A Universidade da Região de Joinville (Univille), instituição comunitária do nordeste do estado de Santa Catarina, mantém um programa de extensão universitária que se dedica ao desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental em trilhas interpretativas: o Programa Trilhas. Suas atividades são desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar de professores e acadêmicos de diversos cursos. Os percursos em trilhas implantadas em seus Centros de Estudos e Pesquisas Ambientais (Cepas) e no Jardim Botânico da instituição são monitorados por acadêmicos bolsistas de extensão, atendendo prioritariamente professores e estudantes da educação básica da região, além dos diversos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela universidade. O discurso interpretativo desenvolvido ao longo das visitas monitoradas abarca os temas geradores que remetem às características do bioma mata atlântica, incluindo a geomorfologia regional, a importância dos fragmentos vegetais em áreas urbanas e seus arredores, o microclima e sua influência sobre as atividades locais, a biodiversidade da fauna e flora e informações a respeito da ocupação sociocultural da região. As visitas, realizadas mediante agendamento na universidade, são permeadas por dinâmicas de sensibilização socioambiental, visando ao envolvimento e à reflexão dos diferentes grupos a respeito da relação homem-natureza.
Para Buarque (2004), a consciência sobre os "limites" da natureza planetária impõe a adoção de novas políticas e posturas que alterem o atual modelo de desenvolvimento, para garantir a continuidade do desenvolvimento econômico a médio e longo prazos. Neste cenário, a educação ambiental, efetivada na formalidade das escolas, ou na informalidade, tornou-se um instrumento essencial que visa sensibilizar a população para as mudanças comportamentais. O papel do ensino da Geografia é central neste processo e o uso de geotecnologias, no âmbito do ensino baseado na investigação dos problemas ambientais, pode representar um avanço significativo para atingir esses objetivos. Localizado no interior do bioma Caatinga, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Campus Ipanguaçu, onde foi realizada esta investigação, possibilita o contacto direto dos seus alunos com a natureza e os problemas ambientais do bioma caatinga, para que os mesmos possam refletir, criticamente, sobre as consequências dos desequilíbrios vivenciados por esse bioma e os fatores ambientais e sociais que os provocam, e desenvolver a sua habilidade para realizarem ações reflexivas, individual ou coletivamente, provocando, assim, mudanças positivas nos seus estilos de vida e/ou condições de vida que levem à sustentabilidade ambiental (competência para a ação) (VILAÇA, 2012).
Esse artigo refere-se a pesquisa efetivada em duas escolas de rede pública municipal de uma cidade do norte de Santa Catarina. Seu objetivo foi verificar os sentidos e significados de professores a respeito dos espaços escolares em instituições de ensino básico, em contexto urbano e rural e seu potencial no que tange à transformação pessoal e profissional. A fim de perceber as conexões existentes entre o espaço físico e subjetivo constituído nos aspectos relacionais, optou-se pela pesquisa qualitativa executada através de entrevistas abertas, semi-estruturadas e observações de campo. As entrevistas efetuaram-se com os diretores, professores e estudantes do ensino fundamental de ambas as escolas. No total foram entrevistados dois diretores, quatro professores e vinte estudantes. Esse artigo apresenta algumas reflexões oriundas das análises das entrevistas realizadas com os professores. Os relatos docentes convergem para um reconhecimento da escola como espaço de crescimento, voltado à promoção pessoal, profissional e social.http://dx.doi.org/10.14572/nuances.v18i19.344
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