Resumo O presente artigo tem como objetivo discutir a conexão existente entre a política monetária e a dívida pública no Brasil, destacando as implicações daí decorrentes. Para isso, parte de uma retomada histórica do surgimento do mercado de títulos da dívida pública e das instituições responsáveis por seu gerenciamento. Posteriormente, são discutidos os dados relativos às variáveis ligadas à política monetária e à dívida pública entre 1999 a 2016. A partir da referida análise, observou-se a existência de uma conexão problemática entre duas políticas - monetária e fiscal - dada pela taxa Selic que é, ao mesmo tempo, instrumento de controle da inflação e taxa que remunera parcela expressiva da dívida pública. O trabalho conclui que esta vinculação reduz a eficácia das referidas políticas, requerendo ações como desvinculação da política monetária e da dívida pública, elevação do prazo e duração da dívida, mudança da sua composição e, particularmente, redução da taxa Selic.
Este artigo tem como objetivo analisar os efeitos do crescimento pró-pobre no Brasil considerando a heterogeneidade das suas unidades da federação. Para isso foi estimado o modelo de regressão de dados em painel com informações da PNAD Contínua de 2012 a 2019. As variáveis analisadas foram: renda média per capita (proxy do crescimento econômico), desigualdade de renda, escolaridade média das pessoas com 25 anos e mais e a taxa de informalidade no mercado de trabalho. Pretende-se ainda avaliar a importância relativa de cada uma dessas variáveis na determinação da pobreza no país. Os resultados mostraram que a educação e o crescimento econômico foram pró-pobres, enquanto a alta desigualdade de renda e informalização se constituem em fatores que dificultam a queda da pobreza. A escolaridade obteve o maior impacto na redução da pobreza seguida da diminuição da desigualdade de renda.
RESUMO Esta pesquisa analisa os efeitos da incerteza cambial sobre o investimento das empresas de capital aberto no Brasil. A partir de um referencial teórico e da revisão da literatura sobre a relação entre câmbio e investimentos, procedeu-se uma investigação empírica por meio da análise de dados em painel dinâmico para 24 setores da indústria de transformação, reagrupados em quatro setores segundo a intensidade dos fatores empregados na produção: (i) intensiva em recursos naturais; (ii) intensiva em trabalho; (iii) intensiva em escala; e (iv) intensiva em tecnologia. A base de dados compreende o período 1997-2019 e foi obtida dos demonstrativos financeiros de 309 empresas da indústria de transformação extraídos da base Economática, além de variáveis obtidas junto ao Ipeadata e Banco Central do Brasil (BCB). Em linha com a literatura teórica e empírica sobre o tema, os principais resultados empíricos da pesquisa indicaram que o coeficiente estimado da variável volatidade cambial só não foi significativo para o grupo de empresas cuja intensidade de fatores produtivos são os recursos naturais. Para todos os demais grupos, este coeficiente foi estatisticamente significante, indicando que volatilidade da taxa de câmbio afeta o investimento das indústrias domésticas, em especial aquelas intensivas em tecnologia, no período considerado.
O presente artigo tem como objetivo apresentar algumas análises críticas dos elementos teóricos e operacionais da nova política monetária brasileira, baseada no regime de metas de inflação. Inicialmente são apresentados os antecedentes do regime de metas de inflação no Brasil. Em seguida, são discutidos os fundamentos teóricos e algumas características relativas à operacionalização desse regime levando em conta a experiência brasileira. Critica-se o uso exclusivo da taxa de juros como instrumento de política monetária em uma economia como a brasileira. O artigo conclui que, apesar da estabilidade de preços, conquistada desde a adoção do Plano Real e mantida sob o atual regime monetário, é preciso que o governo se preocupe com outros objetivos de política econômica, como crescimento econômico com geração de empregos.
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