OBJETIVO: Identificar a proporção de anemia ferropriva e sua distribuição por estadiamento puberal, em pacientes atendidos em ambulatório de adolescência, e comparar os valores de corte habitualmente utilizados na adolescência para esse diagnóstico. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, por análise de 453 prontuários dos pacientes atendidos de janeiro a dezembro de 2003, no Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina. Destes, 215 (47,0%) rapazes e 238 (53,0%) moças. Utilizaram-se os testes de Kappa e McNemar para avaliar as concordâncias e discordâncias entre dois critérios distintos; teste "t" de Student para determinar as diferenças entre hemoglobina e índices hematimétricos nos grupos anêmico e não anêmico; e teste de Mann-Whitney para comparar os valores de hematócrito. RESULTADOS: A proporção de anemia, segundo os critérios adotados, foi de 7,50% (n=34) e 6,84% (n=31) na população; por estadiamento puberal encontrou-se, no sexo feminino, maior proporção nos estágios de mama 3 (30,00%) e 4 (50,00%) e no sexo masculino, em genitais 3 (40,00%), havendo concordância entre os dois critérios. CONCLUSÃO: Embora baixa, a proporção de anemia é relevante. A concordância obtida entre os valores propostos mostra que é possível usar qualquer um dos critérios. Há predomínio de anemia nas moças em estágio de mamas 3 e 4, justificado pela maior necessidade de ferro e perdas menstruais, que ocorrem nessas fases, respectivamente; nos rapazes, a proporção maior em estágio 3 (fase de aceleração de crescimento) pode sugerir que eles já estavam depletados antes de entrar na puberdade.
Investigou-se neste trabalho sintomas emocionais e comportamentais em adolescentes obesos. Participaram desse estudo 248 adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 11 e 18 anos, sendo 54 obesos acompanhados em um ambulatório-escola e 194 eutróficos, estudantes de escolas da região. Os adolescentes responderam ao Young Self Report (YSR), que é um questionário para triagem de habilidades sociais e problemas de comportamento. Não houve diferença estatisticamente significante entre obesos e eutróficos em relação aos escores obtidos no instrumento, embora um quarto dos obesos tivessem apresentado problemas com o contato social e quase um terço comportamentos agressivos. Conclui-se que não se pode considerar os obesos como um grupo homogêneo em relação aos seus comportamentos ou saúde mental. Palavras-chave: Obesidade, Avaliação psicológica, Adolescentes.
Na adolescência, a convivência com o grupo de pares é fundamental. A amizade propicia prazer e traz benefícios para o desenvolvimento do indivíduo. Objetivo: verificar o número de amigos íntimos que os adolescentes que procuraram um centro de saúde dizem ter, verificando se o sexo ou a adequação idade-série escolar interferem no número de amigos Método: estudo descritivo de corte transversal. Foram escolhidos aleatoriamente 250 prontuários, dos quais 197 (78,8%) preencheram os requisites dos estudos, sendo 62,44% do sexofeminino. Os adolescentes tinham de I I a 18 anos e todos frequentavam Escola de Ensino Fundamental ou Médio. Instrumento: Foi utilizado o Youth Self Report - YSR (ACH EN BACH, 1 99 1), uma escala de rastreamento de problemas de comportamento e competência social. Procedimento: Os adolescentes que frequentam o Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente - CAAA - foram entrevistados com o YSR no período de 1999 a 2002. Resultados: Mais meninas responderam ter de 2 a 3 amigos íntimos, enquanto mais meninos responderam ter quatro ou mais. Os adolescentes, em geral, se consideram bons amigos e sem dificuldade para ter amizade. Discussão: Meninas parecem ser mais seletivas quanto à amizade do que meninos. Os adolescentes apresentaram uma boa auto-imagem quanto ao relacionamento com amigos. Conclusão: Os adolescentes estão realizando uma das tarefas evolutivas desta fase: ter amigos íntimos.
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