A hanseníase permanece, ainda hoje, com consideráveis níveis de registros no Brasil, capaz de causar efeitos psicossociais permanentes e até mesmo incapacidades físicas. Objetivos: Analisar o perfil clínico-epidemiológico dos casos diagnosticados com Hanseníase no SINAN, relacionando-o com variáveis clínicas, geográficas e evolução da incidência da doença nos últimos 10 anos. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional e retrospectivo, em que os dados foram extraídos do SINAN. Resultados: Foram encontrados 867.687 casos de pacientes diagnosticados com hanseníase, de 2011 a 2020, com 2020 registrando cerca de 67% de redução de casos em relação ao ano anterior. Dentre os pacientes, os maiores registros foram entre homens, pardos, de baixa escolaridade, entre 30 e 49 anos, da forma multibacilar e dimorfa, sendo que os maiores índices permaneceram nas Regiões Norte e Nordeste. Conclusão: A diminuição de registros do último ano pode ter sido por conta de maiores efetividades nos serviços de saúde ou por conta da pandemia de COVID-19, ainda assim, por conta da persistência do perfil epidemiológico relacionado ao baixo desenvolvimento social, evidencia-se a necessidade de melhorias da qualidade de vida da população com o objetivo de interromper o ciclo de transmissão da doença.
Introdução: A osteoporose é uma doença osteometabólica considerada silenciosa e que afeta principalmente a população feminina durante o período pós-menopáusico da mulher. Portanto, a prevenção da doença é o método mais eficiente para evitar a ocorrência que fraturas e torna-se fundamental para mulheres pós-menopáusicas. Objetivo: Revisar os aspectos preventivos que envolvem a osteoporose em mulheres em período pós-menopausa. Metodologia: Estudo de caráter descritivo exploratório. A análise bibliográfica sistemática foi realizada de acordo com o protocolo da PRISMA (Preferred Reporting Itens for Systematic Reviews and Meta-Analyses). As bases de dados utilizadas foram SciELO e PubMed. Resultados: A análise de dados localizou 4.967 artigos. Após a leitura criteriosa, considerando os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 5 artigos para o delineamento do presente estudo. Discussão: Existem métodos de prevenção que consistem principalmente nos hábitos de vida saudável na mulher, ainda que o organismo pós-menopáusico seja mais suscetível ao desenvolvimento da osteoporose. A prática de atividades físicas e a ingesta adequada de cálcio e vitamina D se mostraram os métodos preventivos de maior eficácia. Conclusão: Os hábitos de vida de mulheres na pós-menopausa podem atuar diretamente como fatores favoráveis ou preventivos em relação ao desenvolvimento da osteoporose.
Sabe-se que o câncer de estômago é uma das principais causas de morte no mundo. Quantificando, é a quinta neoplasia mais prevalente no mundo. Ao analisar os dados de tal patologia no cenário brasileiro, percebe-se a necessidade de maior enfoque nessa problemática pois, segundo o INCA, a estimativa é de um aumento de mais de 20 mil novos casos. Além disso, o câncer gástrico é intimamente imbricado com os hábitos alimentares e estilo de vida, bem como com os fatores genéticos e de ancestralidade. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo determinar o perfil epidemiológico dos casos desse tipo de câncer no brasil, no período de 2010 a 2020, bem como identificar os possíveis fatores de risco que influenciam diretamente no aparecimento ou evolução dessa neoplasia. Trata-se de um estudo retrospectivo, de abordagem quantitativa e descritiva de série temporal, com base nas informações hospitalares brasileiras, classificados no capítulo II da CID-10. Para tanto, os dados para o presente trabalho foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério da Saúde, na página do DATASUS, sendo analisado todos os casos de neoplasia maligna no estômago notificados e registrados pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2020.
A comunicação é uma ferramenta fundamental na relação médico-paciente, contudo, há muitas barreiras nesse processo, principalmente ao discorrer acerca dos atendimentos de pacientes surdos. Para o paciente surdo, a dificuldade de ser compreendido e compreender uma fala, pode se ser um fator crucial para uma não ter uma relação médico-paciente adequada. Para o médico, essa situação pode ser desconfortável e apresentar, muitas vezes, um despreparo para o profissional. O objetivo foi realizar uma revisão de literatura sobre a relação médico-paciente no atendimento de pacientes surdos, com uma abordagem ampla, analisando a visão do paciente e do médico, usando artigos dos últimos dez anos. Foi destacado que essa deficiência na relação médico-paciente afeta o tratamento do paciente, o qual muitas vezes escolhe não buscar profissionais da saúde pela ideia negativa de experiências passadas. Quanto à percepção dos médicos, foi constatado que a formação acadêmica nesse sentido ainda é muito precária, não tendo uma preparação adequada desses profissionais. Sendo assim, é fundamental uma adição na formação médica do país, buscando melhor qualidade na relação médico-paciente surdo.
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