A qualidade da interação terapêutica constitui-se como um importante preditor dos resultados terapêuticos e como crucial na decisão dos clientes para se manterem na terapia. O presente estudo teve como objetivo descrever e comparar o desenvolvimento da colaboração terapêutica em dois casos clínicos, um finalizado e um de desistência, ambos de insucesso e seguidos em Terapia Narrativa. Foi utilizado o Sistema de Codificação da Colaboração Terapêutica, que permite distinguir episódios colaborativos, não colaborativos e de ambivalência por referência à Zona de Desenvolvimento Proximal Terapêutica (ZDPT) dos clientes. A codificação foi realizada independentemente por dois pares de juízas, tendo as discrepâncias sido resolvidas por consenso e mediante posterior auditoria. Os resultados mostram que no caso de desistência os episódios não colaborativos foram cinco vezes mais frequentes do que no caso finalizado. Em ambos os casos, verificou-se uma tendência crescente do terapeuta para estimular o movimento das clientes ao longo da ZDPT no sentido da inovação. Contudo, se nas últimas sessões do caso finalizado a cliente foi capaz de com o terapeuta, no caso de desistência ocorreu um aumento de episódios não colaborativos entre a díade. Palavras-chave:Colaboração terapêutica, Caso finalizado, Desistência, Insucesso.O presente estudo teve como objetivo analisar e comparar a qualidade da interação entre terapeuta e cliente ao longo do processo terapêutico de dois casos clínicos, um finalizado e um de desistência, ambos de insucesso e seguidos em Terapia Narrativa.A investigação em psicoterapia tem suportado de forma consistente a contribuição dos fatores relacionais para o sucesso terapêutico. Entre estes, a aliança terapêutica é atualmente reconhecida como um preditor moderado e robusto dos resultados da psicoterapia (Horvath, 2013). A aliança terapêutica, para além de incluir uma dimensão afetiva entre terapeuta e cliente, o vínculo terapêutico, é também entendida como um fator relacional intrinsecamente associado ao trabalho que ocorre no contexto da terapia, orientado para a mudança do cliente. No sentido de compreender o papel da aliança terapêutica no processo de mudança, Horvath (2006) recomenda que a investigação evolua no sentido de identificar e analisar os microprocessos relacionais (ex., colaboração terapêutica) situados no contexto de práticas terapêuticas específicas. Nesta linha de investigação, incluem-se os estudos focados no conceito de colaboração terapêutica, entendida como um processo interativo e analisada a um nível micro analítico. Embora este conceito de colaboração terapêutica seja definido de diferentes formas, a natureza bidirecional e a contribuição mútua do terapeuta e do cliente é 165Agradecemos ao Professor Doutor Miguel Gonçalves, Investigador responsável do Projeto Mudança Narrativa em Psicoterapia (PTDC/PSI/72846/2006), a autorização para analisar os dois casos clínicos apresentados neste estudo.A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para: Eugénia Ribeiro, Escola de P...
O Programa de Formação em Ensino Experimental das Ciências pretendeu contribuir para a melhoria da educação científica de base experimental no 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal (alunos entre 6 e 10 anos) através do desenvolvimento do conhecimento científico e didáctico dos professores. A investigação descrita neste artigo – de índole qualitativa e baseada em estudos de caso – estuda as potencialidades e limitações da estratégia de formação proposta por esse programa. Discute-se a situação particular de duas formandas que, tendo participado no 1.º ano do Programa, não puderam frequentar o 2.º ano de formação. Pretende-se, assim, estudar o impacto de apenas um ano de formação no conhecimento profissional e nas práticas de sala de aula dessas formandas. Verificam-se, em ambos os casos, impactos positivos ao nível do conhecimento científico das professoras e do reposicionamento das suas concepções sobre a importância do ensino experimental. Contudo, detectou-se um conhecimento didáctico limitado, especialmente no que respeita à avaliação das actividades experimentais e à sua implementação com grupos heterogéneos. Os dados obtidos revelam a pertinência do envolvimento das professoras num segundo ano de formação.http://dx.doi.org/10.14572/nuances.v19i20.981
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