Introduction: When considering strategies that allow the consolidation of a health system that takes into account the dynamic, diverse and complex characteristics presented by the community, interprofessional education appears as a powerful tool in the training of future professionals, capable of carrying out collaborative work. In this context, the Education through Work Program for Health is highlighted by allowing the exchange of knowledge between students from different courses. Experience report: The narrative of events experienced by the medical student intern with a scholarship from the Education through Work Program for Health/Interprofessionality was used as a tool, integrated to the “Consultório na Rua” (“Street Office”) in a city of Rio de Janeiro, an integration that allowed the exercise of interprofessionality in the practical field, an experience that was not limited to interaction with the service physician, although this coexistence was equally invaluable, but which also led to exchanges with workers with different professional backgrounds and students from other courses. Discussion: For the collaborative work to occur, it is not enough for workers to share the same space; from this perspective, it is necessary to discuss the effects of interprofessional education on academic training, awakening in these students the desire to work collaboratively and preparing them for the challenge of meeting the needs and demands of the Unified Health System users. Conclusion: In Brazilian universities, there are still few activities that are guided by interprofessional education; however, this type of education has the power to bring the student closer to the realities to be faced in the daily life of their future professional practice, based on the teaching-learning process with individuals from different professional backgrounds, so that collaborative work becomes a facilitator when offering the community a high-quality health service.
This is the experience report of a medical academic from Federal University Fluminense, intern of the Education Program for Work for Health/Interprofessionality, working as part of the Street Clinic of Niterói/RJ, Brazil between April 2019 and March 2020. Aiming at the recognition of challenges, limits and potential of Interprofessional Education and Collaborative Work, the narrative constructed through 44 reports sent to the Program’s preceptors and tutors was used as a methodological tool, being shared not only what the practical field as a physical space brought to light, but also what came to life through intersubjectivity in the encounter with different characters. The opportunity to follow the strategy allowed the student to know more about this essential service to ensure equity in the health of the homeless population, leading to the improvement/development of skills/tools that will compose a work centered on the formation of positive bonds with service users, in the provision of comprehensive care and collabora- tive health practices. It was concluded that, despite the numerous barriers, Interprofessional Education and Collaborative Work are important instruments in academic training, standing out in the production of high quality health services, especially in offering comprehensive care to people in vulnerability.
Resumo: Introdução: Quando se pensa em estratégias que possibilitem a consolidação de um sistema de saúde que leve em consideração o caráter dinâmico, diverso e complexo que a comunidade apresenta, a educação interprofissional mostra-se como uma ferramenta de grande potência na formação de futuros profissionais capazes de exercer um trabalho colaborativo. Nesse contexto, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde ganha destaque ao possibilitar a troca de saberes entre acadêmicos de distintos cursos. Relato de experiência: Utilizou-se como ferramenta a narrativa de eventos vivenciados pela acadêmica de Medicina estagiária bolsista do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/Interprofissionalidade, integrada ao Consultório na Rua de uma cidade do Rio de Janeiro. Essa integração possibilitou o exercício da interprofissionalidade no campo prático, experiência que não se limitou à interação com o médico do serviço, embora fosse igualmente valiosa essa convivência, mas que levou também à troca com trabalhadores com distintas formações profissionais e discentes de outros cursos. Discussão: Para que o trabalho colaborativo ocorra, não bastam trabalhadores dividindo o mesmo espaço; nessa ótica, faz-se necessária a discussão acerca dos efeitos da educação interprofissional na formação acadêmica, despertando nesses alunos o desejo de trabalhar colaborativamente e preparando-os para o desafio de atender às necessidades e demandas dos usuários do Sistema Único de Saúde. Conclusão: Nas universidades brasileiras, são poucas ainda as atividades que têm como fio condutor a educação interprofissional, entretanto esse tipo de educação possui potência para aproximar o graduando das realidades a serem enfrentadas no cotidiano de sua futura prática profissional, pautado no processo ensino-aprendizagem com indivíduos de diferentes formações profissionais, de modo que o trabalho colaborativo se torne um facilitador na oferta à comunidade de um serviço de saúde de alta qualidade.
RESUMO Trata-se do relato de experiência de uma acadêmica de Medicina da Universidade Federal Fluminense, bolsista do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/Interprofissionalidade, atuando integrada ao Consultório na Rua de Niterói (RJ), Brasil entre abril de 2019 e março de 2020. Objetivando-se o reconhecimento de desafios, limites e potencialidades da Educação Interprofissional e do Trabalho Colaborativo, utilizou-se como ferramenta metodológica a narrativa construída por meio de 44 relatórios enviados aos preceptores e tutores do Programa, partilhando-se não apenas o que o campo prático como espaço físico trouxe à luz, mas também o que ganhou vida por meio da intersubjetividade no encontro com diversos personagens. A oportunidade de acompanhar o Consultório na Rua possibilitou à estudante conhecer mais sobre esse serviço essencial para garantia da equidade na saúde da população em situação de rua, levando ao aperfeiçoamento e desenvolvimento de habilidades e ferramentas que irão compor um trabalho centrado na formação de vínculos positivos com usuários do serviço, na oferta do cuidado integral e nas práticas colaborativas em saúde. Concluiu-se que, apesar das inúmeras barreiras, a Educação Interprofissional e o Trabalho Colaborativo constituem importantes instrumentos na formação acadêmica, destacando-se na produção de serviços de saúde de alta qualidade, sobretudo na oferta do cuidado integral às pessoas em vulnerabilidade.
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