Recebido em 27 de junho de 2016 Aceito em 17 de outubro de 2016 Resumo: No evoluir da história das sociedades, os maiores flagelos associados à vigilância em saúde decorreram de fatores intrínsecos à construção das comunidades, o que evidencia a íntima relação da saúde com as condições ambientais. O olhar da biomedicina sobre a saúde humana prioriza soluções corretivas em detrimento das preventivas, pois privilegia o pensamento cartesiano, com a tradicional diagnose e profilaxia, condicionado pela mercantilização do conhecimento científico. Com o objetivo de fomentar uma reflexão crítica sobre o processo saúde-doença, este estudo defende a necessidade de mudança de paradigma na biomedicina, propugnando a quebra da hegemonia e do monopólio da medicina científica, com vistas a atenuar preconceitos e a permitir a adoção de diferentes terapêuticas para os enfermos. Palavras-chave: Meio ambiente e saúde pública; Paradigma integrativo; Promoção da saúde; Saúde holística.
A crise social, ambiental e econômica no mundo atual, agravada pela pandemia da COVID-19, aponta para os limites do modelo de desenvolvimento capitalista. No equacionamento de tal questão, a inclusão da teoria da complexidade no método científico e a educação ambiental para além do capital apresentam-se como potenciais ações transformadoras rumo a uma sociedade efetiva e substancialmente sustentável. Este artigo analisa a relação da ciência contemporânea com as transformações antrópicas na natureza, a fim de subsidiar a produção de múltiplos saberes para a educação ambiental no século XXI, exigindo mudanças profundas no curso do atual modelo de sociedade evitando-se, assim, o risco de extinção da vida planetária.
O povo brasileiro se orgulha por ter uma legislação ambiental considerada das mais completas e modernas do planeta. Entretanto, o orgulho se transforma em decepção quando indivíduos e organizações subvertem os dispositivos legais para alcançar seus objetivos sem se preocupar com o dano ambiental e com os conflitos sociais que suas ações potencializam. O presente trabalho usa como estratégias metodológicas uma revisão bibliográfica sobre publicações que discutem a construção dos dois empreendimentos, um levantamento histórico sobre o crescimento da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro e uma crítica pautada no conceito de territorialidade e de conflitos e vulnerabilidades socioambientais das ciências ambientais de modo a constatar as manipulações jurídicas, flexibilizações e arranjos na legislação ambiental para que os empreendimentos sejam construídos. Evidenciou que os interesses públicos e privados conseguem se sobrepor a qualquer dispositivo legal que se coloca como impedimento destas ações, que o discurso reducionista minimiza as críticas e os conflitos socioambientais são recorrentes nestas situações.
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