A Revista Brasileira de Direito Processual Penal (RBDPP) surgiu com uma premissa clara: adotar um processo editorial cientificamente orientado, a partir de parâmetros desenvolvidos por estudos de editoração científica e diretrizes de órgãos que regulam tal campo, 1 de modo a fomentar a produção de conhecimento sério e consistente na dogmática processual penal. O processo editorial de um periódico científico deve ser realizado a partir de procedimentos e critérios dirigidos para a produção de artigos consistentes cientificamente. E, para alcançar esse objetivo, o editor deve buscar uma preparação teórica constante, a partir de estudos e debates sobre a temática. A editoração científica se trata de ramo do conhecimento pouco explorado no Direito, que fomenta importantes problematizações, como, por exemplo, em relação às funções desenvolvidas por cada um dos atores do processo editorial.
Por que Editor do FuturoO ano era 2001. Döbereiner, fundador e editor da Pesquisa Veterinária Brasileira, já próximo dos oitenta anos de idade, preocupava-se com a sucessão. Estamos ficando velhos, quem nos sucederá? era para ele uma apreensão frequente e perturbadora. Quem conheceu Döbereiner e seu trabalho minucioso, cuidadoso, dedicado, em parceria com Luiz Carlos Oliveira, amigo e desde sempre conselheiro, revisor e publisher, acrescentaria mais uma apreensão a essa lista: pertinente.O alemão tem uma palavra (composta, como gostam os alemães), que resolveria as apreensões de Döbereiner: Nachwuchs. Etimologicamente, tem-se aí uma combinação de nach, depois, após, com wuchs, crescimento. Crescer após... mas o sentido não é bem refletido aí. Nachwuchs não é apenas isso, tem uma conotação de suceder, de repor, de renovar algo que existiu em determinada condição. Nachwuchs, para a missão de editoria científica de revistas, inspirou a criação da (então) bolsa Editor do Futuro.Ser editor científico não é uma escolha de carreira. Os jovens decidem ser engenheiros, biólogas, médicas, psicólogos, administradoras, enfermeiros... Alguns, até, acabam preferindo a pesquisa à profissão. Mas não se tem notícia de um pesquisador que, ainda graduando, mestrando, doutorando ou mesmo recémdoutor, tenha-se colocado, como objetivo, eu vou ser editor científico. Em geral, essa é uma missão que simplesmente surge na vida da pessoa.Apenas para ilustrar, o Patrono do prêmio, Jürgen Döbereiner, decidiu criar uma revista e se tornar editor, no início da década de 1960, porque identificou que o extraordinário valor da pesquisa de sua esposa, Johanna, precisava de um veículo de publicação. Essa iniciativa foi a gênese da Pesquisa Agropecuária Brasileira, atualmente editada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) 1 .
RESUMO As instituições de ensino superior públicas são responsáveis pela edição da maioria dos periódicos científicos no Brasil. Os professores dos programas de pós-graduação realizam voluntariamente a gestão do fluxo editorial. Este artigo discute o aporte institucional em termos financeiros, humanos, físicos e tecnológicos recebidos pelos editores, necessários ao atendimento das boas práticas editoriais. É uma pesquisa de natureza aplicada, com fins exploratórios e descritivos, realizada com 95 editores vinculados à Associação Brasileira de Editores Científicos. Os resultados obtidos apontam as lacunas existentes no aporte institucional recebido, principalmente quanto ao estabelecimento de critérios técnicos para a seleção, permanência e renovação do editor; à preservação digital; à insuficiência dos recursos financeiros para a autossustentação dos periódicos e até mesmo em relação à própria formalização dos periódicos junto às instituições editoras. As conclusões evidenciam que parte das necessidades dos editores não é suprida por uma questão de responsabilidade dupla: de um lado os editores, que iniciam esta atividade sem formação ou capacitação na área editorial, o que os deixa vulneráveis às próprias intempéries da função; de outro, as próprias instituições que, por não possuírem um enquadramento específico para a função, sofrem dos mesmos problemas de desconhecimento do aporte institucional necessário à editoria científica.
Por que Editor do FuturoO ano era 2001. Döbereiner, fundador e editor da Pesquisa Veterinária Brasileira, já próximo dos oitenta anos de idade, preocupava-se com a sucessão. Estamos ficando velhos, quem nos sucederá? era para ele uma apreensão frequente e perturbadora. Quem conheceu Döbereiner e seu trabalho minucioso, cuidadoso, dedicado, em parceria com Luiz Carlos Oliveira, amigo e desde sempre conselheiro, revisor e publisher, acrescentaria mais uma apreensão a essa lista: pertinente.O alemão tem uma palavra (composta, como gostam os alemães), que resolveria as apreensões de Döbereiner: Nachwuchs. Etimologicamente, tem-se aí uma combinação de nach, depois, após, com wuchs, crescimento. Crescer após... mas o sentido não é bem refletido aí. Nachwuchs não é apenas isso, tem uma conotação de suceder, de repor, de renovar algo que existiu em determinada condição. Nachwuchs, para a missão de editoria científica de revistas, inspirou a criação da (então) bolsa Editor do Futuro.Ser editor científico não é uma escolha de carreira. Os jovens decidem ser engenheiros, biólogas, médicas, psicólogos, administradoras, enfermeiros... Alguns, até, acabam preferindo a pesquisa à profissão. Mas não se tem notícia de um pesquisador que, ainda graduando, mestrando, doutorando ou mesmo recémdoutor, tenha-se colocado, como objetivo, eu vou ser editor científico. Em geral, essa é uma missão que simplesmente surge na vida da pessoa.Apenas para ilustrar, o Patrono do prêmio, Jürgen Döbereiner, decidiu criar uma revista e se tornar editor, no início da década de 1960, porque identificou que o extraordinário valor da pesquisa de sua esposa, Johanna, precisava de um veículo de publicação. Essa iniciativa foi a gênese da Pesquisa Agropecuária Brasileira, atualmente editada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) 1 .
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