambiente essencial para identificação botânica, uma vez que, estes espaços têm a finalidade de organizar, armazenar e conservar coleções botânicas, preservando a riqueza existente. O reconhecimento da flora pelos discentes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), do turno vespertino, do Colégio Estadual Luiz Navarro de Brito por meio de aulas práticas, com realização de coletas, herborização e identificação de espécies do município de Alagoinhas-Bahia, permitiu interações dinâmicas e sucessivas no processo de ensino-aprendizagem. Essa didática objetivou a ampliação do conhecimento cientifico na identificação da flora local por meio do processo de herborização. A metodologia se deu em três etapas: 1- Aulas expositivas e dialogadas sobre o reino Plantae; 2- Reconhecimento e coleta de espécies disponíveis do município, realização de técnicas usuais de herborização com a montagem de exsicatas e identificação; 3- Apresentação dos resultados na feira de ciências e matemática da escola. As técnicas botânicas demonstraram extrema importância, uma vez que contribuiu no desenvolvimento dos alunos e na produção do material didático de qualidade para subsidiar o ensino de determinados conteúdos na disciplina de ciências e biologia. Este projeto permitiu o questionamento, a investigação e a análise de evidências por parte dos alunos na construção do conhecimento cientifico. Foi possível constatar que os alunos possuíam conhecimento informal sobre as plantas (nome popular, se tinha função medicinal, madeireira, frutíferas, ornamentais entre outras.). As principais plantas identificadas foram: Genipa americana L. (jenipapo), Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. (hortelã), Ocimum basilicum L. (manjericão), Malpighia emarginata Sesse & Moc. ex DC. (acerola), Schinus terebinthifolia Raddi. (aroeira), Plectranthus barbatus Andrews (tapete de oxalá), Tapirira guianensis Aubl. (pau pombo), Bauhinia forficata Link. (pata de vaca), Averrhoa carambola L. (carambola), Averrhoa bilimbi L. (biribiri), Rosmarinus officinalis L. (Alecrim). Por fim, o presente estudo contribuiu para promoção da educação ambiental no ambiente escolar, decorrente da produção cientifica através da valoração da flora local, apontando para conservação da mesma.
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