Neste artigo analisamos os 509 trabalhos que foram apresentados em congressos da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) entre 2003 e 2007. As análises foram feitas a partir de quatro categorias de referência: 1) tipos de pesquisa, 2) padronização formal, 3) tipo de matrizes metodológicas e 4) nível de formação dos (as) autores (as). O objetivo é identificar o nível de profissionalização dos estudos especializados em jornalismo, destacando os tipos de pesquisa e de manuais, as influências teóricas e as matrizes metodológicas predominantes. Dentre os principais resultados, ressaltamos a predominância de autores doutores e de pesquisas empíricas. Observamos também a falta de adequação à padronização formal.
Throughout the twentieth century and during the first decade of the new millennium, journalism schools have maintained a teaching model founded on the continuation of standard practices in the discipline. This model disregards the importance of applied research in supporting innovation in pedagogy and in journalism. In this article, we argue that the integration of teaching and applied research is necessary in part to overcome the current crisis media organizations are facing in relation to the outdated business models established in the previous century. One of the study’s main conclusions is that the current lack of interaction between universities and the media industry should give way to hybrid teaching models that include multidisciplinary applied research projects focused on the development of new formats, graphic languages, techniques, processes and prototypes of content production platforms.
Depois de mais de 300 anos da defesa da primeira tese de doutorado em jornalismo, por Tobias Peucer, em 1690, na Alemanha, o jornalismo ganha cada vez mais espaço acadêmico, com a criação de grupos de pesquisa, cursos de pós-graduação, revistas especializadas e associações científicas. A variedade de linhas de pesquisa, a diversidade dos estudos, a quantidade de pesquisadores envolvidos e a qualidade das revistas especializadas são indícios da vitalidade do jornalismo como objeto de estudo científico.Neste artigo, dividido em três partes - 1) o reconhecimento da prática profissional como objeto legítimo de pesquisa; 2) o desenvolvimento de metodologias adequadas às particularidades do campo e 3) o financiamento às experiências multidisciplinares para pesquisas aplicadas -, pretendo aproveitar o mapeamento dos estudos desenvolvidos para, tomando como base a distinção entre estudos do jornalismo e teorias do jornalismo, discutir alguns pressupostos para consolidação do jornalismo como campo de conhecimento.
Resumo: Depois de mais de 300 anos da defesa da primeira tese de doutorado em jornalismo, por Tobias Peucer, em 1690, na Alemanha, o jornalismo ganha cada vez mais espaço acadêmico, com a criação de grupos de pesquisa, cursos de pós-graduação, revistas especializadas e associações científicas. A variedade de linhas de pesquisa, a diversidade dos estudos, a quantidade de pesquisadores envolvidos e a qualidade das revistas especializadas são indícios da vitalidade do jornalismo como objeto de estudo científico. Neste artigo, dividido em três partes -1) o reconhecimento da prática profissional como objeto legítimo de pesquisa; 2) o desenvolvimento de metodologias adequadas às particularidades do campo e 3) o financiamento às experiências multidisciplinares para pesquisas aplicadas -, pretendo aproveitar o mapeamento dos estudos desenvolvidos para, tomando como base a distinção entre estudos do jornalismo e teorias do jornalismo, discutir alguns pressupostos para consolidação do jornalismo como campo de conhecimento.
Palavras-chave:Jornalismo -Pesquisa -Metodologias -Teorias -Multidisciplinar
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