A questão de perdas após a colheita vem sendo estudada de forma não sistemática por diferentes especialistas e instituições, em diferentes fases da cadeia de comercialização e para produtos ou grupos de produtos, nos quais estejam primordialmente interessados (Rezende, 1992).As principais causas apontadas para as perdas de cenoura foram podridão por Erwinia, nematóides, distúrbios fisioló-gicos (Mukai & Kimura, 1986) época, deficiência nos tratamentos de lavagem e secagem, embalagem, manuseio e transporte inadequados, danos mecânicos, tempo de exposição prolongado no varejo, preços desfavoráveis pagos ao produtor e falta de orientação de mercado (Rezende, 1992).No levantamento realizado pela SUDENE (1972), os entrevistados atribuíram grau de importância às causas de perdas. No varejo, a demora entre compra e venda e a má qualidade do produto comprado foram apontados como principais causas, seguidas por embalagem inadequada e armazenamento inapropriado.A aplicação de questionários é uma metodologia subjetiva e os dados obtidos nem sempre correspondem à situação real ou permitem a identificação das causas primárias de perdas e a diferenciação entre causa e efeito. Contradições entre a informação fornecida pelos agentes de comercialização e a situação observada in loco foram apresentadas por SUDENE (1972), Ueno (1976) e Mukai RESUMOAs perdas pós-colheita de cenoura em 4 lojas de uma rede de supermercados de Brasília foram avaliadas pelo período de um ano. A amostragem foi realizada em duas etapas: antes da exposição do produto na área de vendas (amostra Qualidade Inicial) e após o descarte das perdas do produto (amostra Descarte). Foram quantificadas a proporção de raízes pequenas, médias e grandes e a incidência dos danos: bifurcação, rachadura, defeitos de formato, doença, praga, dano mecânico e outros. A cenoura comprada pelo supermercado apresentou cerca de 86,88 + 0,66% das raízes na faixa de 12-22 cm. No descarte, diminuiu a proporção de cenouras médias e grandes, enquanto aumentou a proporção de cenouras pequenas e quebradas. A proporção de raízes com ombro verde foi reduzida de 23,74 + 1,11% na amostra Qualidade Inicial para 13,29 + 1,37% na amostra Descarte, indicando que grande parte das raízes com ombro verde foi adquirida pelo consumidor, e neste caso não parece ter sido um fator indutor de perda. Cerca de 51% das cenouras recebidas no supermercado apresentavam algum tipo de dano, sendo os mais importantes defeitos de formato (31,0 + 1,16%), dano mecânico (9,46 + 0,4%) e murcha (4,66 + 0,99%). As principais causas de descarte foram dano mecânico (37,4 + 2,47%), defeitos de formato (32,0 + 2,58%) e murcha (7,6 + 1,59%). Palavras-chave:Daucus carota, amostra estratificada. ABSTRACT Identification of causes of postharvest carrot losses in the retail marketCarrot post-harvest losses were evaluated for one year in four stores of a supermarket chain in Brasilia, Brazil. Sampling was performed at two stages: at reception in the store and after exclusion or removal from retail displays. The proportion of large,...
A quantificação de perdas pós-co lheita deve ser analisada com cuidado, pois reflete as condições em que foram baseadas, e, como os fatores são dinâmicos, acabam sendo específicas (FAO/UNEP, 1978). Entretanto, esses índices são sempre elevados no Brasil, da ordem de 40% (Borges, 1991) a 45% (Lopes, 1980) e justificam medidas para resolver o problema. Tomate apresenta problemas sérios de perdas pós-colheita e é cultura em franca expansão no país, razão principal de sua escolha para o presente trabalho.Segundo Accarini et al. (1999), de acordo com o Ministério da Agricultura e do Abastecimento o setor de frutas e hortaliças tem uma produção estimada em R$ 17 bilhões anuais, enquanto o setor de grãos registra uma produção estimada em R$ 16 bilhões anuais, respondendo por 1,98% e 1,73%, respectivamente, do Produto Interno Bruto Brasi-LUENGO, R.F. A.; MOITA, A.W.; NASCIMENTO, E.F.; MELO, M.F. Redução de perdas pós-colheita em tomate de mesa acondicionado em três tipos de caixas. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, n. 2, julho RESUMOAtualmente, no Brasil, a embalagem mais usada para tomate continua sendo a caixa de madeira que era usada para transportar querosene na segunda guerra mundial, há meio século, conhecida como caixa "K". Esta embalagem possui características que favorecem as injúrias mecânicas e comprometem a durabilidade e qualidade das hortaliças, como o fato de apresentar superfície áspera, alojar patógenos, profundidade excessiva, possuir aberturas laterais cortantes. Considerando os problemas da caixa K e a necessidade de proteção do tomate, a Embrapa Hortaliças iniciou, em janeiro de 1997, pesquisa para geração de uma embalagem adequada para acondicionamento e transporte de tomate. A embalagem definitiva foi testada em relação à caixa 'K' e caixa de plástico existente no mercado. Nos frutos de tomate foram avaliados a variação de matéria fresca, vida útil, cor, danos mecânicos, variação da firmeza, teor relativo de água e deterioração. A nova embalagem foi nomeada caixa Embrapa e apresenta menores percentagens de danos mecâni-cos, provavelmente a característica mais importante avaliada, reduzindo perdas pós-colheita em tomate de mesa. Palavras-chave:Lycopersicon esculentum L., embalagem, hortaliça, perda pós-colheita. ABSTRACTReduction of tomato post-harvest losses stor ed in three dif ferent types of boxes.The most common box used for harvested vegetables in Brazil is the wood one which was used for kerosene transporting during second world war, in 1945. This box causes mechanical damage and reduces vegetables shelf-life and quality, due to its rough surface allowing pathogen colonization, due to the excessive number of fruit layers, and due to the lateral cut openings. Considering the problems of the K box and the necessity of protecting tomato fruits, Embrapa Hortaliças began in January 1997 a research to develop an adequate box to protect tomato fruits. The definitive box, named "Embrapa box", was compared with the K box and the most common plastic boxes from the market. The weight, shelf...
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