Refletir sobre formação de professores-pesquisadores nos permite também (re)conhecer, (re)construir e compartilhar os nossos lugares existenciais a partir do que acreditamos para uma educação de qualidade e com princípios democráticos. Nessa discussão, trazemos para somar, os processos de construção e atualização dos currículos educacionais que lidamos, nos possibilitando ainda questionarmos os saberes a serem ensinados/estudados e as práticas que desenvolvemos cotidianamente no nosso labor docente. No “coração” dessas discussões, os aspectos locais, a cultura de uma região, as suas identidades e as características educacionais, históricas, geográficas entre outras, devem ser atendidas em 40% dos currículos para além dos 60% já preconizados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Colocando-nos no contexto da Teoria Antropológica do Didático, e tomando como pedra de toque todo o saber e conhecimento que justificam, produzem e tornam inteligível as noções didáticas discutidas - a noção de praxeologia em duas oficinas num simpósio de Didática da Matemática, analisamos as praxeologias matemática e didática e sua viabilidade ecológica, a partir de materiais experimentados em estudos realizados na França, as condições e restrições da existência dessas praxeologias sobre um determinado tema nas práticas docentes e consequentemente na instituição em foco, bem como as congruências entre as competências docentes e a praxeologias matemáticas, didáticas e profissionais.
Este artigo traz a proposição de um modelo didático-praxeológico - MPD, para o trabalho com um objeto da Geometria Analítica sob a lente da Teoria Antropológica do Didático - TAD. O objetivo principal foi discutir a possibilidade de trabalho com um modelo didático-praxeológico, embasado na noção de vetores no Ensino Médio, como elemento para mitigar lacunas na transição entre Educação Básica e o Ensino Superior, ou seja, um MDP alternativo aos modelos pautados exclusivamente na Base Nacional Comum Curricular - BNCC. O modelo, o objeto e as tarefas propostas são compreendidos pela TAD, que considera como pressuposto a necessidade de tarefas que evoquem a indissociabilidade entre o saber-fazer e o discurso racional que o justifica. Utilizou-se um método inspirado na análise praxeológica para discutir a viabilidade do MDP, a priori. Diante dessas condições, conclui-se que o MDP, pautado na noção de vetores e trabalhado desde o Ensino Médio, pode colocar o estudante em atividade, com praxeologias mais econômicas do ponto de vista cognitivo, nesse nível de escolaridade, mas principalmente no superior.
Este artigo tem como objetivo associar os elementos e fenômenos da incompletude do trabalho institucional, reconhecendo a sua existência. Isto possibilita a identificação de problemas didáticos (PD) que subsidiarão investigações em Didática da Matemática à luz da Teoria Antropológica do Didático. Para enfrentamento destes problemas, trazemos à baila a razão de ser do Percurso de Estudo e Pesquisa, seu contexto e sua construção. Visando facilitar a compreensão do que consideramos incompletude, utilizaremos elementos de análise do objeto matemático funções. Reconhecer as incompletudes do trabalho institucional conduz o olhar sobre aquilo que restringe o trabalho e portanto, a atividade dos sujeitos na mediação de objetos do saber, possibilitando o questionamento dos modelos praxeológicos dominante e de referência. <br>This article aims to associate the elements and phenomena of the incompleteness of institutional work, recognizing its existence. This allows the identification of didactic problems (PD) that will subsidize investigations in Didactics from the standpoint of Anthropological Theory of the Didactic. To confront these problems, we evoke the reason for being of the Study & Research Programme, its context and its construction. In order to facilitate the understanding of what we consider incompleteness, we will use elements of analysis of the mathematical object functions. Recognizing the incompleteness of institutional work leads the observation on what restricts work and, therefore, the activity of subjects in the mediation of objects of knowledge, making possible the questioning of dominant and reference praxeological models.
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